sábado, 18 de janeiro de 2025

“Papaia. A fruta (super) instagramável que faz muito bem aos intestinos”


Por: Diana Picas Carvalho, nutricionista do grupo Trofa Saúde

O navegador Cristóvão Colombo chamava-lhe a 'fruta dos anjos'. Tal como aponta a nutricionista Diana Picas Carvalho, neste artigo que assina, a papaia é, sem dúvida, uma das frutas que melhor sabe no verão. Rica em vitaminas e fibras, facilita a digestão e, entre outras coisas, é benéfica para os intestinos. No âmbito da rubrica 'Alimento do Mês', saiba por que razão deve consumi-la.

ACarica papaya Linn é uma planta herbácea pertencente à família das Caricaceae que pode ser consumida em cru ou em formas processadas, sendo ao natural a forma mais aconselhada. Embora tenham sido registadas mais de 50 variedades, aquelas que são de cultivo puro estão a diminuir devido à polinização descontrolada do mamão.

Devido aos componentes bioativos nas suas sementes, folhas e frutos, a papaia é caraterizada por ter excelentes benefícios antioxidantes, digestivos e nutracêuticos. É rica em vitaminas A, B, C, E e K, folato, ácido pantoténico, zeaxantina, licopeno, luteína, magnésio, cobre, cálcio e potássio. Por ser rica em fibras, antioxidantes e vitamina C, reduz o colesterol nas artérias, previne a artrite, o cancro, o risco de doenças cardiovasculares e o stress, reduz o envelhecimento, facilita a digestão e ajuda a reduzir o peso corporal.

Além de ser uma fruta muito fresca e, por isso, bastante apreciada no verão, contém uma enzima chamada papaína, que degrada as proteínas. Como tal, é uma excelente forma de terminar uma refeição, porque irá facilitar a digestão.

 

Como conservar e consumir

 

Se for para consumo imediato ou no espaço de um dia, escolha a papaia com casca amarela, suave ao toque, mas não em demasia, e que exale um aroma agradável. De seguida, armazene a papaia no frigorífico. Caso não seja para consumo imediato, escolha a que tiver casca verde e deixe amadurecer fora do frigorífico.

Pode consumir a papaia de variadas formas: em sumos, 'smoothies' e batidos. É só 'dar asas à imaginação' e tirar o máximo proveito desta maravilhosa fruta.

“Estudo revela os grandes fatores de risco para a demência”


Embora a demência seja muito mais comum em adultos mais velhos, todos os anos centenas de milhares de pessoas são diagnosticadas com demência de início precoce (DAJ), e um estudo exaustivo esclarece finalmente as razões para tal. A maior parte da investigação anterior nesta área debruçou-se sobre a genética transmitida ao longo das gerações. No entanto, neste caso, a equipa conseguiu identificar 15 factores diferentes de estilo de vida e de saúde que estão associados ao risco de DAJ. Mas afinal quais são os grandes fatores de risco para a demência?

 

Os grandes fatores de risco para a demência

 

“Este é o maior e mais robusto estudo do género alguma vez realizado”, afirmou o epidemiologista David Llewellyn, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, quando os resultados foram publicados em dezembro de 2023.


“De forma empolgante, pela primeira vez, revela que podemos ser capazes de tomar medidas para reduzir o risco desta condição debilitante. Tudo através da orientação para uma série de factores diferentes.”

A equipa de investigação analisou dados recolhidos de 356 052 pessoas com menos de 65 anos no Reino Unido.

Um baixo estatuto socioeconómico, o isolamento social, a deficiência auditiva, o acidente vascular cerebral, a diabetes, a doença cardíaca e a depressão associaram-se a um maior risco de DAJ.

A deficiência de vitamina D e os níveis elevados de proteína C-reactiva (produzida pelo fígado em resposta à inflamação) também significaram um risco mais elevado. Tal como ter duas das variantes do gene ApoE4 ε4 (um cenário genético já associado à doença de Alzheimer).


 

Os investigadores descreveram a relação entre o álcool e a demência como “complexa”

 

Enquanto o abuso de álcool conduziu a um aumento do risco, o consumo moderado a pesado esteve correlacionado com uma redução do risco. Possivelmente porque as pessoas deste segundo grupo são, em geral, mais saudáveis. Tenha em conta que as pessoas que se abstêm de álcool o fazem frequentemente por razões médicas.

Níveis mais elevados de educação formal e uma menor fragilidade física (medida através de uma maior força de preensão manual) também se associaram a um menor risco.

“Já sabíamos, através da investigação sobre pessoas que desenvolvem demência numa idade mais avançada, que existe uma série de factores de risco modificáveis”, afirmou o neuroepidemiologista Sebastian Köhler, da Universidade de Maastricht, nos Países Baixos.

“Para além dos factores físicos, a saúde mental também desempenha um papel importante, incluindo evitar o stress crónico, a solidão e a depressão.”

Embora os resultados não provem que a demência se causa por estes factores, ajudam a construir um quadro mais detalhado. Como sempre acontece neste tipo de investigação, saber mais sobre as causas pode ajudar a desenvolver melhores tratamentos e medidas preventivas.

Entretanto muitos destes factores são modificáveis. Assim isto oferece mais esperança aos que trabalham para encontrar formas de vencer a demência em vez de apenas a controlar.

Em última análise, a demência pode ser algo de que pode reduzir o risco vivendo uma vida mais saudável.

Fonte: Leak