domingo, 6 de julho de 2025

“Hipotireoidismo: Alimentos que você deve evitar a todo custo!”


Por: Mirella @Petitchef

O hipotireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios suficientes para regular o metabolismo, resultando em sintomas como cansaço, ganho de peso, sensibilidade ao frio e alterações no humor. Além do tratamento médico adequado, a alimentação desempenha um papel fundamental no manejo dessa condição. Alguns alimentos podem interferir na função da tireoide ou na absorção de medicamentos para o hipotireoidismo.

 

Soja e produtos à base de soja

 

Por que evitar? A soja contém compostos chamados isoflavonas, que podem interferir na produção dos hormônios tireoidianos e na absorção do medicamento levotiroxina, comumente usado no tratamento do hipotireoidismo.

Como consumir com segurança: Caso consuma soja, espere pelo menos 4 horas após tomar o medicamento para minimizar o impacto.

 

Vegetais crucíferos (em excesso)

 

Exemplos: Brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, repolho.

Por que evitar? Esses vegetais contêm substâncias chamadas goitrogênicas, que podem inibir a captação de iodo pela tireoide, prejudicando a produção hormonal.

Como consumir com segurança: Cozinhar esses vegetais reduz o teor de goitrogênicos. Consuma-os em quantidades moderadas.

 

Glúten (para quem tem sensibilidade)

 

Por que evitar? Indivíduos com hipotireoidismo, especialmente aqueles com tireoidite de Hashimoto (uma doença autoimune), podem ter maior probabilidade de desenvolver sensibilidade ao glúten ou doença celíaca. O glúten pode desencadear inflamações e piorar os sintomas.

Como consumir com segurança: Se não houver sensibilidade diagnosticada, o glúten pode ser consumido em quantidades moderadas.

 

Alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares

 

Por que evitar? Esses alimentos podem levar a picos de açúcar no sangue e aumento de peso, que são problemas comuns em pessoas com hipotireoidismo. Além disso, o excesso de açúcar pode aumentar a inflamação no corpo.

Como consumir com segurança: Prefira alimentos naturais e evite refrigerantes, biscoitos industrializados e doces.

 

Cafeína (em excesso)

 

Por que evitar? Altas doses de cafeína podem interferir na absorção de medicamentos para tireoide se consumida em horários próximos à medicação. Além disso, pode agravar sintomas como ansiedade e insônia, que algumas pessoas com hipotireoidismo enfrentam.

Como consumir com segurança: Espere pelo menos 30 minutos após tomar o medicamento antes de ingerir café ou chá com cafeína.

 

Óleos hidrogenados e gorduras trans

 

Por que evitar? As gorduras trans presentes em alimentos fritos, margarinas e produtos industrializados podem aumentar a inflamação e afetar negativamente a função hormonal.

Como consumir com segurança: Substitua por gorduras saudáveis, como azeite de oliva, óleo de coco e abacate.

 

Sal não iodado

 

Por que evitar? O iodo é um mineral essencial para a produção de hormônios da tireoide. Consumir sal não iodado pode contribuir para uma deficiência de iodo, especialmente em populações com baixa ingestão natural desse mineral.

Como consumir com segurança: Prefira sal iodado, mas evite exageros, pois o excesso de iodo também pode prejudicar a tireoide.

 

Dicas gerais para uma dieta amiga da tireoide

 

Priorize alimentos ricos em nutrientes: Inclua fontes de selênio (castanha-do-pará, ovos) e zinco (carnes magras, sementes) para apoiar a saúde tireoidiana.

Acompanhe os níveis de iodo: Embora o iodo seja crucial, o excesso pode ser prejudicial. Consulte um profissional de saúde para avaliar a necessidade de suplementação.

Espere após o medicamento: Tome a medicação para tireoide com o estômago vazio e espere pelo menos 30 minutos antes de consumir alimentos ou bebidas.

Manter uma alimentação equilibrada e evitar alimentos que interferem no funcionamento da tireoide é essencial para melhorar a qualidade de vida de quem convive com hipotireoidismo. Se tiver dúvidas, procure um nutricionista ou endocrinologista para um acompanhamento personalizado.

Fonte: MSN

“Os benefícios da terapia com sangue do cordão umbilical em crianças com paralisia cerebral”


Por: J.M.A/Com a opinião de Carla Cardoso - Diretora Investigação & Desenvolvimento Crioestaminal

Foto: Freepik/jcomp

A paralisia cerebral engloba um conjunto de condições que afetam maioritariamente o movimento, a postura, o tónus muscular e a coordenação motora. É uma das condições neurológicas mais comuns na infância. A gravidade e os sintomas variam bastante entre indivíduos, podendo incluir dificuldades motoras, problemas de fala, visão ou audição, além de dificuldades cognitivas em alguns casos.

Em Portugal, os estudos mais recentes remetem para uma prevalência de 1,55 casos por 1 000 nados-vivos. A paralisia cerebral ocorre geralmente devido a lesões no cérebro em desenvolvimento, antes, durante ou logo após o nascimento. Algumas das principais causas incluem complicações durante a gravidez (como infeções ou exposição a substâncias tóxicas), dificuldades no parto (como falta de oxigénio), ou ainda prematuridade, baixo peso ao nascer ou infeções neonatais.

O tratamento pode incluir terapia física e ocupacional, cirurgia ortopédica, terapia medicamentosa ou injeções de toxina botulínica, entre outros. Ainda assim, de um modo geral, as terapias atualmente disponíveis não têm permitido alcançar os resultados desejados. Neste contexto, células estaminais de diferentes fontes, mas particularmente do sangue do cordão umbilical, têm vindo a ser testadas para o tratamento de crianças com paralisia cerebral, com múltiplos estudos a indicarem que o sangue do cordão umbilical pode melhorar a função motora destas crianças.

Foi recentemente publicado um artigo de revisão, na prestigiada revista científica Pediatrics, que demonstra que a terapia com células do sangue do cordão umbilical melhora as capacidades motoras de crianças com paralisia cerebral. Este artigo é o resultado de uma colaboração internacional que realizou uma meta-análise de 11 estudos que incluíram mais de 400 crianças com paralisia cerebral.

 

Sangue do cordão umbilical melhora capacidades motoras de crianças com paralisia cerebral

 

Os resultados desta análise mostram que o tratamento com sangue do cordão umbilical é seguro e que crianças tratadas com sangue do cordão umbilical conseguem maiores ganhos nas capacidades motoras comparativamente às crianças não tratadas com recurso a esta terapia celular. A análise revelou ainda que as melhorias nas pontuações da função motora atingem o pico entre seis e 12 meses após a terapia, e que existe uma relação dose-resposta com doses mais elevadas de células associadas a maiores melhorias nas capacidades motoras. Além disso, o tratamento com sangue do cordão umbilical foi mais eficaz para crianças com menos de cinco anos e com paralisia cerebral mais ligeira no início do tratamento.

A hipótese proposta para o mecanismo através do qual o sangue do cordão umbilical conduz a estas melhorias em crianças com paralisia cerebral baseia-se na redução da neuroinflamação e na estimulação da reparação cerebral através de efeitos parácrinos desencadeados pelas células infundidas, levando a um aumento da conectividade cerebral.

Dado que a paralisia cerebral pode ser diagnosticada com precisão aos cinco – seis meses de idade, o diagnóstico precoce abre portas para que os tratamentos se iniciem o mais cedo possível. Conhecendo os benefícios do sangue do cordão umbilical, as famílias poderão vir a beneficiar desta terapia durante o período de neuroplasticidade cerebral ideal. Além disso, o tratamento precoce pode facilitar a obtenção de doses celulares mais elevadas, e permitir a opção de múltiplas administrações antes das crianças crescerem para além da janela de eficácia terapêutica. Segundo os autores deste artigo, o sangue do cordão umbilical em conjunto com a reabilitação intensiva pode aumentar a neuroplasticidade e permitir atingir melhores resultados.

Por: Sapo on-line Saúde