domingo, 13 de julho de 2025

“Cancro da próstata muitas vezes não tem sintomas e mata 2.000 portugueses por ano. Saiba como estar atento”


Em Portugal, o cancro da próstata atinge anualmente mais de 6.000 portugueses, sendo que cerca de 2.000 acabam por morrer vítimas da doença

 

"O cancro da próstata é a segunda causa de morte por cancro no homem, atrás do cancro do pulmão, e é o cancro mais frequente nos homens acima dos 50 anos. A vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata, uma vez que este não apresenta sintomas numa fase inicial", alerta Rui Borges, médico urologista do Hospital Lusíadas Porto.

Apesar das causas exatas do cancro da próstata não serem ainda totalmente conhecidas, a ciência indica que o fator da hereditariedade, assim como idade e a descendência africana têm um grande peso na incidência da doença.

"A vigilância médica periódica é essencial para despistar o cancro da próstata, sendo que esta doença pode começar por volta dos 45 anos nos doentes sem fatores de risco. A vigilância deve ser antecipada para os 40 anos de idade nos doentes de risco e consiste no exame do toque retal e no doseamento do PSA (o antigénio específico da próstata) no sangue", esclarece o urologista.

 

O tratamento

 

Em relação ao tratamento, o médico explica que "embora existam diferentes opções terapêuticas, a prostatectomia radical é o tratamento mais eficaz para o cancro da próstata localizado".

"Com o desenvolvimento tecnológico, esta cirurgia que era habitualmente efetuada por via aberta, pode atualmente ser executada por via laparoscópica e, mais recentemente, por via robótica, podendo diminuir assim as consequências associadas, nomeadamente a incontinência urinária e a disfunção eréctil", indica.

"Sabe-se também que apesar de ser a segunda causa de morte por cancro no homem, quando o cancro da próstata é detetado precocemente a possibilidade de cura ronda os 85%", conclui.

Esta patologia representa cerca de 3,5% de todas as mortes e mais de 10% das mortes por cancro em Portugal.

De acordo com a Associação Europeia de Urologia, o cancro da próstata é um dos cancros mais frequentes, com mais de 417 mil novos casos e 92 mil mortes registadas por ano na Europa, sendo a terceira causa de morte nos homens no velho continente.

Um em cada sete homens desenvolve cancro da próstata e mais de dois milhões de homens vivem com esta doença na Europa. A incidência desta doença crónica aumentou significativamente nos últimos 20 anos e a maioria dos casos são diagnosticados aos 69 anos, mas não afeta os homens apenas desta idade. Atualmente, 10% dos novos diagnósticos nos Estados Unidos ocorrem em homens com menos de 55 anos.

 

Quais os sintomas do cancro da próstata?

 

Na maioria dos casos, os sintomas desta doença mortal não estão relacionados com um tumor maligno e podem ser provocados por tumores benignos ou outros problemas de saúde. Só um médico poderá fazer o diagnóstico correto. No entanto, estes são os sinais e sintomas mais comuns:

Problemas urinários.

Incapacidade de urinar, ou dificuldade em iniciar ou parar o fluxo de urina.

Necessidade frequente de urinar, principalmente à noite.

Fluxo de urina fraco ou intermitente.

Dor ou ardor durante a micção.

Dificuldade em ter uma ereção.

Sangue na urina ou no sémen.

Dor frequente na zona inferior das costas, nas ancas ou na zona superior das coxas.

Fonte: Sapo on-line Saúde

“Oito conselhos médicos para controlar a diabetes durante o verão”


Para garantir uma boa gestão da diabetes durante o verão e fora da rotina diária, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) dá a conhecer oito conselhos práticos para que as pessoas com diabetes possam usufruir desta estação em segurança e com a doença controlada.

"O verão é uma época em que todas as pessoas precisam de adotar cuidados especiais para evitarem complicações de saúde. As pessoas com diabetes devem seguir com extrema atenção estes cuidados, particularmente pelo impacto que as temperaturas elevadas podem ter nas oscilações das glicemias", adverte João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, e esclarece ainda que, durante este período, "poderá ser necessário ajustar a medicação e aumentar a frequência da realização da medição de açúcar no sangue".

 

Oito dicas práticas

 

1. Mantenha uma boa hidratação! Durante o período em que as temperaturas estão mais elevadas deve beber entre 1,5 a 2 litros de água por dia e, se a temperatura ambiente for elevada, aumente as quantidades de água para manter a hidratação. O calor em excesso pode tirar o apetite e, com a ação da insulina, poderá aumentar o risco de hipoglicemia. Em contrapartida, a desidratação pode levar à hiperglicemia que agrava ainda mais a desidratação;

2. Garanta um equilíbrio glicémico através do equilíbrio das refeições. Deve seguir uma alimentação saudável e equilibrada, estas devem ser leves e ricas em nutrientes. Uma alimentação fracionada, com horários estipulados e sem excessos alimentares é o ideal;

3. Tenha em atenção o excesso de exposição solar. Evite o excesso de exposição solar, entre as 10h e as 16h, considerando o horário de pico em que o calor está mais intenso. Além disso, procure não administrar insulina nas zonas do corpo que estejam frequentemente expostas ao sol, uma vez que a velocidade de absorção aumenta;

4. Exercite o seu corpo de forma saudável. O exercício reduz os níveis de glicose no sangue, ajuda a regular a tensão arterial e os níveis de colesterol. Tire proveito do bom tempo para exercitar o corpo no verão (caminhar, correr ao ar livre, nadar, andar de bicicleta, dançar). Contudo, tenha em mente a frequência e prática desportiva e não se esqueça que as atividades físicas em excesso ou esforço contínuo devem ser evitados;

5. Descanse e durma bem. Aumente o bem-estar e procure relaxar;

6. Proteja a medicação e os materiais de medição da glicose do calor. A medicação, via oral e/ou através de insulina não deve sofrer qualquer tipo de exposição direta ao sol ou estar em cenários em que sobreaqueça em demasia, como por exemplo no porta-luvas do carro. Além disso, a insulina, quando está a ser utilizada, deve ser conservada a temperaturas inferiores a 25-30º;

7. Aposte em cuidados redobrados com os seus pés durante a época balnear. Durante este período, se existirem alterações de sensibilidade no pés, os cuidados devem ser redobrados sendo necessário evitar o calçado aberto, usar proteção dentro de água, evitar ter os pés molhados durante muito tempo, as meias não devem ter costuras internas, utilizar meias de algodão para facilitar a respiração da pele e sem costuras internas;

8. Se for viajar, não se esqueça do essencial! Organize uma caixa de primeiros socorros com medicação para enjoo, vómitos, diarreia, desidratação, alergia, febres e dores de cabeça. Viaje com um cartão em língua inglesa e do país a visitar informando que tem diabetes e as atitudes a tomar em caso de hipoglicemia (fornecido na APDP). Além disso, garanta que, para o tempo de viagem, tem tudo o que precisa desde alimentação, hidratação e conforto.

Durante este período, além dos cuidados e organização de materiais, a APDP relembra a importância de as pessoas com diabetes terem extrema atenção com as regras de segurança e distanciamento social devido à pandemia da COVID-19.

“É fundamental relembrar que as pessoas com diabetes têm maior risco de morbilidade e de mortalidade após infeção por SARS-Cov-2. Neste sentido, os cuidados com a distância física e a utilização de máscara são medidas fundamentais", reforça João Filipe Raposo.

A associação alerta ainda que estas medidas devem ser reforçadas em todos os locais onde há surtos de contágio. A APDP conta ainda com a linha de apoio Diabetes (21 381 61 61), disponível das 8.00h às 20.00h, incluindo fins de semana, para ajudar nesta gestão e esclarecer as principais dúvidas.

Fonte: Sapo on-line Saúde