Fonte: Lusa
As Marchas Populares de Lisboa
são candidatas a integrar a lista nacional de património cultural imaterial,
com o objetivo de reconhecimento histórico e também de preservação desta
tradição popular, anunciou hoje a Câmara Municipal.
Numa nota, a autarquia
anunciou que a candidatura das Marchas a integrar a Lista do Inventário
Nacional do Património Cultural Imaterial é promovida pela Associação das
Coletividades do Concelho de Lisboa (ACCL), com o apoio das 28 coletividades da
cidade que anualmente preparam e apresentam as marchas em junho e do município.
“A
inclusão das Marchas Populares de Lisboa na Lista do Inventário Nacional do
Património Cultural Imaterial não só reconhecerá a sua importância histórica e
cultural, mas também contribuirá para a preservação e promoção desta tradição
única que enriquece o património cultural português”,
realçou a Câmara Municipal.
Segundo a autarquia, a
candidatura implicou uma pesquisa científica de dois anos, liderada pela
antropóloga Marina Pignatelli, da Universidade de Lisboa, que incluiu dezenas
de entrevistas, observações nas coletividades e recolha de centenas de documentos
escritos, fotográficos e audiovisuais.
O presidente da autarquia,
Carlos Moedas (PSD), citado na nota, destacou que as marchas representam muito
da “alma e da história da cidade de Lisboa”.
“São
milhares de pessoas, muitos deles turistas, que nos visitam e assistem todos os
anos a este desfile único de orgulho e identidades dos nossos bairros e
freguesias e que representam um momento único das nossas Festas de Lisboa. São
nove décadas de uma tradição que tudo devemos fazer para defender, manter e dar
o merecido e justo reconhecimento”, acrescentou.
As Marchas Populares de Lisboa
são “uma celebração festiva e bairrista com
uma importância extraordinária”, caracterizadas pela dança em
desfile, acompanhada de música, poesia e canto.
Os representantes dos bairros
participantes, num total de 68 pessoas por bairro, incluem 50 marchantes,
porta-estandarte, oito músicos (conhecidos como "Cavalinho"),
o par de padrinhos e mascotes, cinco aguadeiros, um ensaiador e um organizador
da marcha de cada coletividade.
“Esta
tradição remonta à alta Idade Média, tendo evoluído a partir dos arraiais
juninos tradicionais, até se estruturar como é conhecida hoje. A criatividade
inovadora, a exuberância e a alegria presentes nas Marchas Populares de Lisboa
representam um traço profundamente marcante da cultura popular da cidade”,
destacou a autarquia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário