sábado, 26 de abril de 2025

“Rosácea”


Por: Medical News Today/Mayo Clinic/Cleveland Clinic

 

O que é?

 

É uma condição inflamatória crónica comum da pele que afeta mais frequentemente a face. Sem tratamento vai piorando ao longo do tempo. Muitas vezes é confundida com acne, eczema ou alergias.

Parece ser mais comum entre mulheres de meia-idade de pele clara. Embora as causas não sejam totalmente compreendidas e não exista cura, existem várias formas de aliviar os seus sintomas

Caracteriza-se por vermelhidão, vasos dilatados e sensação de calor na região central da face. Com a evolução da doença podem aparecer inchaço e pústulas. Por vezes, chega a atingir os olhos. Numa fase inicial, surge por pequenos períodos, mas, com o tempo, a situação tende a tornar-se permanente. Tem uma incidência maior nos adultos entre os 30 e 50 anos e é mais frequente nas mulheres de pele clara.

 

Sintomas

 

Os sintomas variam de doente para doente, mas a maioria dos casos apresenta estes sintomas e sinais:

Rubor: a vermelhidão geralmente é persistente e localiza-se na região central da face. Pode ocorrer dilatação dos vasos cutâneos que se tornam visíveis e que se designam como telangiectasias.

Rosácea inflamatória: as lesões cutâneas podem tornar-se volumosas e duras como borbulhas, pápulas e pústulas. Estas lesões são dolorosas e contém frequentemente exsudado com pus.

Espessamento da pele do nariz (rinofima): com a progressão da doença, a pele que reveste o nariz torna-se espessada e deforma o nariz que se torna bulboso. Esta condição é mais frequente no homem.

Rosácea ocular: as pálpebras podem tornar-se vermelhas edemaciadas e os olhos secos e inflamados. Habitualmente precede o aparecimento das alterações cutâneas.

 

Causas

 

Não se sabe a sua causa, mas são conhecidos fatores desencadeantes ou de agravamento da patologia: ambientes quentes, lareiras, luz solar, frio e vento, bebidas quentes, bebidas alcoólicas e especiarias, bem como fatores emocionais.

 

Diagnóstico

 

Não há teste clínico específico para a rosácea. O exame da pele e o contexto do aparecimento das lesões, localização, tipo de lesões, associado à história clínica do doente, facilitam o diagnóstico.

O diagnóstico precoce e o tratamento imediato reduzem significativamente o risco de progressão da doença.

 

Tratamento

 

Há várias terapêuticas disponíveis, mas a sua prescrição depende da gravidade da doença. De momento, não há cura. A pele da pessoa com rosácea é extremamente sensível e há que ter cuidado na seleção dos produtos de higiene e cosméticos. A aplicação regular de protetores solares é também importante.

O tratamento com luz pulsada (IPL) é a melhor solução nos casos de vermelhidão e vasos dilatados. Quando há pústulas, as terapêuticas antimicrobianas e antiparasitárias são habitualmente eficazes. Por vezes, é ainda necessário recorrer a fármacos com isotretinoína.

 

Prevenção

 

Como a sua causa não é conhecida, a condição não pode ser evitada. Os fatores desencadeantes da rosácea devem ser evitados:

Exposição ao sol/vento

Stress emocional

Clima quente/frio

Excesso de exercício

Consumo de álcool

Banhos ou bebidas quentes

Fontes: Hospital Cuf