segunda-feira, 24 de junho de 2024

“Investigação: Cientistas da UC resolvem enigma relacionado com detetores aplicados ao estudo da natureza dos neutrinos e da matéria escura”


Por: Sara Machado

O estudo, realizado na FCTUC, mostra inequivocamente que, afinal, o rendimento de cintilação produzido no xénon é independente da natureza da radiação incidente no gás (Raios-X, eletrões ou partículas alfa) e independente da sua energia, tal como previsto pela teoria.

Um grupo de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) resolveu um enigma que envolvia uma propriedade do xénon e de outros gases nobres, imprescindíveis para o estudo da natureza dos neutrinos e deteção da matéria escura.

A investigação, desenvolvida por Carlos Henriques, Cristina Monteiro e Joana Teixeira, investigadores do Laboratório de Instrumentação, Engenharia Biomédica e Física da Radiação (LIBPhys) do Departamento de Física da FCTUC, está publicada no "Journal of Cosmology and Astroparticle Physics".

«Até ao momento, o valor do rendimento de cintilação produzida na interação dos Raios-X e de eletrões no xénon não tinha sido determinada de uma forma exata. O seu valor era ambíguo e variava em quase 100%, nos diferentes estudos apresentados por grupos de investigação distintos. Para além disso, estes resultados pareciam mostrar uma dependência desse rendimento com a energia dos Raios-X e dos eletrões», explica Carlos Henriques. Cristina Monteiro complementa ainda que «esses valores eram bastante superiores aos determinados para a interação das partículas alfa, estes últimos mais consensuais, não havendo uma explicação teórica para tal diferença».

Este estudo, realizado na FCTUC, mostra inequivocamente que, afinal, o rendimento de cintilação produzido no xénon é independente da natureza da radiação incidente no gás (Raios-X, eletrões ou partículas alfa) e independente da sua energia, tal como previsto pela teoria.

«As discrepâncias encontradas em trabalhos anteriores são explicadas por incertezas nos respetivos métodos experimentais, por norma menos robustos. Os resultados deste estudo podem ser extrapolados para outros gases nobres, como o krípton e o árgon», revelam os autores, concluindo que a medição precisa deste parâmetro tem um impacto relevante na análise dos sinais obtidos nos detetores de gases nobres, utilizados nos estudos sobre a natureza dos neutrinos e na deteção da matéria escura.

O artigo científico “Understanding the xenon primary scintillation yield for cutting-edge rare event experiments” está disponível para consulta aqui: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1475-7516/2024/06/041/pdf

Fonte: Universidade Coimbra

“Agricultura: Colheita de pera rocha deve subir para 115 mil toneladas em 2024”


Por: Green Savers com Lusa

A colheita de Pera Rocha deverá ultrapassar este ano as 115 mil toneladas, registando um aumento em relação ao ano passado, mas ainda abaixo da produção normal para o país, estimou a Associação Nacional de Produtores.

Depois de “dois anos com quebras muito significativas de produção” de pera rocha a nível nacional, a estimativa para a colheita 2024 é de que “em relação a um ano normal continua a haver quebra, mas a campanha poderá resultar na apanha de mais cerca de 15 toneladas do fruto”, disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera (ANP), Filipe Ribeiro.

“Se tudo correr bem até à colheita” a campanha, que no ano passado rondou 100 mil toneladas de pera, poderá este ano chegar às 115 mil toneladas, estimou o responsável pela ANP, lembrando que “imponderáveis” como os registados nos últimos anos, entre os quais as doenças (sobretudo o fogo bacteriano) e um “escaldão solar”, poderão gorar a expectativas dos produtores.

À semelhança dos dois últimos anos, em que, apesar da quebra de produção, em termos de vendas “se conseguiu evitar uma tragédia para os produtores”, a ANP está convicta de que este ano se registará “um aumento das exportações” que têm gerado receitas anuais na ordem dos 85 milhões de euros, com a pera nacional a ser exportada para 20 países, com três destinos principais a ocuparem o pódio: Europa (50%), Marrocos (20%) e Brasil (20%).

Dados que a associação vai levar ao Interpera, o maior congresso internacional dedicado ao debate sobre a pera, agendado para os próximos dias 26 e 27 de junho, em Óbidos, no distrito de Leiria.

O encontro, que acontece pela segunda vez em Portugal, “realiza-se cerca de um mês a mês e meio antes da colheita e é o local onde produtores de vários país partilham as expectativas para a campanha desse ano”, explicou Filipe Ribeiro, sublinhando a importância do fórum em que “se discutem os desafios e oportunidades na produção de pera com diferentes ‘players’ do setor a nível mundial”.

Organizado pela Assembleia das Regiões Europeias Produtoras de Frutas, Legumes e Hortaliças (AREFLH) e pela ANP o evento, que se realiza desde 2008, será marcado por visitas técnicas a pomares, centrais de distribuição e centros de investigação da região Oeste e por debates e mesas redondas com especialistas nacionais e internacionais em agricultura.

Nesta edição estarão em foco temas como as tendências atuais sobre o consumo de peras, os desafios que o setor enfrenta face às alterações climáticas e os avanços na investigação para mitigar o fogo bacteriano.

Portugal destaca-se como um dos principais produtores de pera na Europa, já que, segundo o Recenseamento Agrícola do INE de 2019, possui 11.297 hectares dedicados ao cultivo de pereiras, dos quais 84% estão concentrados da região Oeste, abrangendo 2.158 explorações agrícolas.

Nos últimos 12 anos, a produção média foi de 174.286 toneladas anuais, das quais 60% são destinadas à exportação. O potencial produtivo ronda as 200.000 toneladas.

Criada em 1993, a ANP representa cerca de 90% dos produtores e da produção de Pera Rocha em Portugal.

Fonte: Sapo on-line

“Desporto motorizado: Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Rodão 2024”


ARC Sport no primeiro embate em asfalto do ano, faltou a sorte num rali sempre muito rápido

 

Por: Albano Loureiro

Fotos: AIFA | Jorge cunha, Zé Miguel e Albano loureiro

As especiais de classificação da 5ª prova do Campeonato de Portugal de Ralis, a primeira em pisos de asfalto de 2024, mostrou um ritmo muito elevado, com médias assinaláveis. Pedro Almeida e Mário Castro tentaram posições de destaque, bem como Ernesto Cunha e Rui Raimundo que lutaram sempre por uma necessária adaptação à condução do carro, na primeira prova em asfalto aos comandos do Skoda Fabia.

Pedro Almeida tirou boas indicações para o futuro, enquanto uma ligeira saída de estrada no penúltimo troço do rali, retirou a Ernesto Cunha uma classificação mais lisonjeira, num ajuste mais do que necessário ao comportamento do carro em asfalto.


O piloto famalicense não entrou como desejava na prova, tendo, no entanto, vindo a melhorar as suas prestações com o decorrer do rali, terminando o rali no 6º lugar.

“Na sexta-feira não entrámos bem no rali, não elevámos o ritmo e o nível muito alto de andamento acabou por nos penalizar, porque perdemos logo aí qualquer oportunidade de estar na luta por lugares mais acima. Dá para perceber este mau começo, que foi determinante no resultado, porque por mais que tenhamos tentado, nunca mais conseguimos estar próximos da frente. Melhorámos muito nas classificativas e estivemos já no ponto em que queremos estar. Naturalmente saímos daqui com uma boa lição para o futuro”, disse Pedro Almeida.

Já Ernesto Cunha, sofreu uma ligeira saída de estrada na penúltima especial de classificação, que lhe retirou a 7ª posição da geral, num rali em que fez o melhor possível neste seu primeiro contacto ao volante do Skoda.

Agora, o próximo desafio da ARC Sport no CPR fica agendado para a Madeira entre 1 e 3 de agosto, mais um desafio nos sempre exigentes e seletivos troços de asfalto da ilha.

“Esta foi uma necessária adaptação aos rápidos pisos de asfalto, onde os nossos pilotos tudo fizeram para encontrar as melhores soluções. Parabéns a toda a nossa equipa, que voltou a demonstrar o seu elevado grau de profissionalismo e dedicação”, disse Augusto Ramiro.

Fonte: ARC Sport