terça-feira, 23 de setembro de 2025

“Esofagite: o que é, sintomas, causas e tratamento”


A esofagite é a inflamação do esôfago, que causa sintomas como azia, dificuldade para engolir, garganta irritada e dor no peito, por exemplo.

A inflamação do esôfago pode acontecer devido a infecções ou reações do sistema imunológico, mas é mais comum devido ao refluxo gástrico, que ocorre quando o ácido do estômago volta para o esôfago, provocando sua inflamação.

O tratamento da esofagite deve ser feito pelo gastroenterologista e geralmente envolve medicamentos para reduzir a acidez do estômago, como omeprazol ou cimetidina, além de mudanças no estilo de vida, como evitar deitar após as refeições e evitar alimentos gordurosos.

 

Sintomas da esofagite

Os principais sintomas de esofagite são:

 

Dor ou dificuldade para engolir;

Sensação de que a comida está presa;

Azia e queimação constante;

Dor no peito;

Garganta irritada e aftas;

Náuseas e vômitos.

Em bebês e crianças, a esofagite pode causar dificuldade para mamar ou comer, vômitos, dor na barriga, irritação ao se alimentar e, em casos mais graves, problemas de crescimento ou perda de peso.

 

Como é feito o diagnóstico

 

O diagnóstico da esofagite deve ser feito pelo gastroenterologista com base na avaliação dos sintomas apresentados pela pessoa e sua frequência.

Para confirmar a esofagite, marque uma consulta com o gastroenterologista mais perto de você:

Além disso, o médico pode solicitar o exame de endoscopia digestiva, que é feito com o objetivo de avaliar o esôfago e identificar possíveis alterações. Entenda como é feita a endoscopia e qual o preparo.

Também pode ser feito um teste de pH para medir a acidez no esôfago e, em casos de suspeita de esofagite eosinofílica, podem ser realizados testes de alergia na pele.

 

Esofagite erosiva e não erosiva

 

Na esofagite erosiva, há lesões visíveis no esôfago, como inflamações, feridas ou áreas machucadas, que podem ser observadas durante a endoscopia, e costuma estar relacionado a casos mais graves de refluxo. Conheça mais sobre a esofagite erosiva.

Já na esofagite não erosiva, os sintomas como azia, dor no peito e desconforto ao engolir estão presentes, mas a endoscopia não mostra feridas ou inflamações aparentes.

 

O que causa esofagite

 

Existem diferentes tipos de esofagite, que variam de acordo com a causa. As principais são:

 

1-Esofagite eosinofílica

 

A esofagite eosinofílica é causada por uma reação do sistema imunológico, em que um tipo de glóbulo branco chamado eosinófilo se acumula no esôfago.

Geralmente, a esofagite eosinofílica ocorre por alergias a alimentos como leite, ovos, trigo e soja, ou por alérgenos presentes no ar, como o pólen. Entenda melhor o que causa a esofagite eosinofílica.

 

2-Esofagite de refluxo

 

É o tipo mais comum e acontece quando o ácido do estômago volta para o esôfago, irritando sua mucosa. Isso ocorre quando uma válvula no final do esôfago não funciona corretamente, sendo comum em pessoas com refluxo gastroesofágico.

Além disso, a esofagite de refluxo pode acontecer como consequência da bulimia, em que pode haver inflamação do esôfago devido aos vômitos frequentes, ou ser devido à hérnia de hiato, que facilita o retorno do ácido para o esôfago.

 

3-Esofagite por medicamentos

 

Ocorre quando remédios orais, como aspirina, ibuprofeno, alguns antibióticos e suplementos de potássio, irritam o esôfago, geralmente devido ao contato prolongado do medicamento com o revestimento esofágico.

 

4-Esofagite infeciosa

 

É causada por infecções provocadas por fungos, vírus ou bactérias, sendo mais comum em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido, como aquelas com HIV, câncer ou diabetes.

 

5-Esofagite autoimune

 

Algumas doenças autoimunes, como a doença inflamatória intestinal e a doença do enxerto contra o hospedeiro, também podem provocar inflamação no esôfago como parte de suas manifestações no organismo.

 

6-Esofagite por radiação

 

Esse tipo de esofagite pode surgir após sessões de radioterapia direcionadas ao tórax, esôfago ou garganta. Na maioria dos casos, a inflamação é temporária, mas em situações mais raras pode se tornar crônica.

Entenda melhor como acontece a esofagite no vídeo a seguir:

 

Pare de sofrer com esofagite AGORA!

Tratamento para esofagite

 

O tratamento da esofagite deve ser orientado pelo gastroenterologista e, na maioria dos casos, envolve o uso de medicamentos que reduzem a acidez do estômago, como omeprazol, cimetidina, hidróxido de alumínio ou hidróxido de magnésio.

Nos casos de esofagite eosinofílica, o médico pode prescrever esteroides em forma líquida, que revestem o esôfago e ajudam a diminuir a inflamação. Também pode ser indicado o uso de dupilumabe, um anticorpo que atua na resposta inflamatória.

Quando a esofagite é causada por infecções, o tratamento pode incluir antifúngicos ou antivirais, como fluticasona, fluconazol ou aciclovir, dependendo do agente causador.

Além disso, mudanças no estilo de vida são recomendadas, como não deitar após as refeições, evitar consumir bebidas gaseificadas e bebidas alcoólicas, além de cafeína, alimentos gordurosos, chocolate e hortelã.

Em casos mais raros, quando as lesões não cicatrizam, há sangramentos ou os sintomas se agravam mesmo com o uso de medicamentos e a adoção de uma dieta adequada, o médico pode recomendar a realização de cirurgia.

 

Esofagite é grave?

 

A esofagite nem sempre é grave, mas pode se tornar se não for tratada. Em casos mais avançados, pode causar complicações como úlceras, estreitamento do esôfago e sangramentos.

 

Esofagite pode virar câncer?

 

Se a esofagite causada por refluxo ácido crônico não for tratada, pode evoluir para uma condição chamada esôfago de Barrett, que eleva o risco de desenvolver câncer no esôfago ao longo do tempo.

Fonte: MSN

“Na bexiga mando eu”. 5 conselhos para mulheres que sofrem de bexiga hiperativa”


Por: Jorge Andrade

Foto: Freepik/wayhomestudio

A síndrome de bexiga hiperativa é um conjunto de sintomas que têm origem numa perturbação do armazenamento de urina na bexiga. Nestas situações, o músculo da bexiga (detrusor) contrai-se demasiado cedo e não se consegue controlar a saída de urina pela uretra.

A bexiga hiperativa afeta cerca de 17% dos adultos acima dos 40 anos de idade, no entanto, tem uma maior incidência no sexo feminino, devido a fatores como a gravidez, o parto e a menopausa.

A plataforma Na Bexiga Mando Eu partilha alguns conselhos de estilo de vida que podem ajudar a aliviar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida das mulheres.

 

1-Manutenção de um peso saudável

 

O excesso de peso pode aumentar a pressão e o stresse na zona pélvica, que acaba por ficar mais frágil.

 

2-Alimentação equilibrada

 

Uma alimentação equilibrada para além de auxiliar na manutenção do peso, contribui para o normal funcionamento do intestino, de forma a aliviar a pressão no pavimento pélvico aquando da necessidade de evacuação. Além de que, a ingestão de alimentos ricos em cálcio e vitamina D contribui para manutenção dos ossos e evita que o nosso organismo vá buscar as reservas ao osso, afetando assim a integridade da massa óssea.

 

3-Evitar a ingestão de cafeína, bebidas alcoólicas e alimentos ácidos

 

Existem algumas bebidas e alimentos que causam irritabilidade na bexiga e que devem ser evitados, nomeadamente o chá, o café, as bebidas alcoólicas, os refrigerantes, as bebidas à base de citrinos, o tomate e os alimentos à base de tomate, os alimentos condimentados, o chocolate e os adoçantes artificiais. No entanto, a ingestão de água deve ser mantida. A urina concentrada, pode irritar a bexiga e causar obstipação.

 

4-Prática regular de exercício físico e exercícios pélvicos

 

A prática de exercício físico não deve ser evitada, até mesmo por questões de controlo do peso. Mas é indicado que pratique uma modalidade com menos impacto e pouco uso de pesos. Em conjugação devem ser realizados exercícios para fortalecer a zona pélvica. Estes exercícios passam por contrair os músculos da vagina e do ânus e podem ser feitos em qualquer altura, quer esteja a conduzir, a trabalhar ou sentada no sofá. Para tal tem apenas de localizar estes músculos.

Sente-se confortavelmente numa cadeira com as costas direitas, com os joelhos afastados e a zona pélvica em posição neutra (mantendo a curvatura natural da parte inferior da coluna). Deverá relaxar as nádegas.

Aperte o esfíncter anal como se tentasse impedir a saída de gases.

Imagine que a sua vagina é um elevador que fecha as portas unindo os dois lados e que, depois, sobe e desce pelos vários pisos.

 

5-Não fumar e, se for fumadora, deve tentar abandonar este hábito

 

Os fumadores têm tendência para tosse crónica, que pode agravar o enfraquecimento pélvico, devido à pressão exercida pelos espasmos musculares provocados pela tosse.

​Caso identifique sintomas de bexiga hiperativa, procure o seu médico assistente.

Fonte: Sapo on-line/Saúde