A Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa promoveu, no passado dia 24 de maio, o seu primeiro congresso, sob o tema “Repensar a Medicina – Inovação, Colaboração e a Saúde do Futuro”. O evento decorreu no Medicina ULisboa – Campus de Torres Vedras, localizado no antigo Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior, e reuniu especialistas de diversas áreas para refletir sobre os caminhos possíveis para a medicina no século XXI.
Entre os oradores estiveram
médicos, investigadores, engenheiros, especialistas em saúde pública e em
bioética, num verdadeiro encontro interdisciplinar que destacou a importância
de uma abordagem colaborativa na transformação dos cuidados de saúde.
As comunicações apresentadas
revelaram tanto o potencial da tecnologia para melhorar os cuidados prestados
como os riscos de desumanização que podem advir de uma transição digital mal
orientada. A ideia de que a tecnologia deve servir a medicina, e não substituí-la,
foi repetidamente sublinhada.
Foi igualmente destacada a
urgência de capacitar os profissionais de saúde para os desafios da era
digital, sem esquecer os valores fundadores da profissão médica: ética, empatia
e humanismo. O congresso reafirmou a centralidade do doente nos cuidados e a
importância de recuperar os fundamentos humanistas da prática médica.
O I Congresso da Sociedade de
Ciências Médicas de Lisboa, uma das sociedades científicas médicas mais antigas
da Europa, encerrou com o compromisso renovado de promover o conhecimento
médico com responsabilidade e visão de futuro, assente no diálogo entre
medicina, ciência, educação, tecnologia e humanidade.
Recorde-se que o Medicina
ULisboa – Campus de Torres Vedras é um projeto da Faculdade de Medicina da
Universidade de Lisboa e da Câmara Municipal de Torres Vedras, com o apoio de
entidades locais e nacionais, que está a ser implementado no antigo Hospital
Dr. José Maria Antunes Júnior, em Torres Vedras. Este campus irá incluir um
polo de cuidados de saúde pública e interdisciplinar, um polo académico e de
investigação e um polo de medicina humanitária, de emergência e catástrofe.
Fonte: Câmara Municipal Torres
Vedras