domingo, 23 de março de 2025

“Não cuidei dos meus dentes! E agora? Os Malefícios de uma Má Saúde Oral: Impactos na Saúde e Qualidade de Vida”


Vera Henriques, diretora clínica na FG Clínica, alerta para os malefícios de uma má Saúde Oral e o impacto que tem na saúde e na qualidade de vida.

 

A saúde oral desempenha um papel crucial no bem-estar geral de qualquer indivíduo. No entanto, muitas pessoas negligenciam a higiene oral, ignorando os sinais e sintomas de problemas dentários que podem levar a complicações graves. A má saúde oral não afeta apenas os dentes e gengivas, mas também pode ter repercussões significativas na saúde em geral, influenciando o coração, o cérebro, os pulmões e até mesmo a qualidade de vida da pessoa.

A boca é a porta de entrada para o organismo e, como tal, a sua saúde está diretamente ligada ao estado geral do corpo. Quando a higiene oral é inadequada, bactérias nocivas podem proliferar, causando infeções que não se limitam à cavidade oral. Estudos científicos já demonstraram que doenças gengivais, como a periodontite, estão associadas a problemas cardiovasculares, diabetes descontrolado, complicações na gravidez e até mesmo doenças respiratórias.

A gengivite, a forma inicial da doença periodontal, ocorre devido ao acumulo de placa bacteriana e pode progredir para periodontite caso não seja tratada. Essa inflamação crónica das gengivas permite que bactérias entrem na corrente sanguínea, contribuindo para a inflamação de órgãos vitais e aumentando o risco de doenças sistémicas.

No âmbito dos problemas dentários mais comuns, destacamos as cáries dentárias, sendo uma das doenças orais mais prevalente que resulta da ação de bactérias presentes na boca. Estas metabolizam açúcares dos alimentos e produzem ácidos que corroem o esmalte dentário. Se não for tratada, a cárie pode avançar para as camadas mais profundas do dente, causando dor intensa, infeções e, em casos graves, a necessidade de extração do dente.

A seguir temos as doenças periodontais, que incluem a gengivite e a periodontite. A gengivite, caracterizada por gengivas avermelhadas e que sangram facilmente, pode evoluir para periodontite, uma condição mais severa que compromete os ossos e tecidos de suporte dos dentes, podendo levar à perda dentária.

Temos também o mau hálito (halitose), que pode ser causada por diversas condições orais, incluindo cáries, gengivite, língua saburrosa e acumulo de placa bacteriana. O mau hálito persistente pode gerar constrangimentos sociais e indicar problemas mais graves de saúde oral.

Com alguma frequência, ocorre também a erosão dentária, que tem lugar quando os ácidos presentes nos alimentos e bebidas desgastam o esmalte dos dentes. Isso pode causar sensibilidade dentária, dor e aumento do risco de cáries.

Por último, quando as bactérias penetram no dente e atingem a polpa dentária, levam a uma inflamação intensa e à formação de pus, dando origem a infeções e abcessos dentários. Essa infeção pode se espalhar para outras partes do corpo se não for tratado adequadamente.

Os impactos da má saúde oral vão muito além dos dentes e gengivas. Diversos órgãos podem ser afetados, aumentando o risco de doenças graves. Estudos indicam que a periodontite pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como enfarte do miocárdio e derrame. Isso ocorre porque as bactérias presentes na boca podem entrar na corrente sanguínea e contribuir para a formação de placas de gordura nas artérias, levando à aterosclerose.

A diabetes é outra condição que tem ligação direta com a saúde oral. Pessoas com diabetes são mais propensas a desenvolver doenças gengivais e, essas patologias orais, por sua vez, dificultam o controle do açúcar no sangue. A inflamação crónica decorrente da periodontite pode interferir na resposta à insulina, agravando a diabetes.

Relativamente à gravidez e mulheres grávidas, quando estas apresentam problemas periodontais, têm maior risco de parto prematuro e de ter bebés de baixo peso à nascença. A inflamação gengival pode levar à libertação de substâncias químicas que induzem o trabalho de parto antes do tempo adequado.

No que concerne a problemas respiratórios, bactérias da boca podem ser aspiradas para os pulmões, contribuindo para o desenvolvimento de infeções respiratórias, como pneumonia. Esse risco é especialmente preocupante para idosos e pessoas imunodeprimidas.

Mais recentemente, a demência e alterações neurológicas têm sido relacionadas com uma saúde oral deficitária. Essas pesquisas sugerem que bactérias presentes na boca podem desempenhar um papel no desenvolvimento de doenças neuro-degenerativas, como o Alzheimer. A inflamação crónica decorrente de doenças periodontais pode afetar o funcionamento do cérebro a longo prazo.

Além dos problemas físicos, a má saúde oral pode afetar a autoestima e a vida social de uma pessoa, levando a constrangimentos, falta de confiança, isolamento social, prejuízos ao nível da vida profissional e, em último grau a transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão, prejudicando gravemente a qualidade de vida do indivíduo.

Assim, a prevenção e os cuidados de saúde oral adequados, são condutas de extrema importância, que todos nós devemos ter em conta, com vista ao bem-estar físico e emocional do ser humano, como um todo. Não devemos encarar a saúde oral como algo negligenciável.

Investir na saúde oral é investir na qualidade de vida e no bem-estar a longo prazo.

Fonte: Sapo on-line saúde

“A doença renal crónica é uma doença assintomática até fases tardias”


Por: MJG

Serafim Guimarães, Vogal da Direção da Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL), alerta que a doença renal crónica não dá sintomas, nas fases iniciais, e apela ao rastreio. Nas fases mais avançadas, a doença implica tratamento com diálise, o que tem um impacto significativo na qualidade de vida.

“A doença renal crónica é uma doença assintomática até fases tardias”

Qual a prevalência da doença renal crónica (DRC) em Portugal?

 

Estima-se em cerca de 10% em todos os seus estádios

 

Continua a ser uma doença subdiagnosticada. Isso deve-se ao facto de ser uma doença assintomática na fase inicial?

Sim. A DRC é uma doença assintomática até fases tardias. Também é verdade que a relação entre risco cardiovascular e doença renal não está estabelecida no senso comum, o que faz com as medidas de prevenção que implicam alguns sacrifícios (dieta, exercício,…) custem mais a ser aceites.

A hipertensão (HTA) continua a ser o principal fator de risco. A que outros fatores de risco também se deve estar atento?

A diabetes é a doença que mais frequentemente causa DRC. A HTA pode ser causa e consequência de doença renal. Se, por um lado, os doentes hipertensos não controlados podem desenvolver DRC, por outro, esta, sobretudo em fases mais avançadas, pode cursar com HTA.

O risco cardiovascular está intimamente ligado ao risco de do20ença renal. Todos os fatores de risco habitualmente associados à doença cardiovascular (tabaco, obesidade, sedentarismo, dislipidemia, aterosclerose, …) são-no também fatores de risco para DRC. Há também algumas doenças hereditárias, como por exemplo a doença renal poliquística autossómica dominante e várias outras, de menor frequência.

“Apesar de, atualmente, as complicações agudas da diálise serem pouco frequentes e os sintomas de baixa intensidade, a limitação é sentida sobretudo nos mais novos”

A DRC, em fases mais avançadas, implica tratamento de diálise. Qual o impacto deste tratamento na qualidade de vida do doente?

A diálise tem um enorme impacto na vida dos doentes, porque se dá uma alteração radical das suas rotinas. Há uma obrigação de ir aos tratamentos 3 vezes por semana, há algumas limitações alimentares e de ingestão de água, tudo situações que não são naturais. Apesar de, atualmente, as complicações agudas da diálise serem pouco frequentes e os sintomas de baixa intensidade, a limitação é sentida sobretudo nos mais novos em idade de vida ativa, que não dispõem de tempo nem da energia necessária para levar a sua vida.

 

E no sistema de saúde, tendo em conta os custos diretos e indiretos?

 

Trata-se de uma doença muito onerosa para os sistemas de saúde, não só em custos diretamente ligados à técnica, mas também em custos associados com medicamentos, análises e exames, cuidados com o acesso vascular e ainda os custos sociais e familiares associados à morbilidade, absentismo, internamentos, perda de rendimentos, saúde mental, etc.

Que medidas devem ser tomadas para que a DRC seja prevenida ou, pelo menos, para que seja diagnosticada numa fase mais precoce?

Rastreio, deteção precoce, hábitos de vida saudável, controlo da diabetes e hipertensão, moderação no consumo de sal, exercício físico, hidratação, evicção de medicamentos nefrotóxicos.

Fonte: Sapo on-line saúde

“Oficinas Criar, Moldar, Recuperar”


Ikebana Nageira

 

Terça | 25 Março | 10.30 às 12.30 | €35

Surpreenda-se com a subtileza do arranjo floral japonês, conjugando elementos naturais para criar harmonias de linhas, volumes, cores.

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Bonsai

 

Sábado | 29 Março | 10.00 às 18.00 | €70 [inclui oferta de bonsai]

Partindo da história e estilos da arte bonsai, vamos adquirir técnicas essenciais de manutenção, poda, adubação, propagação, tratamento de doenças e pragas.

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“Kintsugi”

 

Sábado | 5 Abril | 10.00 às 13.00 | €45 [materiais incluídos]

Prática milenar de restauro com pó de ouro, o kintsugi celebra a beleza do transitório e do imperfeito. Uma técnica e filosofia estética para aplicar às suas peças de cerâmica.

Saber mais em: https://www.foriente.pt/detalhe.php?id=D3C39BF9-16D2-4FEA-88A6-719AC3A32B0A&area=servico-educativo

M/ 16 anos [idade indicativa]

MUSEU DO ORIENTE

Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte) | 1350-352 Lisboa

T. (+351) 213 585 200 | info@foriente.pt | www.foriente.pt

Fonte: Fundação Oriente