A sexta edição do Festival de
Música Antiga de Torres Vedras decorreu nos meses de maio e junho,
proporcionando uma autêntica viagem no tempo ao permitir sentir música de um
período que foi do século XIV ao século XVIII (da autoria de compositores
nacionais até da de grandes génios como Bach, Vivaldi e Mozart) no seu “habitat
natural”. Foi mais uma edição de sucesso deste evento “nómada” que tem dado
“vida” ao património religioso do concelho de Torres Vedras e contado com uma
fortíssima adesão de público.
Do programa do VI Festival de
Música Antiga de Torres Vedras fizeram parte quatro grandes concertos - um primeiro, à luz de velas, intitulado Música
Medieval de Louvor a Sancta Maria, o qual foi interpretado pelo grupo Gaudium
Vocis, e teve como palco a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Ponte do
Rol; um segundo concerto, interpretado pelo Ensemble Atena, realizado na igreja
paroquial de São Domingos de Carmões, que se denominou A Música Portuguesa e a
influência italiana: da Sonata à Folia; Uma noite de Ópera Barroca: The Fairy
Queen de Henry Purcell, que aconteceu na Igreja de Santiago, em Torres Vedras,
interpretada pelos alunos e professores da Escola de Música Luís António
Maldonado Rodrigues (coros e orquestra), com direção do maestro Pedro Rollin
Rodrigues; e um último concerto, pela Paz no mundo, realizado na Igreja de
Santa Maria Madalena, no Turcifal, que se denominou Camerata Vocal de Torres
Vedras in Glória de Vivaldi, o qual foi interpretado por este agrupamento
musical, pelo grupo musical barroco Alma Veteras, pela soprano Cecília
Rodrigues e pela mezzo soprano Carolina Figueiredo, tendo contado com direção
do maestro António Gonçalves.

De referir que todos estes
espetáculos foram comentados, sendo que nos mesmos houve também uma
contextualização histórica de cada igreja que os acolheu.
O programa do VI Festival de
Música Antiga de Torres Vedras incluiu ainda um concerto interativo para o
público infantil, realizado na capela de Santa Helena, em Santa Cruz,
intitulado À descoberta do Património com os mais novos, o qual foi dinamizado
por Ana Almeida, da Teia - Associação Cultural, e pela música Débora Severiano
(intérprete de flauta de bisel); e um flashmob de dança barroca, protagonizado
por alunos da Academia Espaço Dança, da associação ILU, que aconteceu em
espaços públicos de Torres Vedras.
Relativamente também à edição
deste ano do evento, o seu diretor, Daniel Oliveira, enfatiza a qualidade do
público que assistiu aos concertos, o qual caracteriza como “bastante dedicado,
sensível e atento, de todas as idades”, sendo que muitos desses concertos
“foram interativos, com o público a participar ativamente através do canto,
numa aproximação ímpar entre músicos e público”. “Claramente Torres Vedras
respondeu à edição deste ano do festival de uma forma muito positiva, não
obstante ter sido também visível a presença de muito público oriundo de outras
geografias, e que contribuiu igualmente em 2024 para o sucesso do festival”,
afirma, ainda, Daniel Oliveira.
Já a vereadora da Cultura da
Câmara Municipal de Torres Vedras, Ana Umbelino, refere que “o Festival de
Música Antiga de Torres Vedras dá expressão à política do Município de Torres Vedras
de democratização do acesso à Cultura e de valorização do património de
proximidade, oferecendo momentos de encontro com o património cultural,
nomeadamente com o património religioso do concelho de Torres Vedras e o
património musical universal”.
O VI Festival de Música Antiga
de Torres Vedras foi organizado pela Câmara Municipal de Torres Vedras, contou
com o apoio das juntas de freguesia e das paróquias dos locais onde se realizou
e as parcerias institucionais da Antena 2, da Escola de Música Luís António
Maldonado Rodrigues, da Associação Ilú, da Associação Capela de Santa Helena,
da Camerata Vocal de Torres Vedras - Associação Cultural, da Cultur´Canto -
Associação Cultural e da Viva Património - Associação para a Defesa e
Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras.
Fonte: Câmara Municipal Torres
Vedras