● A carta ao Pai Natal muda este ano: aumentam as famílias que evitam o telemóvel e apostam por uma infância sem ecrãs para estas festas.
● Estudos revelam que os
jovens portugueses passam mais de 3horas por dia ligados à internet, acima das
médias europeias
● Dados da SaveFamily indicam
que 38% dos pais identificam que os usos dos telemóveis afetam o rendimento
escolar dos seus filhos
Com a chegada do Natal chegam
as prendas, o tempo em família e uma questão cada vez mais frequente em muitos
lares: tenho mesmo de oferecer um telemóvel ao meu filho? Perante a avalanche
de dispositivos eletrónicos ao longo do ano, cada vez mais famílias optam por
um Natal sem smartphones para os mais pequenos, apostando por uma infância com
menos ecrãs e mais jogos reais, conversa e tempo partilhado em família.
Longe de ser uma moda
passageira, esta decisão responde a uma preocupação crescente por parte de
pais, educadores e peritos. Um estudo conduzido pela Euroconsumers e a Deco
ProTeste1 releva que os menores portugueses passam, em
média,
3.4horas por dia online, acima
da média europeia que se mantém nas 3.2horas.
Por outro lado, dados
recolhidos pela SaveFamily apontam para uma crescente preocupação por parte dos
pais que detetam já irritabilidade e ansiedade nas crianças quando se lhes
limita o uso do telemóvel, com quase 38% a afirmar que os ecrãs estão,
efetivamente, a afetar o seu
rendimento escolar. A infância digitalizada e a antecipação na entrega dos
telemóveis a crianças cada vez mais cedo revela efeitos visíveis no bem-estar
emocional e social dos menores.
“Estamos a assistir a uma
geração que normaliza passar o equivalente a metade de um dia de trabalho em
frente a um ecrã desde idades muito novas”, adverte Jorge Álvarez, CEO da
SaveFamily, empresa especializada em tecnologia infantil. “Isso tem um impacto
direto no desenvolvimento emocional e na capacidade de concentração, assim como
na forma de se relacionarem com os outros”.
Neste contexto, muitos pais
procuram neste Natal alternativas ao smartphone que não suponham uma desconexão
total nem a criação de riscos. “Dar um telemóvel a uma criança pequena é
entregar-lhes uma ferramenta com mais funções do que as que pode gerir emocionalmente”,
reflete Álvarez. “Mas também não se trata de as isolar do mundo: existem
soluções intermédias que permitem comunicar-se, ganhar autonomia e estar
protegidos sem abrir a porta a redes sociais, conteúdos inapropriados ou
dependência digital”.
Entre estas soluções, os
relógios inteligentes para crianças começaram a ganhar terreno como opção de
transição. Estes dispositivos, pensados especificamente para menores, permitem
realizar chamadas e enviar mensagens apenas a contactos autorizados, contam com
geolocalização em tempo real, botão SOS perante emergências e controlo parental
a partir do telemóvel dos adultos.
Além do mais, os últimos
smartwatches infantis desenvolvidos para as crianças e pelas crianças, com a
supervisão dos pais, da empresa líder do setor, SaveFamily, dispõem de um “modo
aula” para evitar distrações durante o período letivo que o converte num
relógio normal e incluem inteligência artificial adaptada a crianças, com
conteúdos educativos e acompanhamento digital responsável.
“O equilíbrio está em
introduzir a tecnologia de forma gradual e acompanhada”, salienta Álvarez. “A
autonomia não deveria chegar da mão de um smartphone, mas sim de ferramentas
que respeitem a idade da criança e o seu desenvolvimento emocional, permitindo-lhes
uma imersão digital progressiva”, assegura.
Limitações legais no acesso
aos telemóveis e redes sociais por menores
Esta preocupação não é, de
todo, marginal: os dados da SaveFamily revelam que 65% dos pais reclamam
limites legais no acesso a redes sociais a menores. Uma medida que viria em
consonância com a limitação de utilização de telemóveis em contexto escolar que
entrou em vigor em Portugal já este ano. A infância converteu-se num
espaço de debate social no
qual as famílias, docentes e peritos reclamam uma proteção mais clara frente à
hiper digitalização.
Este Natal, as crianças que se
portaram bem (e até as que não) já estão a escrever as cartas ao Pai Natal.
Contudo, em vez do último modelo de telemóvel, cada vez mais crianças encontram
debaixo da árvore ou junto do presépio prendas que não passam por ser ecrãs:
bicicletas, patins, jogos de tabuleiro, livros, bonecos, materiais criativos ou
dispositivos desenhados especificamente para a sua idade. Ainda que muitas
famílias continuem a optar por tablets ou telemóveis, há também uma mudança na
mentalidade de cada um dos lares, onde se começa a priorizar os jogos infantis,
a imaginação e o tempo partilhado acima da conexão permanente. As prendas são
uma desculpa para se reunir, jogar em família e fomentar rotinas longe do
telemóvel, e muitas famílias procuram recuperar a infância mais parecida com as
gerações anteriores, onde o ócio não dependia de uma bateria ou notificação.
Nas palavras de Álvarez, “não
se trata de demonizar a tecnologia, mas de educar para a sua utilização desde a
infância. Este Natal podem ser o ponto de partida para que muitas famílias
recuperem uma relação mais sã com o digital e recordar que uma criança não
precisa de um telemóvel para estar mais seguros, mas de pais responsáveis que
os acompanhem em cada momento da sua educação.”
Acerca de
SaveFamily
É a empresa de origem
espanhola líder em smartwatches com GPS. Desde os seus escritórios centrais
distribui os seus produtos em mais de 26 países.
Criada em 2017, uma equipa
multidisciplinar composta por mais de 40 profissionais responde a mais de 500
mil famílias que formam parte da sua carteira de clientes.
Fonte: Newsline Agência de
Comunicação





