quarta-feira, 3 de abril de 2024

“Cultura: Intervenção, resistência e memória democrática no arranque do mês da Revolução dos Cravos”


O Cinema São Jorge é o primeiro palco do mês das Festas de Abril, acolhendo a partir de hoje o Festival Política. Durante três dias haverá espaço para diversas expressões artísticas, mas também para debates e conversas num encontro de artistas, jovens, criadores, ativistas e académicos dedicado este ano ao tema da Intervenção.

A dança ocupa o Teatro do Bairro Alto, dias 3, 4 (às 18h30), 6 e 7 (às 17h30) com Utopia, uma performance da bailarina e coreógrafa Diana Niepce que explora e homenageia o corpo entre a transgressão e a opressão dos limites físicos.

25 de Abril, SEMPRE! é a nova exposição temporária que inaugura amanhã no Museu do Aljube. Assinalando os 50 anos do 25 de Abril, esta mostra propõe uma reflexão sobre as resistências e também sobre preservação, construção e partilha de memória democrática, a partir de materiais de arquivo diversos.

As Festas de Abril incluem também propostas para os mais novos que passam, esta semana, pelo LU.CA com a apresentação de cinco histórias para puxar pela imaginação, numa sessão do Festival Play (dias 6 e 7, às 16h30), e a criação de uma emissão de rádio, sob o mote Sintonizar Abril com as antenas no ar, num desafio lançado todos os sábados do mês, às 10h30.

Até 26 de maio, há para ver no Mercado do Forno do Tijolo, em Arroios, a exposição 10 dias que abalaram Portugal, do Arquivo EPHEMERA. Uma iniciativa integrada nas Comemorações Municipais e Nacionais dos 50 anos do 25 de Abril que testemunha o início da democracia após a Revolução.

Fonte: Egeac

“Cultura: Festival Amadora Jazz traz David Murray Quartet a Portugal”


Nesta edição será possível ainda assistir a programação especial sobre o 25 de Abril

 

A 12ª edição do Festival Amadora Jazz regressa entre os dias 9 e 12 de maio, entre os Recreios da Amadora, o Cineteatro D. João V e o Auditório de Alfornelos e tem lugar no contexto das celebrações dos 50 anos do 25 de abril "Amadora, Cidade de Abril”.

Em 2024, o Amadora Jazz reafirma o seu papel vital na vida cultural do Município da Amadora, consolidando a sua posição como um dos principais eventos jazzísticos do país. Com um cartaz cuidadosamente selecionado e em linha com as comemorações dos 100 anos de Luis Villas-Boas e as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o festival procura continuar a atrair a atenção nacional e a posicionar a cidade como um destino imperdível para os amantes do jazz.


O Festival é organizado pela Câmara Municipal da Amadora, tendo como parceiro de programação a associação Jazz ao Centro Clube. Toda a programação paralela tem a parceria da Égide – Associação Portuguesa das Artes.

Para a Câmara Municipal da Amadora, "o Amadora Jazz é um evento que tem contado com figuras cimeiras do jazz nacional e internacional”. Nesta edição estarão presentes projetos significantes do meio jazzístico, dirigidos aos mais diversos públicos, apostando mais uma vez na diversificação da oferta e na qualidade das propostas apresentadas, procurando em simultâneo fidelizar públicos reforçando a aposta no universo jazzístico. Especial destaque para os projetos de Isabel Rato e Júlio Resende que celebram os 50 anos do 25 de Abril.


Para José Miguel, director da JACC, "a programação reflete o legado de Abril, fazendo incluir, na sua programação, dois concertos de artistas portugueses Isabel Rato e Júlio Resende que lidam diretamente com a herança sócio-cultural daquele que foi um momento determinante da sociedade portuguesa contemporânea.

Por outro lado, o Amadora Jazz procura manter e consolidar a sua trajetória enquanto momento relevante na oferta cultural do concelho e da Área Metropolitana de Lisboa, interpelando públicos que, sendo conhecedores ou simplesmente curiosos, poderão identificar no festival a marca de uma programação cuidada e distintiva, que junta artistas de diferentes proveniências e percursos, permitindo o acesso à realidade viva do Jazz.


Se é certo que a presença de David Murray merece destaque, dado o seu papel central nesta música, ao longo das últimas cinco décadas, a 12ª edição do Amadora Jazz apresenta muitos e bons motivos para celebrar Abril (em Maio), ao som da melhor música!".

 

DESTAQUES

 

Entre os espetáculos desta 12ª edição do Amadora Jazz, surgem os nomes de alguns dos artistas mais importantes do panorama musical nacional e internacional, como David Murray Quartet, Isabel Rato Quinteto, Júlio Resende com a apresentação do projecto Fado Jazz, Lokomotiv de Carlos Barretto, Mário Delgado, José Salgueiro e Ricardo Toscano. Ainda será tempo de ouvir o projeto GeraJazz.


 

Isabel Rato Quinteto | 9 de maio, 21h00 | Recreios da Amadora | M/6

Isabel Rato piano e arranjos

João David Almeida voz

João Capinha saxofones

João Custódio contrabaixo

Alexandre Ferreira Alves bateria

Isabel Rato, pianista, compositora, arranjadora e produtora portuguesa, é um dos nomes mais destacados do panorama do Jazz Português.

No contexto das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, Isabel Rato apresenta o seu novo disco “Vale das Flores” que terá uma das suas primeiras apresentações no Amadora Jazz.

Aquele que será o quarto disco da pianista em nome próprio é uma homenagem à Liberdade, e propondo relentaras de autores incontornáveis da música portuguesa e vitais na luta pela liberdade, como José Afonso e Sérgio Godinho. Ouviremos, também, algumas das canções tradicionais portuguesas do nosso património universal das melodias intemporais.

 

Júlio Resende Fado Jazz “Filhos da Revolução” | 10 de maio, 21h00 | Recreios da Amadora | M/6

Júlio Resende piano

Bruno Chaveiro guitarra portuguesa

André Rosinha contrabaixo

Alexandre Frazão bateria

“Júlio Resende tem a capacidade profunda de reinventar a música tradicional portuguesa, intensa e emocional, através do piano", escreve a renomada revista de música mundial “Songlines” sobre o pianista e compositor português.


O seu conceito de “Fado Jazz” é um exemplo perfeito do Jazz como uma linguagem global de expressão musical livre. A liberdade do povo português está intimamente associada à Revolução dos Cravos de 1974, à qual Júlio Resende dedica a música "Filhos da Revolução".

O derrube pacífico do ditador Salazar não só abriu caminho para a democracia, mas também marcou o fim das guerras coloniais portuguesas em Moçambique e Angola. "Sem a revolução, eu nem sequer existiria", diz Júlio Resende. "Meu pai é de Angola, e depois da revolução, emigrou para Portugal, onde conheceu a minha mãe”.

 

LOKOMOTIV | 10 de maio, 23h00 | Auditório de Alfornelos | M/6

Carlos Barretto contrabaixo

Mário Delgado guitarra

José Salgueiro bateria

Ricardo Toscano saxofone alto

Os Lokomotiv têm-se destacado pela sua enorme flexibilidade estética, interessados apenas em praticar um jazz que tenha tudo a ver com o nosso tempo. Barretto, Delgado e Salgueiro há muito que vêm revelando um grande leque de interesses musicais que cobrem tendências como o rock, o jazz, as músicas do mundo e a clássica, situando-se entre os expoentes portugueses de um ecletismo que é bem a marca deste início de século.

A fim de celebrar os 25 anos de atividade lançaram convite ao saxofonista Ricardo Toscano para fazer parte da banda e gravam o álbum 25 em quarteto com temas originais.

 

David Murray Quartet | 11 de maio, 21h00 | Recreios da Amadora | M/6

David Murray sax tenor

Marta Sanchez piano

Luke Stewart contrabaixo

Russel Carter bateria

David Murray é um prolífico e multifacetado músico e compositor, cuja obra, composta por cerca de duzentos álbuns, entre os quais mais de cento e trinta em seu nome próprio, demonstra uma abordagem eclética do jazz, exprimida não apenas em termos das linguagens musicais que nela confluem, mas também pelo facto de se aventurar por outros territórios artísticos como o cinema, a dança, o teatro e a ópera.

Murray nasceu em Oakland, cresceu em Berkeley, onde estudou com Bobby Bradford, Arthur Blythe, Stanley Crouch. Em 1975 mudou-se para Nova Iorque, onde encontrou Cecil Taylor que, juntamente com Dewey Redman, se encarregaram de encorajar o jovem Murray. Em Nova Iorque, tocou com Sunny Murray, Oliver Lake e Don Cherry, conhecendo Hamiet Bluiett, Lester Bowie e Frank Lowe na Energy Band de Ted Daniel.

Em 1976, depois de uma digressão europeia, juntamente com Oliver Lake, Hamiet Bluiett e Julius Hemphil, criou o World Saxophone Quartet, formação absolutamente fundamental na historiografia do Jazz. Até 1978 ocupou-se de trabalhar em contextos muito diversos (de Jerry Garcia a Max Roach, de Randy Weston a Elvin Jones).

À entrada da década de 80, David Murray estava numa fase particularmente criativa da sua carreira, assumindo trabalhos em nome próprio, com múltiplas gravações em variados contextos. Manteve-se extremamente produtivo ao longo das décadas de 80 e 90, construindo uma sólida reputação e acumulando reconhecimento.

Chegados ao novo milénio e apesar de relativamente novo, Murray parecia já ter feito tudo, mergulhando na cultura das Índias Ocidentais e das América Central, na cultura africana (com estadias na frica do Sul e do Senegal).

Não admira que Murray, cidadão de Mundo, tenha também passado por Portugal, mantendo uma casa em Sines.

O seu novo quarteto, estreado em 2023, junta Murray a três jovens músicos escolhidos a dedo pelo próprio.

 

GeraJazz | 12 de Maio, 17h00 | Cineteatro D. João V | M/6

Entrada gratuita, mediante levantamento de ingresso e limitada à lotação da sala

O GeraJazz é, como o nome indica, um projeto dedicado ao jazz que nasceu no ano de 2010/2011 no seio da Orquestra Geração, que se inspira no Sistema de “Orquestras Infantiles e Juveniles” da Venezuela. Com direção artística do maestro e professor Eduardo Lála, o GeraJazz tem vindo a desenvolver um intenso trabalho de formação de jovens com vista à constituição de uma orquestra de jazz. Passando pela tradição popular afro-americana e pelo jazz modal de Herbie Hancock, bem como pelo swing e o funk soul de Jaco Pastorius e Nina Simone, ou pela bateria enraizada na tradição de Art Blakey, entre outras influências, o GeraJazz trabalha importantes temas do jazz internacional. Vários músicos de jazz têm colaborado com o GeraJazz ao longo destes anos, como Mário Laginha, Salvador Sobral, Ricardo Toscano, Mário Delgado, Filipe Melo, Carlos Martins, Pedro Segundo e Tomás Marques, entre outros, em diversos festivais, concertos e ações de formação

 

PROGRAMAÇÃO PARALELA

 

Em 2024 assinala-se um duplo centenário com muito significado no panorama do jazz nacional: o nascimento de Luís Villas-Boas (1924-1999) considerado o “pai” do jazz em Portugal e o primeiro concerto de jazz efetuado no país por um grupo estrangeiro, a Pan-American Ragtime Band, ocorrido em 1924 no Teatro da Trindade, em Lisboa. Para celebrar essa dupla efeméride, a 12.ª edição do Amadora Jazz recebe no dia 11 de Maio um programa completo criado pela Égide – Associação Portuguesa das Artes, evento que integra uma exposição de pintura pelo artista plástico Xico Fran, a apresentação do livro "Luís Villas-Boas, o pai do Jazz em Portugal", de João Moreira dos Santos, e ainda a atuação do sexteto Syncopators, que recria a música do primeiro grupo de jazz norte-americano a tocar em Portugal, em 1927. Todo o programa acontece no Cineteatro D. João V, tendo entrada gratuita e limitada à lotação da sala.

 

PROGRAMA

16h00 – Inauguração da exposição 100 anos de Jazz em Portugal, de Xico Fran.

16h30 – Apresentação do livro Luís Villas-Boas, o pai do Jazz em Portugal, de João Moreira dos Santos.

17h00 – Atuação do sexteto Syncopators: Moisés Fernandes (cornetim), Alexandre Castaldo (saxofone-soprano), Ricardo Sousa (trombone), Cláudio Campos (guitarra e banjo), José Amoreira (contrabaixo) e Martim Correia (bateria).

 

BILHETEIRA

 

Bilhetes do Amadora Jazz à venda em www.ticktline.sapo.pt e no local duas horas antes do início dos concertos, sendo que os seus preços variam entre os 10 e os 20 euros.

 

SOBRE O AMADORA JAZZ

 

Organizado pela Câmara Municipal da Amadora em parceria com o Jazz ao Centro Clube (JACC).

As primeiras edições do Festival foram feitas sob a designação Ciclo de Jazz da Amadora (2011-2017). Durante esse período, a orientação artística esteve ancorada na vontade de criar um momento privilegiado para o contacto com as propostas mais relevantes do Jazz feito em Portugal, tendo como protagonistas tanto artistas consolidados quanto nomes valores cujo trabalho merecia visibilidade e palco.

O sucesso desta fórmula permitiu que, a partir da 9ª edição, em 2019, o Amadora Jazz pudesse devotar um lugar no seu cartaz para artistas internacionais sem, no entanto, abandonar as suas premissas fundamentais.

Fonte: Câmara Municipal Amadora

“Cultura: Carlos Madeira publica a “História Esquecida” de Segura”


Por: Tiago Carvalho

Carlos Madeira apresentou, no dia 2 de abril, o livro “Segura - Uma História Esquecida na Raia”, uma obra com o apoio do Município de Idanha-a-Nova e da União de Freguesias de Zebreira e Segura.

Com esta obra, Carlos Madeira parte da “Monografia de Segura”, da autoria do seu sogro Mário Andrade, para desenvolver a sua própria investigação sobre a história e o património desta aldeia raiana.

Carlos Madeira, licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, foi professor do ensino oficial por 36 anos, ensinando jovens e adultos a observar e a compreender o que se vê.


Na sessão, o autor explicou que “o livro agora editado resulta daquilo que fui registando ao longo dos anos, desde 1965, quando comecei a vir para Segura e me apaixonei por esta terra”, onde viria a casar.

Carlos Madeira espera que “o livro seja uma espécie de guia para quem visitar Segura, para que também observe, investigue, conteste o que escrevi se for o caso, mas aprofunde o conhecimento sobre esta terra”.

A apresentação do livro teve lugar na Associação Desportiva Recreativa e Cultural Segurense, perante uma sala cheia. Entre outras individualidades, estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto; o presidente da União de Freguesias de Zebreira e Segura, Paulo Pinto; e Pedro Madeira e Vera Moitinho de Almeida, que coordenaram a edição e a pesquisa da obra.


O presidente da Câmara Municipal realçou o compromisso da autarquia “com o apoio a escritores e investigadores que escrevem sobre o concelho de Idanha-a-Nova, porque é um trabalho que valoriza a enorme riqueza da nossa histórica e do nosso património natural e histórico-cultural”.

Por também reconhecer a importância da obra, também a União de Freguesias de Zebreira e Segura apoiou desde o início a sua edição. “É um belíssimo trabalho que é legado à população de Segura, mas também para todos aqueles que queiram conhecer melhor a aldeia e toda esta região, nas suas múltiplas vertentes: desde as paisagens e lugares, à história e a cultura do povo”, afirmou Paulo Pinto.

Fonte: Câmara Municipal Idanha-a-Nova