quinta-feira, 14 de março de 2024

“Pensando e refletindo…”

 


“Cinema: Portugal é o convidado de honra do Festival de Cinema de Animação de Annecy”


O Festival de Cinema de Annecy, em junho, em França, que terá Portugal como país convidado, vai ser “uma montra fabulosa” para a animação portuguesa, afirmou à Lusa o programador Fernando Galrito.

“É o maior Festival de animação do mundo e o terceiro maior Festival de cinema do mundo. (…) Será uma montra fundamental do cinema de animação português para o mundo e para nós próprios, para nos conhecermos melhor”, disse.

O Festival de Annecy, que decorrerá de 09 a 15 de junho, já tinha anunciado há vários meses que Portugal seria o país em destaque, mas revelou recentemente que Fernando Galrito, Diretor do Monstra Festival de Animação de Lisboa, é um dos responsáveis que desenhará a presença portuguesa no evento.

À Lusa, Fernando Galrito explicou que haverá uma festa de abertura para cerca de 500 convidados, entre produtores, distribuidores, vendedores de todo o mundo, para contactarem e conhecerem profissionais portugueses.

Estão previstas sete sessões de cinema exclusivamente para a produção nacional, e que farão uma retrospetiva do que é o cinema português de animação que em 2023 celebrou um centenário de existência.

No mercado profissional o MIFA haverá espaço para apresentação a profissionais de cinco projetos portugueses ainda em produção, sejam curtas ou longas-metragens; e no Festival três profissionais vão fazer parte do comité de júris.

Tudo isto é no âmbito da programação enquanto país convidado, porque nas secções competitivas do Festival de Annecy há ainda a possibilidade de filmes portugueses serem selecionados e exibidos.

Segundo Fernando Galrito, a presença do cinema português em Annecy contará com apoio oficial do Ministério da Cultura, do Instituto do Cinema e Audiovisual e da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI).

Será ainda produzido um catálogo, com o apoio da Casa da Animação, para “historiar e apresentar o que é o futuro do cinema de animação em Portugal” e para Annecy seguirá uma comitiva de profissionais portugueses.

Na história do Festival, que remonta aos anos 1960, Portugal nunca foi país convidado, mas o cinema português conta com uma presença regular nos últimos anos e alguns prémios.

A realizadora Regina Pessoa venceu o grande prémio do Festival em 2006 com a curta-metragem “História Trágica com Final Feliz” e o prémio do júri em 2019 com “Tio Tomás – A Contabilidade dos Dias”.

Fernando Galrito lembrou ainda um momento raro do cinema português em que Annecy estreou, em 2022, duas longas-metragens de animação, com “Nayola”, de José Miguel Ribeiro, e “Os demónios do meu avô”, de Nuno Beato.

Este ano, mesmo que todos os filmes e profissionais não possam estar presentes em Annecy, porque terão de ser feitas escolhas, Fernando Galrito acredita que o cinema português vai ganhar com a presença no festival.

A escolha de Portugal como país convidado que sucede ao México em 2023 – acontece um ano depois de conquistas e celebrações para a animação portuguesa.

Além da nomeação inédita da curta-metragem “Ice Merchants”, de João Gonzalez, para os Óscares, 2023 foi ainda um ano excecional, porque ao circuito comercial chegaram três longas-metragens portuguesas de animação e uma com coprodução nacional.

Foram elas “Nayola”, “Os demónios do meu avô”, “O Natal do Bruno Aleixo”, de Pedro Santo e João Moreira e “Interdito a cães e italianos”, de Alain Ughetto.

Em 2023 também se assinalaram os cem anos do aparecimento do cinema de animação em Portugal. A data é contada a partir da estreia, a 25 de janeiro de 1923 no Éden-Teatro, em Lisboa, de “O pesadelo de António Maria”, um pequeno filme animado, do caricaturista Joaquim Guerreiro, numa sátira ao político António Maria Silva, da Primeira República.

Fonte: Luso Jornal (França)

“Iniciativas: Cinco aldeias mostram o melhor do Dão em Aguiar da Beira”


Por: Lusa

Foto: Pedro Sarmento/Lusa

O evento “Aldeias em Festa” vai juntar cinco localidades em Barranha, no concelho de Aguiar da Beira, nos dias 23 e 24, para mostrar o que há de melhor no território do Dão.

A iniciativa junta as aldeias de Barranha (Aguiar da Beira), do distrito da Guarda, e as aldeias de Castelo (Sátão), Esmolfe (Penalva do Castelo), Quintela de Azurara (Mangualde) e Caldas da Felgueira (Nelas), do distrito de Viseu.

No evento “Aldeias em Festa”, as cinco localidades vão juntar-se para mostrar “o que de melhor e mais genuíno existe no território da ADD - Associação de Desenvolvimento do Dão”, descreveu a organização em comunicado enviado à agência Lusa.

Os promotores salientaram que a iniciativa apresenta “um programa diversificado e com dezenas de experiências e atividades para todos os públicos”, colocando a aldeia de Barranha com cerca de 50 habitantes “numa dinâmica nunca sentida”.

O programa inclui mostras gastronómicas, artesanato, histórias e estórias, folclore, música, danças, demonstração de tradições culturais, oficinas de doçaria e pão, percursos pedestres, um mercadinho e tasquinhas.

Para o coordenador da ADD, Emanuel Ribeiro, citado no comunicado, a iniciativa será marcada sobretudo “pela promoção do convívio entre as gentes destas aldeias e o bem receber a todos os que visitem o ‘Aldeias em Festa’”.

As atividades serão dinamizadas pelas organizações e grupos locais e pela comunidade, considerados pela organização como “protagonistas e parceiros fundamentais desta estratégia de salvaguarda e valorização”, com o apoio das juntas de freguesia e dos municípios das cinco aldeias.

A primeira edição do “Aldeias em Festa” visa potenciar o desenvolvimento e a promoção dos territórios rurais, capacitando a sua comunidade, valorizando o seu património cultural e salvaguardando o estilo de vida das Aldeias de Portugal.

A organização espera receber nos dois dias de festa “mais de meio milhar de visitantes, para uma experiência única, marcada pela autenticidade e celebração das tradições destas aldeias”.

O evento, promovido pela ADD, é um conceito que resulta da classificação de Barranha no projeto de Cooperação “Aldeias de Portugal – consolidação e replicação nacional”, financiado pelo programa LEADER ‘Actividades de Cooperação dos GAL’, do Programa de Desenvolvimento Rural 2020.

O projeto executado por 16 grupos de ação local, entre eles a ADD, incluiu a classificação de mais quatro aldeias do território do Dão como Aldeia de Portugal: Caldas da Felgueira, Castelo, Esmolfe e Quintela de Azurara.