De 27 de Abril a 5 de Maio
O Centro de Artes e
Criatividade (CAC) de Torres Vedras comemora três anos de existência. Para
assinalar este marco o CAC apresenta o “Bairros
– 1º Festival de Artes Cooperativas”, de 27 de abril a 5 de
maio, uma semana repleta de atividades com os parceiros da Encosta, palestras,
documentários, concertos, teatro, dança e gastronomia.
Sinopse
O conceito de bairro ou de
bairros sempre conduziu para uma diversidade de imagens, mas há esta dominante:
é um território que se define, que algo o marca e caracteriza, que possui uma
qualidade que está localizada na sua própria diferença. Bairro tem também uma
noção inclusiva de alguma coisa ou alguém que estando do outro lado nos leva
para uma imagem de um círculo uma célula que de alguma maneira faz parte de um
corpo maior que é a cidade.
Muitos bairros no seu conjunto
farão uma cidade ou parte dela. Assim e procurando ter este conceito de base
para dar nome e identidades a um festival de artes cooperativas às noções de
fronteira do outro lado do estranho ou do estrangeiro e consequência das
práticas de diálogo. Sejam elas viradas para dentro do Bairro ou com gente que
vem de fora do bairro.
Navegando de associação em
associação, mantendo o núcleo de uma vontade de sair do bairro, de levar o
bairro a mover-se, ou por oposição de convidar habitantes de fora a conhecer o
bairro vamos aproximando-nos de um conceito colateral que se divide em
encontros e diálogos. Este primeiro tempo de reflexão leva-nos a imaginarmos um
festival de diálogos entre corpos. Através das artes e da criatividade
confrontar corpos estranhos, corpos encostados, corpos virados de costas uns
para os outros.
Elegemos com naturalidade um
grupo de parceiros que age no território e no âmago destes bairros que serão o
espaço tempo desta iniciativa. O que vamos propor a cada um é manter-se firme
nas suas atividades e dar-nos a possibilidade de as conhecer e expandir de
molde a poder convidar parceiros de outros bairros que venham com eles dialogar
num encontro de saberes e ignorâncias.
Pedimos e oferecemos a
possível prodigalidade de novas perspetivas. O diálogo pode ser entre o que
existe e o desconhecido que chega e que fazendo algo semelhante tem em si um
universo de diferenças. Um diálogo encontro entre o visível e o invisível,
entre a mão esquerda e a direita, entre dois seres que falam línguas
diferentes.
Dentro de uma agenda de
atualidades queremos levar à ribalta a discussão do que une e desune, entre o
homem e a mulher, entre o homem que tem dentro de si uma mulher e a mulher que
tem em si também um ser masculino. Podemos estender as possibilidades ao
diálogo entre linguagens entre disciplinas artísticas: um diálogo entre a dança
e o teatro. Ou podemos provocar um diálogo entre refugiados e permanentes,
entre imigrantes e sedentários.
Entre classes sociais. Podemos
organizar diálogos gastronómicos. Ou trabalhar um diálogo entre dois países
diferentes, dois estrangeiros ou dois amigos. No fundo um diálogo entre
habitantes de bairros da lata, bairros nobres, bairros comerciais, bairros
azuis, ou bairros verdes. O que vai no fundo deste diálogo é um diálogo e
encontro de corpos diferentes do mesmo corpo que é a nossa humanidade em
construção.
Promotores: Câmara Municipal
de Torres Vedras, Centro de Artes e Criatividade de Torres Vedras
Patrocinador: AdegaMãe -
Sociedade Agrícola. Lda
Parceiros: A Bolha - Teatro
com Marionetas, AnimEsp - Associação Cultural, AREPO – Ópera e Artes
Contemporâneas, SOMOS COMUNIDADE e Oeste Respira
Fonte: Câmara Torres Vedras