• As Nações Unidas celebram de
24 a 31 outubro a Global Media and Information Literacy Week
• O uso da inteligência
artificial e dos chatbots para resolver trabalhos de casa e exercícios na
escola, e como amigos e apoio emocional preocupam os adultos
• Encontrar equilíbrio no uso
das ferramentas e no controlo parental é o principal desafio, mas também o
caminho a seguir pela literacia digital
Por: Inês Fernandes
O consumo de conteúdos online
nos últimos anos tem crescido. Com o aumento do número de redes sociais e dos
seus utilizadores, a informação começou a ganhar mais destaque nestas
plataformas do que nos media ditos tradicionais. O potencial que a inteligência
artificial e os chatbots trouxeram para questionar e aceder a informação de
todos os níveis tornou esta relação com o digital ainda mais clara, mas trouxe
também novos desafios à literacia e ao consumo de informação.
Atualmente, os mais novos
acedem a conteúdos de forma bastante disseminada, recorrendo não apenas às
redes sociais, mas começam também a interagir com a inteligência artificial em
duas vertentes bastante preocupantes: na resolução dos trabalhos de casa e
exercícios escolares, e quase como substitutos das interacções sociais.
Um recente estudo realizado
pela Common Sense Media nos Estados Unidos da América revelou resultados
preocupantes que levaram os investigadores a determinar que as crianças e os
jovens até aos 18 anos não deveriam ter qualquer contacto com a IA ou os ChatBots,
sobretudo considerando que 72% usa estas ferramentas para interações que
deveriam ser com outras crianças.
Perante este cenário, a
questão que se coloca de qual o lugar que a inteligência artificial e os
chatbots têm na educação e ensino dos mais novos ganha relevância e deixa os
pais preocupados.
Como em qualquer relação com a
tecnologia, a intervenção dos pais e encarregados de educação, assim como as
entidades e instituições de ensino desempenham um papel importantíssimo para a
criação de comportamentos adequados. Criar uma literacia digital e de
informação é fundamental para que os mais novos cresçam num mundo
tecnologicamente conectado, mas também que desenvolvam um comportamento
adequado à sua idade e necessidades, compreendendo que a tecnologia os pode
ajudar, mas não substituir a sua aquisição de conhecimento, competências ou
relações interpessoais.
“As nossas crianças já
nasceram nesta sociedade conectada. Não podemos fugir disso, mas podemos e
devemos desenvolver com eles comportamentos e ferramentas que tenham em conta a
sua idade e necessidades.” refere Jorge Álvarez, CEO da SaveFamily.
Se por um lado é importante
desde tenra idade que os pequenos saibam os limites de utilização da
tecnologia, seja no tempo de ecrãs, seja nos conteúdos consultados, seja na
importância que estes não devem substituir o seu tempo de brincadeira com
outras crianças ou o tempo em família. Por outro, é importante que à medida que
as crianças vão crescendo, entendam que as ferramentas como a inteligência
artificial ou os chatbots estão lá para os ajudar a compreender uma ou outra
informação, mas que não devem nunca substituir o estudo regular, a resolução de
exercícios, ou o contactar um adulto para ter informação mais correta. Ao mesmo
tempo, importa refletir em conjunto com eles a sua inteligência e
desenvolvimento emocionais e como uma ferramenta tecnológica não pode nem deve
substituir a brincadeira com os amigos.
“Enquanto as nossas crianças
vão crescendo é importante acompanhá-las nesta relação com a tecnologia. Não é
proibir simplesmente o seu uso, é ensiná-las como o devem fazer e limitar
alguns comportamentos recorrendo, por exemplo, ao controlo parental ou a modos
“aula” que alguns equipamentos trazem de origem e que ajudam nesta dinâmica
tecnológica com os mais novos.” afirma o responsável da empresa especializada
em relógios inteligentes.
Ouvir os mais novos é também
importante nestes casos, respondendo às suas necessidades. Um exemplo disso é a
da relação com a inteligência artificial. As crianças são conscientes de que é
uma ferramenta que existe, mais do que limitar ou proibir o seu uso é
ensiná-las a não partilhar determinadas informações e dados com esta, ou até,
compreender que algumas coisas apenas os adultos os podem ajudar a resolver.
Assim como, desenvolver inteligência artificial que vá ao encontro das
necessidades dos mais novos, mas também que limite algum dos conteúdos e lhes
dê indicações para falar diretamente com um adulto.
“Na SaveFamily preocupa-nos
muito a forma como as nossas crianças vão crescendo com a tecnologia, seja
hardware, como é a preocupação com o excesso no uso de ecrãs, seja software,
como é a inteligência artificial”, refere Álvarez. “Foi por isso que quando
começámos a observar mais e mais interacção com a IA e os chatbots considerámos
fundamental trazer esse problema para o nosso desenvolvimento de produtos -
estarmos um passo à frente. O resultado foi uma Inteligência Artificial segura,
que age como se fosse um assistente da criança, que está preparada para
terminar conversas com conteúdos que possam ser sensíveis e até recusar a
responder a questões que considere impróprias. É uma IA que se vê como ferramenta de apoio às
crianças, para que desenvolvam desde cedo uma relação mais saudável com a
tecnologia.”, afirma.
Assim os relógios inteligentes
da SaveFamily trazem de origem a pensar na relação dos mais novos com a
inteligência artificial. Mais do que uma ferramenta para resolver os exercícios
da escola, ou ser um apoio emocional dos mais novos, a IA é, neste caso,
desenvolvida para responder a pequenas questões dos mais novos, mas também
direcioná-los aos adultos para questões mais complexas. É, por assim dizer, uma
ferramenta que cresce com os mais pequenos.
“Não podemos limitar
simplesmente o uso da tecnologia. Se queremos que os nossos pequenos cresçam
com literacia digital temos que os ouvir, mas também acompanhar no seu
crescimento com a tecnologia. Dar-lhes ferramentas que sabemos serão
fundamentais para o seu crescimento, e acompanhá-los nesta relação que os irá
acompanhar para a vida, mas que não substitui as relações interpessoais e o
ensino mais tradicional”, concluí o CEO da SaveFamily.
Acerca de
SaveFamily
É a empresa de origem
espanhola líder em smartwatches com GPS. Desde os seus escritórios centrais
distribui os seus produtos em mais de 15 países.
Criada em 2017, uma equipa
multidisciplinar composta por mais de 15 profissionais responde a mais de 500
mil famílias que formam parte da sua carteira de clientes.
Fonte: Newsline Agência de
Comunicação