domingo, 2 de março de 2025

“As unhas precisam de respirar: mito ou verdade? A resposta dos especialistas”


Fazer períodos de pausa para que a unha natural possa “respirar” é uma dúvida muito comum entre as pessoas. Veja o que os especialistas aconselham

 

Por: Rafaela Pinto

Unhas fortes e saudáveis é o que toda a gente deseja. Porém, as constantes manicuras, entre gel e verniz, podem levar a que a unha fique mais frágil, quebradiça ou amarelada, levando-nos a pensar se não seria melhor fazer uma pausa e deixar as unhas "respirar". Mas será realmente verdade?

A Miranda falou com as médicas, Dra. Ana Nogueira, dermatologista e a Dra. Rita Machado, podologista que nos responderam à questão:

 

As unhas precisam de respirar: mito ou verdade?

 

Verdade. "É recomendado pois, ao fim de alguns dias de verniz, acumulam-se bactérias e fungos nas unhas sendo aconselhável removê-lo. E o uso frequente de removedores de verniz seca as unhas pelo que se recomenda ir fazendo umas pausas", explica a Dra. Ana Nogueira.

E em relação às unhas dos pés, o princípio é o mesmo. A Dra. Rita Machado confirma: "a unha é uma estrutura composta por células queratinizadas e tem como principal função proteger as extremidades dos dedos. Como qualquer célula, a unha, precisa de respirar contribuindo assim para um melhor crescimento da mesma", afirma.

"A aplicação constante de verniz, verniz, gel, gel ou produto similar, pode levar ao enfraquecimento, alteração da cor ou mesmo proliferação de microorganismos denominados fungos. Por isso, aconselha-se a alteração do mesmo de três em três semanas".

 

Dicas para manter as unhas saudáveis:

 

Manter as unhas e as cutículas hidratadas

Fazer pausas entre verniz e gel

No caso dos pés, é fundamental ter um calçado adequado e trocar frequentemente o mesmo

Manter as mãos e os pés secos, livre de zonas húmidas

Não partilhar qualquer utensílio de tratar as unhas

Fonte: A Miranda By Sapo

“Dor crónica: como compreender e tratar o sofrimento constante?”


Por: Armando Barbosa (médico anestesiologista)

A dor crónica é uma condição que afeta cerca de 3 milhões de portugueses. Destes, 50% enfrentam alterações significativas em suas vidas devido à dor. Mas o que exatamente caracteriza a dor crónica e como podemos melhorar a qualidade de vida daqueles que sofrem com dores persistentes?

 

O papel da dor

 

A dor desempenha um papel crucial em nosso organismo, servindo como um alerta. O nosso corpo deteta estímulos nocivos por meio de sensores especiais chamados nociceptores. Esses sensores são capazes de identificar estímulos térmicos (como queimaduras), mecânicos (como pancadas) ou químicos (como a queimadura causada por um produto químico).

Os estímulos captados pelos nociceptores são transformados em impulsos elétricos, que viajam pelos neurônios até alcançar o cérebro, é aí que essa informação se espalha por diversas áreas relacionadas à sensação, cognição, emoções e memória. A dor é o resultado desse processo complexo, sendo fundamental para nossa sobrevivência. Sem a capacidade de sentir dor, não conseguiríamos proteger adequadamente nosso corpo.


 

A natureza da dor crónica

 

A dor crónica funciona como um alarme persistente no nosso sistema. Imagine o alarme de uma casa que dispara aleatoriamente ou de forma contínua, mesmo quando não há perigo real. Nesse cenário, o alarme perde sua função original de nos alertar sobre riscos e perigos iminentes. O mesmo ocorre com a dor crónica: ela deixa de ser apenas um aviso de outra doença e passa a ser o próprio problema.

 

Em resumo

 

Dor Aguda: Surge em resposta a uma lesão tecidual e é limitada no tempo. Após a cura da lesão, a dor cessa. Exemplos incluem fraturas, queimaduras e dor pós-operatória.

Dor Crónica: Persiste além do período de reparação dos tecidos ou está associada a doenças crónicas. Exemplos incluem artrite, artrose, fibromialgia e dor lombar inespecífica.

O tratamento interdisciplinar desempenha um papel crucial na melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com dor crónica. Com abordagens médicas, psicológicas e fisioterapêuticas, podemos ajudar a aliviar o sofrimento constante e restaurar o bem-estar.