terça-feira, 11 de junho de 2024

“Feiras: Feira medieval precursora da atual feira de S. Pedro de Torres Vedras volta a ser recriada”


A feira que se constitui como a precursora da atual Feira de São Pedro de Torres Vedras vai voltar a ser recriada.

Nos próximos dias 15 e 16 de junho acontecerá mais uma Feira do Casal de São Pedro, a qual vai levar esta pequena povoação situada perto de Dois Portos a “viajar” de novo até à Idade Média.

Nessa feira são, recorde-se, proporcionados cenários e ambientes medievais, bem como um programa de animação que ajuda também a transportar os visitantes no tempo, sendo que o da edição deste ano do evento inclui, por exemplo, um combate medieval, uma ceia medieval, animação teatral e circense, um espetáculo de fogo e atuações musicais a cargo de gaiteiros.

Aos visitantes da Feira do Casal de São Pedro é ainda possível desfrutar de petiscos, doçaria e vinhos típicos da região onde a mesma se realiza, bem como adquirir artigos diversos, nomeadamente de artesanato.

A Feira do Casal de São Pedro, que tem em 2024 a sua 5.ª edição, é organizada pela União das Freguesias de Dois Portos e Runa em parceria com a Câmara Municipal de Torres Vedras.

Refira-se que a realização desta feira assenta num facto histórico: a concessão, em 1293, por D. Dinis, a Torres Vedras, da sua primeira “Carta de Feira”. Um documento de vital importância estratégica para o desenvolvimento económico e social na época medieval, sendo que a primeira Carta de Feira concedida a Torres Vedras teria estado na origem de uma feira que se realizava muito provavelmente na zona de Dois Portos, mais concretamente no Casal de São Pedro.

As entradas para a visita à Feira do Casal de São Pedro são gratuitas.

 

Programa

 

15 de junho

12h00 | Abertura com a leitura da Carta de Feira pelo Centro Educativo de Dois Portos

13h00 | Teatro de rua “Os Aguadeiros” Três Irmãos

Três aguadeiros tentam aliciar o público a provar a maravilhosa água que carregam pelas ruas, iludindo-os sobre os benefícios que esta pode trazer em troca de algum ouro. Uma intervenção de cariz cómico e de muita interação com o público.

14h00 | Animação circense “Os Saltimbancos”  Malatitsch

Os saltimbancos eram artistas medievais que se apresentavam em praça pública e divertiam multidões, realizando diferentes apresentações ao ar livre e para qualquer plateia. Além de atores, havia acrobatas, equilibristas, ilusionistas, mímicos, entre outros. Foram esses artistas que deram origem ao que conhecemos hoje como circo.

15h00 | Atuação da Banda Filarmónica da Sociedade Filarmónica da Ribaldeira

15h30 | Teatro de rua “Os Aguadeiros” - Três Irmãos

16h30 | Animação circense “Os Saltimbancos” - Malatitsch

17h00 | Combate Medieval - Serra Red Lions

18h00 | Animação Circense “Os Saltimbancos” - Malatitsch

20h30 | Ceia Medieval com animação dos Três irmãos

22h30 | Espetáculo de Fogo - Malatitsch

O culto do fogo é intemporal, e desde sempre se incluiu, oculto ou não, por entre os costumes, hábitos e deveres do Homem. Fosse numa vela acesa com profunda devoção pelos deuses, ou no próprio brilho do olhar de quem deseja algo. Com total consciência do divino elemento, persistem aqueles que o honram como ligação à fonte do feminino, coroando a mulher que desde há muito tempo guarda a chama deste fogo primordial e secreto

24h00 | Encerramento

 

16 de junho

10h00 | Missa em honra de S. Pedro

Local: Igreja de São Pedro, Casal de São Pedro

10h00 | Animação de rua “A Parva” Clown Safaneta

Uma pessoa do povo, inocente, tonta, capaz de dizer diversos disparates sem que os demais se sintam ofendidos, uma vez que ninguém a considera "uma pessoa capaz" ou de "juízo certo"... Porém, no meio de tanto disparate, ela é mesmo capaz de despertar muitas mentes para os males do dia-a-dia.

14h00 | Animação circense “Agapito” Inspirueta

Agapito é um mercante e tratante. Com a sua carroça recheada de frutas e legumes, ele manuseia os seus produtos com jogos de malabarismo. Cheio de graça e virtude, ele interage com o público, proporcionando a este momentos de extrema alegria e boa disposição.

15h00 | Rancho Folclórico Etnográfico Danças e Cantares do Furadouro

16h00 | Gaiteiros da Freiria

17h00 | Animação Circense “Agapito” Inspirueta

18h00 | Gaiteiros da Freiria

20h00 | Encerramento

Informações e Inscrições para o jantar: 261 712 190

Fonte: Câmara Municipal Torres Vedras

“Galardões: Idanha com 4 distinções nos Prémios Cinco Estrelas 2024”


Por: Tiago Carvalho

Foto: Armindo Jacinto com Gabriela Nogueira, do Restaurante do Clube de Tiro de Monfortinho

Idanha-a-Nova foi um dos municípios em destaque na cerimónia de entrega dos Prémios Cinco Estrelas Regiões 2024, que decorreu no dia 6 de junho, em Mora.

Foram premiados com este troféu a aldeia histórica de Monsanto, a Praia Fluvial do Pego, o Restaurante do Clube de Tiro de Monfortinho e o Hotel Fonte Santa, que representam atrações turísticas do concelho: o património natural e histórico-cultural, a gastronomia de excelência e a qualidade das unidades de alojamento e de restauração.

O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, participou no evento para receber os prémios atribuídos a Monsanto na categoria “Aldeias e Vilas” e à Praia Fluvial do Pego na categoria “Praias”. No segmento de marcas, o Hotel Fonte Santa venceu a categoria “Hotéis Termais” e o Restaurante do Clube de Tiro de Monfortinho a categoria “Restaurantes - Cozinha Tradicional”.

Na sua 7ª edição, o Prémio Cinco Estrelas Regiões distingue ícones regionais, como praias, aldeias e vilas, monumentos ou cozinha tradicional, além de premiar as marcas regionais que se distinguem pela sua qualidade.

Para chegar às marcas vencedoras, estiveram envolvidos 454.000 consumidores, que em vários meses de testes avaliaram mais de 1036 marcas de norte a sul do país, das quais apenas 128 conseguiram provar a sua excelência e conquistar os prémios.

A Câmara de Idanha-a-Nova congratula-se com a atribuição do Prémio Cinco Estrelas a quatro representantes deste concelho, na certeza de que outros ativos também têm valor para serem distinguidos.

Fonte: Câmara Municipal Idanha-a-Nova

“Musica: Aos 15 anos, Tiago Milheiro estreia-se em nome próprio no CCR"


14 de junho, em Idanha-a-Nova


Por: Tiago Carvalho

Na próxima sexta-feira, 14 de junho, o jovem músico Tiago Milheiro vai subir ao palco do Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova.

Com apenas 15 anos, Tiago Milheiro só tem um plano na vida: fazer o que mais gosta, ou seja, cantar e tocar todos os instrumentos que lhe passem pelas mãos.

Assim, o jovem músico vai arriscar pisar o palco do Centro Cultural Raiano em nome próprio, acompanhado pela banda com a qual tem ensaiado e por duas convidadas especiais: Mariana Poças e Lúcia Power.

A ligação de Tiago Milheiro com a música começou ainda muito pequeno. No primeiro ano de escolaridade ingressou igualmente no Conservatório Regional de Castelo Branco, para poder começar a aprender música.

Nos três primeiros anos de iniciação, escolheu guitarra, mas posteriormente passou para o acordeão, instrumento com o qual não se identificou. Atualmente, Tiago tem-se focado mais no canto, na guitarra acústica e no piano, que são os três instrumentos com que sempre se identificou mais.

Escreve e compõe os seus próprios temas desde o 7º ano de escolaridade.

A entrada no concerto é gratuita. Reserva de bilhete através do contacto do Centro Cultural Raiano (277 202 900).

Mais informações em www.idanha.pt/agenda 

Fonte: Câmara Municipal Idanha-a-Nova

“Conferencias: Pensar o futuro do território do Alto Minho”


No dia 14 de junho, nas Termas do Peso, em Melgaço

 

Investigadores perspetivam caminhos, estratégias e futuro de inovação 

 

O NUTRIR, Núcleo Tecnológico para a Sustentabilidade Agroalimentar do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, vai realizar, no próximo dia 14 de junho, nas Termas do Peso, em Melgaço, a Conferência ‘Nutrir Território’. Este encontro pretende explorar como uma abordagem centrada nos ativos e recursos locais – sobre os quais se produz conhecimento (I&T) – pode contribuir para a criação de melhores condições de vida para as comunidades rurais.  

A Conferência, que contará com a presença de investigadores, pensadores e decisores de diferentes origens e competências, irá apresentar os três anos de trabalho realizado pelo Nutrir, assim como definir caminhos, perspetivar estratégias e, em conjunto, pensar num futuro de inovação para o Alto Minho.   

As zonas rurais europeias são física, social e culturalmente diversas. A maioria confronta-se com desafios semelhantes, sobretudo com o despovoamento, o envelhecimento e os elevados custos da prestação de serviços públicos.  A (agro)biodiversidade perde-se, o património cultural desaparece, os bens públicos ambientais são postos em causa e surgem novos desafios associados a políticas setoriais. O Alto Minho não é exceção.  

O NUTRIR, Núcleo Tecnológico para a Sustentabilidade Agroalimentar do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, é um projeto de transferência de conhecimento na área do agroalimentar, que se preocupa com o desenvolvimento do território do Alto Minho, região de enorme riqueza e diversidade paisagística, mas carente de mais inovação, em particular no setor primário. 

Este núcleo definiu três áreas prioritárias de intervenção (Território, Viticultura e Recursos Animais) e, ao longo de três anos, em conjunto com diversos agentes particularmente do território, estudou, valorizou e caracterizou recursos, importantes para a dinâmica do conhecimento e do valor da região. 

 

PROGRAMA 

 

9:00 | Check-in  

9:30 | Sessão de abertura 

Manoel Batista, Presidente da Câmara Municipal de Melgaço  

Nuno V. Brito, Coordenador do NUTRIR, CISAS-IPVC 

 

9:45 | Master Class  

Inovação e Cooperação Transfronteiriça (15’) 

Javier Rodriguez - Universidade de Vigo, Espanha 

 

10h00 | Sistemas Agroalimentares 

Master Class (30´) 

• Ecossistema agroalimentar, gestão ativa do território e desenvolvimento regional | António Fontaínhas Fernandes - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal 

Palestras (15’) 

• Interação empresa-sistema ID: apoio do NUTRIR na saúde animal | Lourenço Fernandes - ZOOPAN, Saúde e Nutrição Animal, Portugal 

• Projeto Interior+ uma proposta para contrariar os efeitos de um território de baixa densidade | Teresa Paiva - Instituto Politécnico da Guarda, Portugal 

 

11:15 Pausa café (posters) 

11:40 Paisagem Sustentável 

Master Class (30´) 

• LIFE in Common Land: contribuição dos sistemas de pagamento por resultados de conservação de habitats para a manutenção de sistemas agroalimentares em áreas de montanha | Emílio Diaz - Universidade de Santiago de Compostela, Espanha 

Palestras (15’) 

• Estratégia Regional para a Paisagem do Alto Minho - conservação e valorização do património natural | Bruno Caldas - CIM Alto Minho, Portugal 

• Be@t - Da natureza, de forma circular e sustentável, para as pessoas | Teresa Silva – CITEVE, Portugal

 

13:00 Almoço (posters)  

14:30 Viticultura e Enologia 

Master Class (30´) 

• Variedad Branco lexítimo: minoritaria y protagonista | Mar Vilanova - Instituto de Ciencias de la Vid y del Vino- ICVV, La Rioja, Espanha 

Palestras (15’) 

• Castas minoritárias e tendências de futuro| Márcio Lopes - MLW, Portugal 

• Castas locais vs castas resistentes: um desafio para o território | Jorge Cunha - INIAV, Portugal 

 

16:00 Fórum – Alto Minho: mais do que uma paisagem 

Master Class (30´) 

• Serviços de ecossistemas para uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável | Salustiano Mato, Universidade de Vigo, Espanha 

Fórum: António Fontaínhas Fernandes, Célia Ramos, Eduardo Rosa, Emílio Diaz, Mar Vilanova, Nuno V. Brito e Salustiano Mato 

 

17:30 Sessão de encerramento e Alvarinho de Honra 

Carlos Rodrigues, Presidente do IPVC 

António Cunha, Presidente da CCDR-N

Fonte: #Comunicação Completa 

“Motociclismo: Lés-a-Lés garantiu ‘maioria absoluta’ numa das melhores edições de sempre”


Poetas e lobos em capítulo de final feliz

 

Em dia de eleições para o parlamento comunitário, os cidadãos europeus presentes no 26.º Portugal de Lés-a-Lés foram os grandes ganhadores desta aventura que começou em Portimão. Uma vitória esmagadora que valeu maioria absoluta no capítulo da diversão como no gozo na condução, do usufruto das paisagens aos locais visitados.


Na última jornada, que ligou a Covilhã a Penafiel, ao longo de pouco menos de 400 quilómetros, ficam na memória as receções fabulosas com que foram brindados os participantes. Muitos portugueses, mais de 1500, a que se juntaram espanhóis, suíços, belgas, franceses, alemães, italianos, lituanos, brasileiros e indianos. Bafejados por um clima ameno, sem o calor intenso ou as grandes chuvadas dos últimos anos.

Os sorrisos rasgados na chegada ao último dos palanques, emoldurado por enorme multidão, foram a prova mais evidente do estrondoso sucesso da aventura organizada Federação de Motociclismo de Portugal. Mas o empenho exigido por mais de 11 horas de condução também estava bem visível! Aliás, o aviso estava escarrapachado logo na primeira das 20 páginas do ‘road-book’ da 3.ª etapa. Não deixava grande margem para dúvidas e deveria ser levado muito a sério! Assim, como que cumprindo o dito popular de que o ‘rabo é o pior de esfolar’, o remate deste Lés-a-Lés obrigou a trabalhos forçados, num percurso lindíssimo, mas praticamente sem uma reta para descansar os braços.


Arredondar pneu foi o lema do último dia da maratona mototurística e os elementos da Comissão de Mototurismo não deixaram créditos por mãos alheias. Desde bem cedo, logo na travessia do mais imponente maciço montanhoso do território continental, a caravana começou por abordar as curvas até aos 1500 metros de altitude da Nave de Santo António, o ponto mais alto deste Lés-a-Lés.

Portugal de Lés-a-Lés

Um até já aos Lobos da Neve, recordando o local onde foram feitas as primeiras concentrações covilhanenses antes ainda do nascimento do Moto Clube da Covilhã, no Sanatório dos Ferroviários, criado para mitigar os efeitos da tuberculose nos trabalhadores dos caminhos de ferro. Agora transformado em elegante e acolhedora Pousada que viu os mototuristas passarem rumo a Manteigas, entrando num dos concelhos com a floresta mais bem preservada em Portugal, onde não faltam teixos, castanheiros, faias, plátanos, lariços-europeus e cedros-do-Oregon.


Para fugir à confusão gerada pelas obras na N338, a conhecida estrada do Vale Glaciar, a opção passou por um caminho não asfaltado, sem pó e com boa tração, obrigando apenas a velocidades ligeiramente mais reduzidas, mas que permitiram apreciar mais serenamente paisagens de cortar a respiração. A Estrela continua a surpreender mesmo aqueles que por lá passaram muitas vezes, incluindo os que já conheciam a espetacular cascata do Poço do Inferno. Onde as águas da ribeira de Leandres se despenham numa queda de mais de 10 metros pelas corneanas, essas formações rochosas criadas pelo contacto da água ao longo de milhares de anos. E cuja beleza mais evidenciou a estreiteza do local, criando um engarrafamento digno da hora de ponta de qualquer grande cidade.

 

O dia de todos os lobos

Daí até Manteigas, foi um instante para aproveitar a frescura do rio Zêzere, no Parque da Várzea, ainda nos primeiros dos mais de 200 km quilómetros da sua caminhada até ao Tejo, onde desagua próximo de Constância. É o segundo maior rio nascido em território português, após o Mondego, curiosamente cruzado poucos quilómetros depois, e alimenta três barragens de elevada produtividade energética. E onde um dos quatro totalistas, com presença carimbada nas 26 edições, o ex-autarca de Lamego, Ângelo Moura, fez um balanço sucinto, mas extremamente esclarecedor. “Esta foi a melhor edição da última década e, talvez, uma das melhores de sempre. O percurso escolhido foi fabuloso e o tempo ajudou e muito!”

Meteorologia que não podia ser melhor para a prática da modalidade, com temperaturas a rondar os 20º C durante o dia, ainda que ligeiramente mais frescas no arranque madrugador da Covilhã. Com o Norte no horizonte, assinalou-se o regresso a uma estrada utilizada há 20 anos, no 5.º Lés-a-Lés, até Folgosinho, desfrutando das belezas da Serra da Estrela antes da entrada no granítico planalto beirão via Fornos de Algodres. Um sobe-e-desce numa estrada de asfalto a brilhar de novo e com mais paisagens deslumbrantes, entrecortado pela despedida aos entusiastas elementos do MC Covilhã Lobos da Neve. Que, para pastores experimentados, mostraram alguma falta de jeito, tendo perdido o rebanho algures nas serranias…


 

Portugal de Lés-a-Lés

Continuando envolvido por uma paisagem de bucolismo reforçado por algum nevoeiro, entre verdejantes pastagens e o cinzento granítico, o pelotão encontraria, logo de seguida, dois marcos importantes desta tirada: a divertida Estrada das Beiras (N17) e, de novo, o rio Mondego. Para, por entre aldeias briosas pontilhadas por casas de pedra de aspeto senhorial, encontrar o mais rápido caminho para Aguiar da Beira. Vila de grande imponência história, onde não faltam pelourinhos, torres ameadas ou a torre do relógio além da igreja da Senhora da Lapa e a frincha entre dois penedos onde só cabe quem não tenha cometido pecados. Que, acabou por não ser visitada, obrigando a um ligeiro desvio que acabaria por ser aceite pelos mototuristas. Afinal, o Oásis instalado em Moimenta da Beira, Capital da Maçã de Montanha e terra de adoção de Aquilino Ribeiro.

Junto ao grupo escultórico que homenageia o escritor nascido em Sernancelhe (Viseu) e que aos 10 anos foi viver na aldeia moimentense de Soutosa, o pelotão foi surpreendido com uma enorme festa mesmo em frente aos Paços do Concelho. Onde nem faltaram os grupos de concertinas Vale do Távora e a Orquestra CemNotas para animar o grupo antes da descida panorâmica para Tabuaço, descobrindo as primeiras vinhas da mais antiga região demarcada vitivinícola do Mundo. E onde alguns motociclistas ficaram presos pela passagem do pelotão de ciclismo profissional que por ali disputava o Grande Prémio do Douro Internacional. Mas podem ficar contentes porque protagonizaram uma verdadeira estreia. É que esta foi a primeira vez, em 26 anos sublinhe-se, que o Lés-a-Lés foi parado por uma corrida de bicicletas!

 

Escritores e eleitores… em mobilidade

Com a grande aventura a aproximar-se do final, tempo para novas serranias, com a descida até vale do rio Távora, para o Oásis em Tabuaço. Onde mais música, desta feita com o grupo de concertinas de Távora, animou o bailarico, rápido, mas intenso. Porque havia que continuar a descida ao Pinhão, aproveitando apenas 3,4 km de N222 mas exatamente no sítio mais interessante do ponto de vista paisagístico. E ali registaram-se, sem grande surpresa, as temperaturas mais elevados do dia, ainda assim com frescos 27.º C, bem longe dos 47, 5.º C que valem o recorde de temperatura máxima em território nacional.

 

Portugal de Lés-a-Lés

Mas o Portugal de Lés-a-Lés não vive só de paisagens e trata de evidenciar o lado cultural do nosso País. Assim, depois de José Saramago, em 2023, e de Aquilino Ribeiro em Moimenta da Beira, viria ainda a homenagem a Miguel Torga. Na subida a Sabrosa, com paragem no miradouro com o nome do autor, de onde é possível desfrutar de uma vista excelente sobre a Foz do Pinhão, e logo de seguida em São Martinho de Anta, terra do médico-escritor. E onde alguns participantes foram à Junta de Freguesia para exercer o seu dever cívico, fazendo uso da possibilidade de voto em mobilidade para as Eleições Europeias.

Rumo a novas serranias, a caravana atravessou Vila Real, em passo de corrida, mas com tempo para vislumbrar a montagem do famoso Circuito Internacional, que, no último fim de semana de junho, recebe a 52ª edição das corridas de automóvel. Sem tempo a perder, seguia-se a Serra do Alvão, onde o nevoeiro roubou alguma da espetacularidade do Parque Natural, mas criou um ambiente místico patana passagem por Lamas de Olo, ajudando a perceber o que são os lameiros, não terrenos cheios de lama, mas sim prados irrigados com engenhosa rede de distribuição de água para rega, impedindo a formação de gelo.

 

Procissões e outras aventuras radicais

Mas o Portugal de Lés-a-Lés é uma verdadeira caixinha de surpresas e os imprevistos, mesmo os bem organizados, podem acontecer ao virar qualquer curva. Ou mesmo numa reta! Como ter a estrada cortada por uma procissão dedicada a São Galo, organizada pela Comissão de Festas dos Moto Galos de Barcelos, contando com a presença de sua Eminência, o Bispo, e com música a condizer. Um espetáculo de imaginação e empenho dos moto clubes que reforça o caráter único do Portugal de Lés-a-Lés, criando forte animação onde menos se espera. E que, além de saciar o apetite os estômagos, alimentam a alma com enorme animação.

A comida, essa estava mais à frente, em Cavez, com Oásis montado nas margens do Tâmega, exatamente onde desagua o a afluente ribeira de Moimenta. As bifanas e a prova de vinho verde (só uma amostra, como convém a quem conduz!) reforçaram o ânimo para seguir viagem pela excelente N205, rumo à Póvoa de Lanhoso ao extremo norte deste Lés-a-Lés. Pelo meio, poucos foram os que repararam, à passagem por Rossas, num dos mais antigos museus nacionais dedicados à história das duas rodas e que merece uma visita.

Que ficou para próxima ocasião porque, agora, estava marcada a visita ao fabuloso parque de atividades radicais DiverLanhoso, espaço com 170 hectares de área e um ‘slide’ de 350 m. Que ninguém pôde experimentar, até porque mais uma dose de adrenalina aos participantes no Lés-a-Lés poderia deixar marcas…

 

Bombeiros na festa do castelo e ajuda divina

Com Penafiel cada vez mais perto, a passagem por Guimarães revelou outro momento alto desta edição do Portugal de Lés-a-Lés. É que, se fora de casa Os Conquistadores fazem o que fazem, com inesquecíveis controlos, era fácil adivinhar a dimensão da festa dentro de portas. Uma simples fotografia com o castelo como pano de fundo foi suficiente para montar uma enorme festa, com toda a corte real e um presidente (Gaspar Marques) disfarçado de cavaleiro do reino.

 

Portugal de Lés-a-Lés

Às fotografias e à música acompanhada pelas damas da corte, juntou um camião-grua dos bombeiros, chamados de urgência para salvar… um 'drone’. Obra e graça do cidadão brasileiro Lucenildo Alexandre Azevedo que, a cumprir a estreia no evento, queria registar tudo até ao mais ínfimo pormenor. Verdadeiramente eufórico, garantiu que vai voltar “depois de legalizar a Triumph Tiger 1200 que trouxe do Brasil, em 2019”. Cuja matrícula dava bem nas vistas, até pela raridade face às espanholas, francesas ou outras...

E que, tal como muitos dos estrangeiros presentes, ficou espantado com receções como a que aconteceu em Vizela. Onde descobriu o sabor do tradicional bolinhol, oferecido no jardim do Parque das Termas, criado entre 1884 e 1886 e que possui uma quantidade de árvores gigantes como nenhum outro parque ou jardim português. Verdadeiro pulmão da cidade (desde 1998) que é Rainha Termal de Portugal, cujas termas remontam ao tempo dos romanos e onde começou a ser feito o balanço de mais uma presença no Portugal de Lés-a-Lés, pensando na chegada a Penafiel depois de fazer tantas horas de condução como aquelas que dariam para chegar até à capital Dinamarca, Copenhaga.

E, com a bênção da Senhora do Sameiro, atravessar o palanque de chegada numa edição que cumpriu as promessas de exigência, para motociclistas aventureiros e rijos, independentemente da máquina utilizada. É que o Lés-a-Lés continua a ser uma aventura para todas as motos, mas não para todos os motociclistas… A prova mais evidente é que os participantes aproveitaram mais do que nunca, os serviços da equipa Osteomotus para colocar os músculos no sítio e garantir uma viagem tranquila até casa. Que só aí termina a grande aventura!

Fonte: Diário Online (Colaboração especial do Gabinete de Imprensa Portugal de Lés-a-Lés)

“História: Alenquer evoca legado de Camões reforçando ligação à vila com painel comemorativo"


Cumprem-se em 2024 os 500 anos do nascimento (1524) daquele que é considerado por muitos como o maior escritor português de sempre: Luís Vaz de Camões. O poeta que viveu e morreu (1580) no século XVI teve uma passagem documentada pelo concelho e o último 10 de junho contou com uma homenagem no Jardim das Águas, em Alenquer, com o descerramento de um painel que exaltou o meio milénio desde o nascimento do autor de ‘Os Lusíadas’.

Na cerimónia, os representantes legais do município relevaram o contributo humano e intelectual do ilustre homenageado ao país. Pedro Folgado, Presidente do Município, considerou ser "importante ter mais um apontamento sobre Camões em Alenquer", mencionando a presença do escritor intemporal nos Paços do Concelho e junto ao Rio Alenquer. "Para além de figuras como Damião de Góis, Pêro de Alenquer e outros, é importante fazer referência a Camões e ligá-lo a Alenquer. Faz sentido contarmos com este painel comemorativo e fazer a ligação a esta área da vila. Agradeço a todos os que cooperaram, tiveram memória e tornaram este momento possível, desde a ALAMBI aos trabalhadores da Câmara Municipal. Agradeço a todas e todos os que se envolveram neste processo", referiu o edil alenquerense.


"Apesar de singela, esta é uma cerimónia importante na medida em que devemos retirar partido da nossa relação com Camões. O país tem os seus ícones, tem a bandeira, o hino e tem símbolos. Tem, também, inúmeras personalidades que se afirmaram e merecem o reconhecimento. Era importante ter este pequeno memorial a Camões em espaço público”, adiantou ainda o vereador e vice-presidente Tiago Pedro.

O vereador Nuno Miguel Henriques homenageou também o poeta, entoando alguns dos poemas mais reconhecidos. A cerimónia encerrou com um momento cénico e com a representação do próprio Luís de Camões em pleno Jardim das Águas, a que este aludiu em vida e mostrou ser conhecedor.


'Alenquer por onde soa / O tom das águas frescas entre as pedras, / Que murmurando lava'. A estrofe 61 do Canto III d''Os Lusíadas aponta à mais que presumível passagem pelo sítio que consigna a homenagem de um autor cujo local de nascimento ainda se desconhece, 500 anos depois. Alenquer é, precisamente, um dos possíveis berços, apontados a Camões, cujas menções foram sendo levantadas por historiadores e investigadores ao longo dos últimos séculos. O legado de Camões em Alenquer principiou umas décadas antes. Antes de Luís, o trisavô Vasco Pires de Camões já havia sido alcaide da vila e do castelo. Ainda no concelho, Luís Vaz de Camões relevou a empatia que nutriam por ele, na estada na Índia, quando revelou numa carta: "(...) vivo aqui mais venerado que os touros da Merceana". São estes apenas alguns dos momentos em que o poeta português revelou uma ligação ao território alenquerense.

A homenagem justifica-se pela honra que a vila ostenta em ser mencionada numa das obras mais importantes da literatura portuguesa 'Os Lusíadas'  e pela relação contínua de Camões com Alenquer em vida.

O painel comemorativo elaborado pelo Município de Alenquer aconteceu no seguimento do repto lançado pela Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente do Concelho de Alenquer (ALAMBI).

Fonte: Câmara Municipal Alenquer

“Teatro: “Aurora Negra” peça em três línguas, é apresentada no Teatro-cine de Torres Vedras”


A peça Aurora Negra, criação de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema, subirá ao palco do Teatro-Cine de Torres Vedras no próximo dia 14 de junho, às 21h30.

Em cena estarão três corpos, três mulheres na condição de estrangeiras, que falarão três diferentes línguas. Em cada mulher uma essência, personalidade e trajetória que se cruzam com a certeza de que nada voltará a ser igual.

Aurora Negra “conta, na primeira pessoa do plural, as memórias de mulheres negras no Portugal pós-colonial e por descolonizar. Três atrizes — Cleo Tavares, Isabél Zuaa, Nádia Yracema — desfolham um arquivo diaspórico e intersecional, com nomes de vivos e mortos, com línguas e lugares múltiplos, músicas do despontar da nossa juventude, numa celebração da jornada e subjetividade coletiva de uma geração afroportuguesa contemporânea”.

A peça destina-se a maiores de 12 anos e os bilhetes já se encontram disponíveis.

Mais informações aqui: https://teatrocine-tvedras.pt/agenda/169450

“Saúde: Sabia que junho é o mês da consciencialização da Afasia?”


40 Mil portugueses sofrem de perturbações de comunicação que lhes rouba a voz

 

Por: Inês Costa

Junho é o mês dedicado à consciencialização da afasia, uma perturbação de comunicação que afeta mais de 40 mil portugueses, privando-os da capacidade de se expressar livremente. O Instituto Português da Afasia (IPA) é a única ONG em Portugal dedicada a ajudar a população com afasia.   

Esta doença é ainda desconhecida de muitos. A afasia é uma perturbação da comunicação que pode afetar qualquer um de nós, tal como o ator Bruce Willis, que recentemente veio dar “visibilidade” à condição, uma vez que o diagnóstico da afasia o levou a parar de atuar.  

A pessoa com afasia poderá ter dificuldade em expressar-se quando fala, em compreender o que outros dizem e/ou em ler e escrever. A afasia poderá ainda dificultar a capacidade da pessoa para compreender e/ou usar os gestos, mímica e/ou desenho. Contudo, a afasia não afeta a inteligência.  

A afasia mascara as competências de quem a apresenta, e afeta o seu funcionamento em todos os relacionamentos, papéis e atividades da vida, influenciando assim a sua inclusão e conexão social, o acesso a informações e serviços, a igualdade de direitos e o seu bem-estar na família, na comunidade e na cultura. 

A principal causa da afasia é o AVC sendo que 20% a 40% dos AVCs resultam em afasia aguda. No entanto, outras causas possíveis são: tumores cerebrais, traumatismos crânioencefálicos (TCE), infeções ou outras lesões cerebrais. Nos casos em que a afasia surge devido a uma doença degenerativa estamos perante outro tipo de afasia, a Afasia Progressiva Primária (APP). A APP é uma perturbação da linguagem que provém de patologias neurológicas que apresentam uma degeneração maioritariamente focada nos sistemas cerebrais que controlam a linguagem.  

Com a evolução (tempo) e a progressão das áreas afetadas (degeneração), são afetadas outras áreas cognitivas para além da linguagem. Nesse momento, estamos perante um processo demencial. 

A afasia é uma perturbação que tem um impacto brutal na vida social das pessoas, afetando a participação e a qualidade de vida da pessoa com afasia e a qualidade das suas relações com familiares e amigos, sendo que esta condição poderá levar ao isolamento social, solidão e perda da autonomia. 

Fique a conhecer mais sobre a Afasia aqui: https://ipafasia.pt/afasia/

 

Instituto Português da Afasia

 

O Instituto Português da Afasia (IPA) é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2016, que desenvolve soluções de integração social para pessoas que adquirem afasia. Tem como missão a melhoria da qualidade de vida das pessoas com afasia e dos seus familiares, e para tal intervém junto de três públicos-alvo: pessoa com afasia; familiares e amigos; sociedade. 

O IPA trouxe para Portugal abordagens terapêuticas inovadoras que permitem minimizar o impacto psicossocial da afasia, trazendo a pessoa com afasia para o centro da tomada de decisões e na construção das soluções.  

Tem desenvolvido diferentes tipos de respostas terapêuticas e sociais de forma a abranger todo o território nacional e conseguir apoiar, inclusivamente, pessoas que estão fora do país e que procuram ajuda. Além da intervenção presencial, realizada nas suas instalações, em Matosinhos, é realizada teleterapia, organizado um “Dia intensivo” (um dia inteiro de terapias em equipa preparado especificamente para uma pessoa com afasia e seus acompanhantes) e dispõe ainda de uma linha telefónica de apoio especializado, para todo o país.   

Fonte: #Comunicação Completa 

“Festas de Lisboa: Vem aí a grande noite das Festas”


Está tudo a postos para a grande noite de Santo António

 

A festa começa com os tradicionais Casamentos, no dia 12. Uma celebração única que este ano junta 15 casais: 5 numa cerimónia civil, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, às 11h30, e 10 na cerimónia religiosa, na Sé de Lisboa, a partir as 14h.

O dia entra pela noite e o branco das noivas dá lugar ao imenso colorido das Marchas Populares que voltam a brilhar no grande desfile na Avenida da Liberdade. Às marchas infantis das Escolas de Lisboa e d' "A Voz do Operário" e também dos Mercados e da Santa Casa, seguem-se 20 marchas a concurso que através dos figurinos, das músicas e das coreografias retratam os costumes e as gentes dos diferentes bairros lisboetas num espetáculo ímpar. 

A abertura do desfile cabe, nesta edição, à Associação Geral Desportiva de Macau Lo Leong (grupo convidado) que apresenta a Dança do Dragão, evocando o 25.º Aniversário do Estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau.

No dia 13, comemoramos também dois aniversários especiais: o de Fernando Pessoa e o de Maria Helena Vieira da Silva, com propostas gratuitas para toda a família, ao longo de todo o dia, na Casa Fernando Pessoa e no Museu Arpad-Szenes - Vieira da Silva.

As Festas de Lisboa passam ainda pela Gulbenkian, no dia 15, com uma viagem musical pela Europa dos séculos XIX e XX, dirigida pelo Maestro Cesário Costa e com a colaboração da harpista Beatriz Cortesão; pelo Largo do Picadeiro, para mais três concertos de jazz ao ar livre e ao final da tarde com os projetos Joana Guerra & Yaw Tembe (dia 13), Bode Wilson (dia 14) e Sofia Borges & Camila Nebbia (dia 15); e pela Alameda Dom Afonso Henriques, que acolhe entre os dias 14 e 16 o VIII Encontro do Associativismo e Regionalismo da cidade de Lisboa para celebrar a música, a gastronomia e o artesanato regionais.  

Consulte toda a programação em www.egeac.pt  

Fonte: Egeac