domingo, 10 de março de 2024

“Cultura: Exposição temporária “Tesouros na Palma da Mão”


O colecionismo de frascos de Rapé, em exposição até 1 de setembro de 2024

 

O Museu do Oriente convida a descobrir "Tesouros na Palma da Mão – O Colecionismo de Frascos de Rapé", numa exposição dedicada à história destes requintados objetos. Para ver, 240 peças dos séculos XVIII e XIX revelam as curiosidades do uso e fabrico dos frascos de rapé, bem como as suas múltiplas formas, cores e decorações, fruto da mestria dos artesãos chineses da dinastia Qing. Fabricados na China a partir do final do século XVII, os frascos de rapé foram concebidos para conter tabaco moído ou para cheirar o rapé e facilitar o seu consumo. Eram atribuídas ao rapé inúmeras propriedades medicinais, como alívio das mais variadas queixas, da dor de cabeça às cólicas ou dores de dentes. Em sociedade, era de boa educação oferecer-se a “pitada” (dose) de rapé.


Durante os séculos XVIII e XIX, estes recipientes eram omnipresentes na sociedade chinesa, não apenas como objetos utilitários, mas também como símbolos de requinte e estatuto. Fabricados em diversos materiais, incluindo minerais esculpidos, cerâmica, vidro soprado (pintado ou não no interior), marfim trabalhado ou laca, os frascos de rapé eram verdadeiras obras de arte que refletiam os gostos, a iconografia, os mitos e as lendas chinesas.


Esta enorme diversidade material e estética revela-se nas 240 peças expostas em “Tesouros na Palma da Mão”, pertencentes ao acervo da Fundação Oriente e do Museu Nacional Machado de Castro (Coimbra), em depósito no Museu do Oriente. Estas peças formam a "Coleção Manuel Teixeira Gomes", representando o gosto e a tendência pelo colecionismo de objetos de arte que floresceram durante o século XIX.A exposição está dividida em sete núcleos, que compreendem os diferentes materiais e modos de fabrico dos frascos de rapé, a sua utilização, história e evolução.


Das plantações de tabaco brasileiras à corte imperial chinesa, passando pelos portos europeus, a história do rapé e dos seus frascos acompanha as rotas do comércio transatlântico, o desenvolvimento das artes decorativas na China e o fascínio que exerceram sobre os colecionadores europeus, ao longo de vários séculos.  

 

Manuel Teixeira Gomes e o Colecionismo de Frascos de Rapé


 

Manuel Teixeira Gomes (1860-1941), natural de Portimão, empresário, diplomata e 7º presidente da Primeira República Portuguesa (1923-1925), foi um ilustre colecionador de objetos de arte chineses e japoneses. Entre 1911 e 1924, adquiriu frascos de rapé em leilões em Paris e Londres, oriundos de coleções europeias constituídas na segunda metade do século XIX. Teixeira Gomes doou ao Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, uma impressionante coleção de 644 frascos de rapé, considerada uma das maiores da Europa.


 

A origem do rapé

 

O tabaco foi introduzido pelos portugueses, em meados do século XVI, em território chinês, a partir do entreposto comercial de Macau. Era de tal modo apreciado e caro, que o seu comércio no oriente era monopólio do Rei de Portugal. Embora o rapé também tenha sido produzido em vários países europeus e internamente na China, em Fujian e Cantão, o melhor rapé seria o chamado Amostrinha português, feito em Lisboa com folhas de tabaco brasileiro. Na altura, o Imperador chinês colecionava e presenteava os seus favoritos e altos dignatários estrangeiros com frascos de rapé, tornando-os assim objetos de prestígio e símbolo de estatuto social. É dos reinados de Kangxi (1622-1722), Yongzheng (1723-1735) e Qianlong (1736-1796) que datam os mais belos frascos de rapé em vidro, mineral, metal e vidro esmaltado. Nesta época as oficinas imperiais estão no auge da sua produção, graças à elevada exigência do Imperador, grande protetor das artes. O hábito de cheirar rapé. É no século XVIII que se difunde o hábito de cheirar rapé por toda a população, entrando em declínio nos finais do século XIX. No entanto, a procura de frascos de rapé por parte de colecionadores ocidentais não acompanhou esse declínio, sendo nessa época que se constituem as maiores coleções na Europa e na América do Norte.


 

A multiplicidade de formas e materiais

 

Seguindo o hábito de acondicionar medicamentos em frascos de vidro com tampa, para conservar as suas propriedades curativas, os primeiros frascos de rapé terão sido produzidos em vidro, material favorito dos imperadores Qing. Seguiu-se a porcelana e tantos outros materiais como a tartaruga, calcedónia, marfim, madrepérola, jade, ágata, quartzo, esmalte pintado, âmbar, cinábrio, laca, coral, prata e muitos mais. Os frascos de rapé foram sendo enriquecidos pelos artífices chineses para deslumbrar os utilizadores mais exigentes: à simplicidade das superfícies coloridas ou transparentes, foram acrescentando texturas e detalhes, como pinturas minuciosas, representações esculpidas, moldadas ou embutidas, de figuras humanas, plantas e animais, cenas lendárias ou históricas e símbolos de bom auspício.


 

Sabia que…

 

Cada frasco de rapé possuía no seu interior uma pequena e estreita colher em marfim ou metal, para a colocação da “pitada” de rapé, a dose ideal, que poderia ser inalada a partir do interior da unha, sobre o dorso da mão ou entre o polegar e o indicador? Por volta de 1800, cheirar rapé fazia parte do modo de vida chinês? Durante os 100 anos seguintes, os frascos de rapé tornaram-se num objeto familiar em qualquer casa chinesa. Era sinal de educação, quando se encontrava um amigo na rua, pegar no frasco de rapé e oferecer uma pitada de tabaco?

As peças da Doação Manuel Teixeira Gomes, pertencentes ao acervo do Museu Nacional Machado de Castro, encontram-se em depósito no Museu do Oriente, ao abrigo do protocolo de cooperação celebrado em 2002 entre a Fundação Oriente e o (extinto) Instituto Português de Museus.  

Entrada gratuita

Fonte: Fundação Oriente

“Cultura: Festival Flamenco Lisboa “TIEMPOS :::: BÉLEN LÓPEZ CIA”


Dia 22 de junho 2024 Casino Estoril

 

Tudo tem o seu tempo: cada nota, cada gesto, cada compasso, cada lamento, cada silêncio...

Quando todos convergem no mesmo espaço, respeitando-se e fundindo-se num só, surge a magia do flamenco. Com este espetáculo, Belén López traz-nos uma amostra dessa magia, desnudando a sua alma, acariciando cada momento numa simbiose perfeita com os outros artistas, criando uma mistura de sentimentos que nos faz perder a noção do tempo.

Belén López destacou-se muito cedo ao vencer o concurso infantil 'Bravo Bravissimo' aos sete anos. Formada no Conservatório de Dança de Madrid, Belén brilhou como primeira bailarina na Arena de Verona em 'Carmen' de Franco Zeffirelli. Recebeu prémios significativos, como o "Mario Maya" de Flamenco e o prémio "Desplante" no Festival de Flamenco de Las Minas.

 

DESCRIÇÃO

 

Belén López iniciou uma carreira brilhante aos cinco anos, destacando-se ao vencer o concurso infantil 'Bravo Bravissimo' aos sete. Com passagens internacionais, representou Espanha em São Petersburgo e dançou no prestigiado Teatro de la Zarzuela de Madrid perante a rainha Sofia.

Formada no Conservatório de Dança de Madrid, Belén brilhou como primeira bailarina na Arena de Verona em 'Carmen' de Franco Zeffirelli, ao lado de talentosos artistas. Além disso, recebeu prémios significativos, como o "Mario Maya" de Flamenco e o "Desplante" no Festival de Flamenco de Las Minas e Prémio Alma Flamenca 2024.

Destaca-se também como atriz onde participou em “A casa de papel”, “Operação maré negra” entre outros.Uma artista multifacetada que continua a encantar e surpreender o mundo da dança.

 

TIEMPOS

 

Tudo tem o seu tempo: cada nota, cada gesto, cada compasso, cada lamento, cada silêncio...

Quando todos convergem no mesmo espaço, respeitando-se e fundindo-se num só, surge a magia do flamenco. Com este espetáculo, Belén traz-nos uma amostra dessa magia, desnudando a sua alma, acariciando cada momento numa simbiose perfeita com os outros artistas, criando uma mistura de sentimentos que nos faz perder a noção do tempo.

PROMOTOR: ASSOCIAÇÃO ZÁLEZ

Fonte: Organização Festival Flamenco Lisboa

“Cultura: Exposição temporária “Japão Festas e Rituais”


Em exposição até 31 Dezembro 2024

 

Ao longo do ano, realizam-se no Japão inúmeras festas e rituais tradicionais de natureza religiosa, de grande importância social e cultural. Com momentos cerimoniais solenes e outros de puro divertimento, têm origem sobretudo no Xintoísmo antigo culto dos espíritos kami a que se juntaram práticas do Budismo.


A exposição Japão: Festas e Rituais dá a conhecer estas celebrações e o seu papel na sociedade japonesa, como eixos de construção de identidade e comunidade, da sua conceção do mundo e das forças que o movem.

Tão variadas quanto populares, estas festas são celebradas em santuários e templos, mas também no espaço doméstico, em comunidades rurais bem como nas metrópoles. Nascem da coexistência natural de diferentes sistemas de crenças no Japão e partilham um mesmo aspeto: a importância do ritual. É através da sua prática que se assegura a harmonia entre homens, natureza e divindades, de que depende a prosperidade e o bem comum. Transmitidos ao longo de gerações, numa continuidade que liga presente e passado e se projeta no futuro, os rituais reforçam os laços de pertença entre os indivíduos e traduzem-se, hoje, em valores como cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade humana e ambiental.


Através de mais de 1500 peças, expostas aqui pela primeira vez, Japão: Festas e Rituais guia-nos através do universo destas celebrações: o panteão das divindades e seus atributos, as principais festividades e seus contextos, práticas e objetos associados.

Partindo dos princípios do Xintoísmo e Budismo no Japão, a exposição convida a um périplo pelo calendário das celebrações anuais, de onde se destacam o Ano Novo e as festas dos Rapazes e das Raparigas, a par de ritos de purificação, proteção e funerários, cultos de fertilidade e cerimónias de final do ano.


Numa impressionante cenografia que integra recriações de altares e espaços de culto, a exposição apresenta objetos devocionais, estatuetas, gravuras, instalações multimédia, fotografia e vídeo.

Japão: Festas e Rituais convida a mergulhar neste elemento vital da identidade japonesa, onde convergem tradição e renovação, mundo físico e espiritualidade.

Em associação às comemorações dos 480 anos de amizade entre Japão e Portugal.

Apoio institucional Embaixada de Portugal no Japão; Embaixada do Japão em Portugal colaboração Hitachi; Japan Foundation; Universidade Lusófona.

Fonte: Fundação Oriente

“Formação: “A Utilidade Pública: vantagens fiscais da respetiva atribuição”


Dia 5 abril - 21h00 - Sala Multiusos Cineteatro São João

 

Por: Guiomar Messias

O Município do Entroncamento promove no próximo dia 5 de abril (sexta-feira), pelas 21h00, na sala Multiusos do Cineteatro São João, uma ação de formação dirigida a Associações e Clubes, sobre a temática “A Utilidade Pública: Vantagens Fiscais da respetiva atribuição”.

O formador será, Paulo Lourenço, professor universitário e reconhecido jurista no mundo do desporto e do associativismo.

Inscrições a decorrer até dia 4 de abril para o email gap@cm-entroncamento.pt

Fonte: Câmara Municipal Entroncamento




“Desporto: Irina Rodrigues com marca de qualificação para os Olímpicos e recorde nacional do disco”


Por: SIF // AMG

Foto: José Coelho/Lusa

A atleta portuguesa Irina Rodrigues alcançou hoje marca de qualificação para os Jogos Olímpicos Paris2024 no disco, ao lançar 66,60 metros na Taça da Europa de lançamentos de Leiria, novo recorde nacional e melhor marca mundial do ano.

A portuguesa de 33 anos venceu a competição com a quarta tentativa do concurso, conseguindo superar a marca de qualificação olímpica, cifrada nos 64,50 metros.

É o quarto apuramento bem-sucedido de Rodrigues, que competiu em Londres2012 e Tóquio2020, falhando o Rio2016 por lesão, conseguido com recorde nacional, acima dos 66,40 metros de Liliana Cá em março de 2021.

Esta é a oitava marca de qualificação de portugueses no atletismo, juntando-se Irina Rodrigues a Ana Cabecinha (20 km marcha), Auriol Dongmo (peso), Susana Godinho (maratona), Isaac Nader (1.500 metros), João Coelho (400 metros), Samuel Barata (maratona) e Pedro Buaró (salto com vara).

Fonte: Lusa