segunda-feira, 9 de junho de 2025

“Filipe Raposo apresenta novo disco em Idanha-a-Nova”


Dia 13 de junho, no Centro Cultural Raiano

 

Por: Tiago Carvalho

O pianista e compositor Filipe Raposo apresenta o seu novo disco, “Variações do Brancø”, no próximo dia 13 de junho, às 21h30, no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova.

É o derradeiro capítulo da aventura a solo de Filipe Raposo, a que o músico chamou “Trilogia das Cores”.

“Øcre”, lançado em 2019, abordou a variação do vermelho, a cor associada ao nascimento da arte, e os seus múltiplos significados: o poder, o amor ou a morte.

Em 2022, Filipe Raposo deu-nos a conhecer “Øbsidiana”, celebrando o preto, historicamente ligado a conotações que vão desde a ausência da própria cor ao tom sofisticado.

Em 2025, cumpre-se a trilogia com o lançamento de “Variações do Brancø”, que simboliza o renascimento, a primavera, o sul através da cal, e é uma cor também presente nas grandes planícies gélidas, ou nos grandes desertos de areia. É a cor da resiliência e até, em algumas culturas orientais, a cor do luto.

Filipe Raposo foi recentemente premiado no aclamado Festival de Cinema de Málaga pela sua composição para o filme “Lo Que Queda de Ti” (2025).

A entrada é gratuita, mas a reserva é obrigatória, preferencialmente através do telefone 277 202 900.

Em www.idanha.pt/agenda é possível encontrar mais informações.

Fonte: Câmara Municipal Idanha-a-Nova

“Vem aí a noite mais longa das Festas de Lisboa”


Lisboa está a postos para as 24 horas mais fervilhantes do ano. No dia 12 de junho, 16 casais celebram o matrimónio nos Casamentos de Santo António, as Marchas descem a Avenida e a cidade dança nos Arraiais até ao nascer do sol.

A festa começa com os Casamentos. A cerimónia civil (com cinco casais) está marcada para as 11h, nos Paços do Concelho, e a cerimónia religiosa (com 11 casais) às 14h, na Sé. Vão ser momentos que ficarão na memória tanto dos noivos como de quem assiste.

Após terem sido apoiadas e aplaudidas por 20 mil pessoas na MEO Arena, as Marchas Populares desfilam da Avenida, no espetáculo mais aguardado por Lisboa. Este ano, a Avenida terá uma iluminação decorativa em forma de festão, para que estas Marchas sejas as mais mágicas de sempre.

O desfile abre com o grupo Macau Street Dance, que interpretará A Dança da Lanterna do Peixe Dourado, as marchas das Escolas de Lisboa, d’A Voz do Operário, dos Mercados e da Santa Casa. Seguem-se as 20 marchas a concurso que, através dos figurinos, das músicas e coreografias, retratam os vários bairros lisboetas num espetáculo único.

Outro momento alto das Festas é o concerto de Carminho, no Castelo de São Jorge, a 15 de junho. Acompanhada por André Dias (guitarra portuguesa), Flávio Cardoso (viola de fado), Pedro Geraldes (lap steel guitar e guitarra elétrica), Tiago Maia (baixo acústico) e João Pimenta Gomes (mellotron), a fadista sobe ao palco na Praça de Armas para um concerto gratuito que eternizará a sua relação com Lisboa.

Este ano, entre os dias 14 e 22, o EuroPride instala-se pela primeira vez na cidade. Conversas, concertos, oficinas, exposições, performances e atividades desportivas em vários locais fazem parte desta celebração do orgulho LGBTI+. 

A nossa programação na Feira do Livro continua a animar o Parque Eduardo VII até 21 de junho, com conversas, oficinas para toda a família, lançamentos de catálogos de exposições e celebrações dos 150 anos da caricatura mais acarinhada pelos portugueses: o Zé Povinho, de Rafael Bordalo Pinheiro.

Conheçam toda a programação das Festas de Lisboa aqui: https://egeac.pt/festas/festas-de-lisboa/?eg_sub=23be1ae664&eg_cam=b4a55bd83355b7f519a95a2ee9a096d1&eg_list=23

Fonte: Egeac

“Cultura - ADEPAC prepara livro sobre história de S. Miguel de Acha”


Por: Tiago Carvalho

A ADEPAC – Associação de Defesa do Património Cultural de São Miguel de Acha está a preparar um livro sobre a história de São Miguel de Acha.

A obra abrange um espaço temporal que vai desde o Século I aos anos 60 do século XX d.C., iniciando a narrativa com a ocupação romana da Egitânia e de como esta se estendeu por volta do século III/IV.

Entre as fontes predominantes, constam sepulturas escavadas na rocha, vários textos sobre arqueologia, inquéritos paroquiais e um trabalho de investigação sobre documentos provenientes de São Miguel de Acha e do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

A edição da obra terá financiamento do programa “Cultura ao Centro - Apoio à Ação Cultural 2025”, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro).

Trata-se de um programa que visa apoiar iniciativas culturais, de caráter local ou regional, realizadas nos municípios da região Centro.

Fonte: Câmara Municipal Idanha-a-Nova

“Teatro dos Aloés apresenta “Pagar?! Aqui Ninguém Paga!”


De 18 a 23 junho Recreios da Amadora”

 

O Teatro dos Aloés estreia a peça “Pagar?! Aqui Ninguém Paga!”, nos Recreios da Amadora, entre os dias 18 e 23 de junho, uma comédia de Dario Fo e Franca Rame, com encenação de Elsa Valentim e José Peixoto.

Sessões:

18 a 23 de junho*

Quarta a sábado e segunda, às 21h00

Domingo, às 16h00

* 22 de junho sessão com Língua Gestual Portuguesa, Audiodescrição e conversa com o público após o espetáculo

M/12 | 10 € bilhete inteiro | 5 € bilhete c/ desconto (maiores de 65, menores de 25, estudantes)

Bilhetes à venda na Ticketline e na bilheteira dos Recreios da Amadora no próprio dia, duas horas antes do início do espetáculo.

Reservas e informações: 933 471 330 / geralteatrodosaloes@gmail.com

 

Sinopse | “Pagar?! Aqui Ninguém Paga!” - Teatro dos Aloés

 

«Dario Fo, Prémio Nobel da Literatura escreve e reescreve esta obra de intervenção, fruto do contexto de sucessivas crises económicas em Itália – em 1974 e em 2008. A história desenrola-se em função de duas mulheres que se envolvem num protesto de donas de casa contra o aumento dos preços dos produtos dentro de um supermercado, propondo pagar metade do seu preço e acabando por levar para casa alguns produtos sem pagar. A crise na fábrica onde trabalham os seus maridos e as buscas da polícia na vizinhança estruturam uma situação cheia de entradas e saídas, perseguições e segredos num contexto de muita confusão. Chegadas a casa, precisam de esconder o seu saque, pois o marido de uma delas é um homem de valores rígidos e não compactuará com uma situação de roubo. Margarida aceita ajudar a esconder o saque, mas repentinamente o seu marido Luís chega a casa mais cedo. Começa aí um conjunto de manobras de diversão para ocultar o saque aos maridos e à polícia que iniciou buscas em toda a vizinhança, dando origem a diversas situações cómicas. É a este marido que a maior transformação da história acontece. No original, o seu personagem foi escrito como uma espécie de comunista conservador: determinado a lutar pelas causas sociais e definitivamente contrário ao consumismo capitalista e à desordem. João insurge-se com o status quo e cansado da precariedade, do emprego temporário, das alterações associadas às novas formas de organização do trabalho, acaba por “render-se” revoltando-se, e também ele roubando. A peça questiona por um lado, o ideal filosófico de sociedade desapegado das realidades quotidianas representado por João; e, por outro, as dificuldades do dia a dia - contas vencidas, dinheiro escasso, comportamentos em transformação – representadas por Antónia. Depois de uma carga policial e da violência das ações de despejo no bairro, a polícia retira-se e os moradores retornam a suas casas. Mas não há uma “vitória” dos revoltosos, a escassez de dinheiro, a precariedade, mantém-se. Fica, no entanto, patente que o imobilismo, a passividade, o conformismo, que o poder instituído tenta impor à população, não prevalecem e que é possível reivindicar a melhoria das suas condições. A pertinência e atualidade da obra assentam na realidade contemporânea, em que continuam a conviver 2 modelos económicos paralelos, em que uma grande franja da sociedade continua a ter condições de vida difíceis, relações de trabalho precárias ou mesmo muito periclitantes, sendo invisíveis aos olhos dos restantes. A realidade económica dos mais desfavorecidos, incluindo a vaga de emigrantes na atual sociedade portuguesa, continua a ter razões para gritar “Não pagamos”. Esta faixa da população não se revê nos modelos sociais e políticos estabelecidos, rejeitando-os e procurando dar voz à sua insatisfação e procurando respostas para as suas necessidades e aspirações ficando vulnerável a propostas demagógicas e populistas».

 

Ficha Técnica:

 

Texto: Dario Fo e Franca Rame | Tradução: Gil Salgueiro Nave | Encenação: Elsa Valentim e José Peixoto | Interpretação: Graciano Amorim, Joana Batalha, Jorge Silva, José Peixoto, Marco Trindade, Miguel Cruz, Patrícia André e Raquel Oliveira | Cenografia e Design Gráfico: João Rodrigues | Figurinos: Maria Luiz | Desenho de Luz: Tasso Adamopoulos | Música: Rui Rebelo | Vídeo: José Ricardo Lopes | Fotografia: José Frade | Assistência de Encenação: Inês Correia e Tomás Bravo | Assistência de Cenografia e Adereços: Pedro Silva | Confeção de Guarda-Roupa | Assessoria de Imprensa: Sofia Peralta | Operação Técnica: Luís Moreira | Direção de Produção: Daniela Sampaio | Produção Executiva e Divulgação: Marco Trindade | Divulgação e Mediação de Público: Graciano Amorim e Patrícia André | Produção: Teatro dos Aloés 2025

Recreios da Amadora

Av. Santos Mattos, 2 - Venteira - 2700-748 Amadora

Telefone: 214 369 055

E-mail: cultura@cm-amadora.pt

GPS: 38.758323, -9.235262

Transportes, Táxis e Parque Público de Estacionamento:

Comboio da CP: Estação da Amadora - Linha de Sintra – Lisboa

Autocarros Carris Metropolitana:

1502 - Algés (Terminal) - Amadora (Estação Sul), via Linda-a-Velha

1712 - Algés (Terminal) - Amadora (Estação Sul)

1714 - Amadora (Estação Sul) - Belém (Estação)

Táxis (Praça de táxis a 100 mts.)

Parque público de estacionamento (a 20 mts.)

Enquadrado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Fonte: Câmara Municipal Amadora

“O jornalismo regional de novo na mira da política nacional sem dó nem piedade”


Por: José Vieira – Jornalista e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da APMEDIO

Ainda este governo acaba de tomar posse e já temos o caldo entornado, no que e importa ao setor da comunicação social regional.

O anterior governo, com a pasta da comunicação social entregue a Pedro Duarte, candidato pelo PSD agora à Câmara do Porto, e a Pedro Abreu Amorim, ex.- Secretário  de Estado da Comunicação Social, agora Ministro dos Assuntos Parlamentares, desdobrou-se, em 2024, em reuniões com o setor da comunicação social, conseguindo aprovar, em sede de executivo, algumas propostas que visavam apoiar o jornalismo, nomeadamente um maior apoio ao setor regional, que desde sempre tem vivido com migalhas e ao que parece, nem isso vamos ter daqui para a frente. Mas com a queda do anterior governo, quase tudo transitou para o próximo. Quase tudo, disse eu, porque a mama da RTP e o apoio às assinaturas digitais dos jornais dados apenas aos jornais nacionais, esses passaram entre os pingos da chuva. Clarinho, sem se molharem. Só aqui, já é motivo para que o setor da comunicação regional faça mesmo um grande manguito ao nosso Primeiro-Ministro. Isto é ou não é compadrio e corrupção?

Muda-se o governo, mudança nas pastas ministeriais. Afinam-se estratégias pessoais, gostos e ambições. E dá-se a troca de cadeiras. Pedro Duarte, como já referido, segue para o Porto e Abreu Amorim é promovido a Ministro, mas de outra área completamente diferente do que estava no anterior governo. E o que vai acontecer com a pasta da comunicação social, e no que ao setor da regionalidade interessa? Provavelmente, vai ser metida na gaveta e vamos já perceber porquê.

Leitão Amaro é o novo Ministro que passa a tutelar a área da comunicação social, e o secretário de Estado vai ser João Valle e Azevedo. Não, não é o anterior Presidente do Benfica. Felizmente. Sobre Leitão Amaro, tenho toda a certeza de ser uma pessoa competente, com provas dadas, e o rosto da comunicação ao país, quando vivemos o recente apagão energético. Diria mesmo que tem possibilidades de, a seu tempo, chegar mais longe na sua ambição política. Mas a pergunta que se impõe fazer neste momento é: quem é este senhor João Valle e Azevedo, o novo Secretário de Estado da Comunicação Social? Que competências na área da comunicação social tem? Que formação existe no seu currículo que o permita ter uma leitura mais alargada dos problemas da comunicação social? Dele, só se conhece cargos políticos ao género do “Jobs for the Boys”. Possivelmente, teve nota máxima na colagem de cartazes com o logotipo do partido ou com a cara do iluminado de serviço, e agora vai tutelar uma área tão sensível para o país, como a comunicação social? Bom, sabe-se que em 2023, em rutura com Mário Centeno, Governador do Banco de Portugal, saiu da instituição e passado uns meses foi experimentar o que era isto de ser deputado da nação, sendo logo promovido a Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Com um currículo de uns dias apenas na Assembleia, mostrou qualidades acima da média, indo dirigir deputados com largos anos de experiência. Mas estas nomeações são políticas e estou-me a afastar do pretendido, pois na casa do PSD, manda o PSD. Mas importa referir e seguindo esta linha de pensamento, bastou-lhe menos que um ano de atividade mais política, e agora dando a cara como deputado, para ser promovido a Secretário de Estado e um dia destes vai subir de novo. Neste país sobe-se rapidamente, mas não pela competência ou currículo, como se pode perceber.

Continuando a responder à pergunta, de quem é este senhor e que competências tem nesta área ou noutras, chega-se rapidamente à conclusão de que e na área da comunicação social, só lhe reconheço que talvez leia alguns jornais diários, e duvido mesmo que leia os regionais. Nas outras áreas, e também analisando o seu currículo, deduzo que passou metade da sua vida profissional a trabalhar (apetece-me dizer brincar)  às comissões do PSD, participando em reuniões e grupos de apoio, sendo convidado para dar umas aulitas (talvez na universidade de verão do seu partido), conseguindo depois entrar no Banco de Portugal, mas como andava a ajudar o PDS em simultâneo noutras tarefas, o Mário Centeno correu com ele, tendo o Luís Montenegro de lhe dar emprego como deputado no ano seguinte.

Entende-se rapidamente que é para meter na gaveta as alterações que dizem respeito a alguns apoios ao setor da imprensa regional. Este senhor não tem craveira suficiente para liderar as alterações que são urgentes fazer. Nem currículo, nem experiência ou autoridade intelectual para enfrentar este setor, que o vai comer vivo nos primeiros meses, e fazer com que ele se afaste rapidamente. Pode até vir com boas intenções, mas não tem a envergadura que necessita para fazer as reformas necessárias. E o nosso Primeiro-Ministro sabe disso. No falhanço deste novo secretário de estado, Luís Montenegro lava as mãos e desculpa-se com os outros, atingindo também de raspão Leitão Amaro, que vai ficar assim no amarelo avermelhado, servindo como aviso para uma eventual reprise da “Revolta na Bounty”.

Em suma, estamos de novo entregues aos bichos. Serão mais dois anos (pelo menos) de negociações e reuniões, para não dar em nada. Os diários e os grandes grupos continuam a mama, pois com esses ninguém se mete, senão levam, (parafraseando Sócrates – o nosso, note-se). E nos próximos artigos, prometo explicar mais ao detalhe, como funciona a mama dos grandes grupos económicos da área da comunicação social, com algum detalhe. É necessário e urgente desmascarar esta promiscuidade para que estes senhores do governo (da direita à esquerda), tenham alguma vergonha na cara, e que parem de brincar com setores que são essenciais e fundamentais à qualidade da nossa democracia.

O caricato é que antes de serem poder, adoram a comunicação social (regional incluída), mas quando assumem cargos de governação, essa energia positiva e esse estado de namoro inebriante, logo desaparece. O namoro continua com os grandes grupos (pois com esses não se brinca, pensam eles), mas os regionais levam logo com um grande par de cornos e se se puserem a jeito, umas marradas não estão fora do pensamento destes…senhores (para não usar outro termo e ser de novo acusado de ser deselegante).

Mas a culpa também reside nos órgãos de comunicação social regionais. E faço também a “mea culpa”. Reconheço que me coloquei a jeito estes últimos anos, mas acabou-se a paciência. Há que endurecer o discurso, tomar medidas e ir à luta. Mas a este assunto, voltarei brevemente, também com mais algum detalhe.

Agora, o momento seguinte é o de ir convencer alguns patrocinadores a apoiarem com migalhas o nosso trabalho, enquanto continuo a assistir ao desbaratar de milhares de euros em órgão de comunicação social nacionais, pelas entidades vizinhas (câmaras, juntas e outras entidades que gerem os nossos impostos regionais). E é assim a vida de um órgão regional sério e isento. Trabalhar em prol da sua comunidade, sem ser valorizado por de quem de direito. Resta apenas mais outra via para se ganhar dinheiro no setor regional. O compadrio e a corrução ativa dos gestores públicos e partidários. Mas pessoas de bem não corrompem nem se deixam corromper. Como considero-me uma pessoa de bem, venham as migalhas.

 Fonte: Associação Portuguesa dos Media Digitais Online