sábado, 6 de abril de 2024

“Cultura: Edições Cadamoste publica uma história em quadradinhos sobre a Revolução dos Cravos"


Por: António Marrucho

No dia 25 de abril de 2024, Ruben e Mathilde estão no avô-vôvô. Intrigado ao ver imagens do revezamento da TF1 sobre as grandes comemorações do 25 de Abril, a Revolução dos Cravos. As crianças perguntam ao avô porque é que a televisão francesa está a falar de Portugal, algo que raramente fazem!

Esta é a apresentação da banda desenhada que Éditions Cadamoste lança nas livrarias a partir de 24 de abril.

Começa então a história do avô e uma viagem no tempo para as crianças: a ditadura salazarista, a guerra nas colónias e o golpe de Estado organizado por um pequeno grupo de jovens soldados. Papi-vôvô e as crianças seguem os passos do capitão Salgueiro Maia ao longo deste dia decisivo que porá fim a quase meio século de opressão e conduzirá os portugueses à sua liberdade!

A banda desenhada "A Revolução dos Cravos – 25 de Abril de 1974, Dia da Liberdade", que já pode ser encomendada no site da Cadamoste Editions (ver AQUI) destina-se a todos os leitores a partir de 7 anos de idade.

O roteiro desta história em quadrinhos de 42 páginas de desenhos foi elaborado, escrito, por Sandra Canivet da Costa, os desenhos são obra de Jay Ruivo. No final do livro, 9 páginas contam de forma simples e um pouco mais detalhada este pedaço recente da história recente de Portugal.

Esta é uma maneira divertida de aprender sobre a Revolução dos Cravos, também conhecida como Revolução do 25 de Abril.

A edição da banda desenhada do 25 de Abril insere-se num projecto incipiente das edições do Cadamoste, que será enriquecido por muitas outras publicações sobre a história de Portugal. O projeto, já em andamento, consiste na publicação de três quadrinhos/livros por ano. Os desenhos dos futuros quadrinhos a serem publicados são de responsabilidade de Jay Ruivo. À equipa de Cadamoste juntou-se o historiador Yves Léonard, e isto desde a pré-publicação a publicar depois da Revolução dos Cravos: uma banda desenhada sobre as tropas de Napoleão em Portugal.

Relativamente à banda desenhada de 25 de Abril, 60 lojas especializadas portuguesas vão poder vender o referido livro a partir do dia 24 de Abril, a que se juntam as habituais plataformas na internet.

A venda de livros sobre a história de Portugal em França é impulsionada pela procura. Um pequeno conselho: sejamos muitos a pedir a actual banda desenhada e outros livros sobre Portugal, aos livreiros de França, isso gerou encomendas mais massivas, a estante e destaque de Portugal, a sua história, as suas riquezas.

Fonte: Luso Jornal (França)

“Cultura: Cantora Kassandra lança disco de homenagem a Linda de Suza”


Por: Mário Cantarinha

A cantora Kassandra gravou um disco com 11 temas de Linda de Suza e vai apresentar o álbum pela primeira vez na Charneca da Caparica, a sul de Lisboa, no dia 13 de abril, num jantar-espetáculo que quer também ser uma homenagem “a todos os emigrantes”.

“Os meus pais foram emigrantes em França e eu e a minha irmã também. Vivemos em Paris e no Bourget” diz a cantora, referindo-se à irmã, Lurdes Santana.

“Nós seguimos os passos da Linda de Suza desde que lançou o tema ‘Un Portugais’, em 1978. Sempre comprámos todos discos dela, em casa era o nosso raio de sol, ouvíamos sempre a música da Linda de Suza” disse numa entrevista ao LusoJornal. “Ela é a minha diva e deve ser a diva de muitos Portugueses, não apenas os que residem em França, mas todos os Portugueses em geral. Para nós era ainda muito mais, porque estávamos em França, perto dela”.


As irmãs Isabel e Lurdes Santana começaram a cantar juntas para dois conjuntos típicos portugueses, primeiro o “Nostalgia” e depois “Horizonte”.

“Eramos um conjunto com 7 músicos e nós as duas nas vozes. Foi engraçado enquanto durou, passámos muitos bons momentos, mas depois separámo-nos porque tínhamos outros projetos, tanto eu como a minha irmã” explica.

Entretanto Isabel optou por uma carreira a solo com o nome de Cassandra e editou um primeiro álbum em 1996, ainda gravado em Paris. No início dos anos 2000, as duas irmãs mudaram-se para Portugal, e moram atualmente em Sintra. Entretanto, o nome artístico de Cassandra também evoluiu para Kassandra.

“Achei que estava na hora de fazer alguma coisa para que a Linda de Suza não seja esquecida. Mas afinal, este álbum acaba por ser não apenas uma homenagem à Linda de Suza, como também à minha família e a todos os emigrantes portugueses em França ou espalhados pelo mundo inteiro”.


“Eu fui muito feliz em França. Como diz a canção, ‘J’ai deux pays pour un seul cœur’, e a França é, e sempre será, metade do meu coração” diz a cantora. “Nós não podemos esquecer a altura em que tínhamos de esperar pelo querido mês de agosto para vermos a nossa família e para pisarmos o nosso chão. Isto é uma coisa que nos marca para o resto da nossa vida”.

Kassandra conta com o apoio de João Lança, o filho de Linda de Suza, que também mora em Portugal, “que sempre me incentivou para avançar com este projeto” e confessa que “tive a sorte de gravar em estúdio com um dos maiores maestros de Portugal que é o José Orlando. Ele fez-me uma orquestração maravilhosa. Isto acaba por ser um trabalho dos dois, porque a orquestração está muito bonita, eu apaixonei-me por esta versão” diz ao LusoJornal.

“Um Português”, “Uma moça”, “Lisboa, “Canta teu passado”, “Rien n’arrête le bonheur”, “Gris gris”, “L’étrangère”, “Frente e frente”, “português sem fado”, “Un rossignol de Lisbonne” et “J’ai deux pays pour un seul cœur” são os 11 temas selecionados.

O mais difícil foi mesmo escolher estes 11 temas de Linda de Suza. “O álbum tem exclusivamente temas da Linda de Suza com a minha voz, mas foi difícil escolher apenas 11 canções. Escolhi canções que têm a ver com a história dela, a história dos emigrantes e temas que também têm a ver comigo e com a minha vida”.

O disco acabou de ser gravado no início do ano, e vai ser apresentado no dia 13 de abril, “que calha no dia de anos da minha filha, mas foi coincidência” diz a sorrir.

A noite vai ser apresentada pela irmã e também cantora Lurdes Santana e na primeira parte vai contar com quatro convidados: os fadistas Paula Pietro e Emanuel Soares, Benny Pascoal e Carlos Carrega que, para além de cantor, também se ocupa do som e luz. “Tudo dentro da amizade, somos todos amigos. É um regalo” confessa Kassandra.

Kassandra espera agora poder levar este espetáculo ao estrangeiro. Diz que já começa a ter contactos para o Canadá e para a França, no segundo semestre deste ano.

Kassandra ocupa-se diretamente da organização da noite de lançamento, no dia 13 de abril, da venda dos álbuns e da gestão de concertos. E pode ser contactada pelas redes sociais em “Kassandra Cantora”.

Fonte: Luso Jornal (França)

“Cultura: Três exposições portuguesas no concelho da europa em Strasbourg”


Por: Martim Silva

Os preparativos para o 25 de Abril estão a aquecer. Nas últimas duas semanas, duas artistas portugueses expuseram os seus trabalhos na galeria do Conselho da Europa em Strasbourg. Além destas, também esteve patente ao público uma outra exposição impressionante sobre “Portugal: 25 de Abril de 1974, finalmente a liberdade”.

 

AS CORES ENCANTADORAS DE NATYS: A ARTISTA QUE ULTRAPASSA FRONTEIRAS

 

Nathalie Fernandes, conhecida como Natys, é uma talentosa pintora francesa nascida em Besançon a 15 de dezembro de 1971, de país de origem portuguesa.

Passou a maior parte da sua infância na região de Haut-Doubs, mais precisamente em Morteau. Depois de completar os seus estudos, Nathalie Fernandes seguiu o seu caminho no mundo da joalharia e da relojoaria de alta gama. Desenvolveu uma carreira de sucesso na Suíça, onde criou várias jóias de prestígio e relógios de luxo para grandes grupos internacionais.


Nathalie Fernandes deu o passo ousado em 2020 de se dedicar inteiramente à pintura sobre tela. As suas primeiras obras são uma homenagem à sua própria família, amigos e antigos colegas.

Ao mesmo tempo, utilizou a sua vasta experiência nos domínios da joalharia e da relojoaria de luxo para enriquecer a sua nova paixão artística. Trabalhando com materiais nobres há 30 anos, a sua meticulosidade e destreza alimentaram a sua inspiração artística. Dotada de uma grande sensibilidade e de uma notável memória fotográfica, Natys pinta com paixão e grande emoção. As suas criações modernas e originais são o fruto da sua imensa criatividade.

Graças à sua exigente experiência profissional, Nathalie Fernandes presta uma atenção especial ao acabamento das suas obras, o que resulta numa execução excecional. Desenvolveu também um gosto especial pela decoração de interiores com o seu trabalho ou por encomenda, oferecendo um serviço muito apreciado a quem procura um toque artístico único para embelezar os seus espaços.


O nome artístico “Natys” é uma combinação de Nathalie e das suas duas preciosas filhas, Cynthia e Andréa, simbolizando o laço familiar que a inspira todos os dias.

Nathalie Fernandes é uma pintora transfronteiriça de sucesso, cujo trabalho cativante continua a enriquecer o mundo da arte.

 

EXPOSIÇÃO “CRAVOS DA REVOLUÇÃO” DE NATHALIE AFONSO

 

Nathalie Afonso, artista plástica lusodescendente, tem como inspiração para muitas das suas obras a cultura tradicional portuguesa.

Nathalie Afonso nasceu em Vichy, em 1971. Formada pela prestigiada École Boulle, vive e trabalha em França. Ao longo de mais 30 anos de carreira, participou em diversas exposições coletivas e apresentou exposições individuais em França, Portugal, Bélgica, Polónia, Marrocos e Estados Unidos. Em 2002 criou o “Atelier des Noctambules”, estrutura de ensino e aprendizagem artística, por onde passaram, até hoje, milhares de pessoas, usufruindo dessa plataforma, que conta com três espaços de criação, em França: Brunoy, Crosne e Yerres (Essone).


Com um estilo incomparavelmente pessoal, a artista convoca e conjuga sentimentos oriundos das profundezas das civilizações não ocidentais com referências estéticas da arte contemporânea atual.

Evocando uma dimensão universalista e profundamente humanista, Nathalie Afonso é, enquanto pintora, escultora e performer, pioneira numa nova terminologia, que conjuga figuração com abstração.

“O 25 de Abril é como um quadro que estou a descobrir pela primeira vez; não se falava da Revolução em casa. Só há pouco tempo descobri a importância deste acontecimento e o mais espantoso é que me apaixonei por esta revolução notável, única no mundo e que faz parte da minha história”, explica Nathalie Afonso.

Fonte: Luso Jornal (França)






“Cultura: Exposição de Amadeu de Souza Cardoso e Sónia e Robert Delaunay no Centre Pompidou, Paris”


A exposição "Correspondências", com obras de Amadeo de Souza-Cardoso e Sónia e Robert Delaunay, vai ser apresentada ao público no Centro Pompidou (piso 4, sala 34), de 3 de Abril a 9 de Setembro, em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian Delegação em França, no âmbito do programa "Parcerias Gulbenkian" destinado a apoiar a arte portuguesa nas instituições de arte europeias.

Esta exposição comissariada por Helena de Freitas, curadora do Centre d'Art Moderne de Lisboa Fundação Calouste Gulbenkian, Sophie Goetzmann e Angela Lampe explora as amizades e laços artísticos que Robert e Sonia Delaunay tiveram com o pintor português Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918).

Depois de se conhecerem em 1911, os três artistas encontraram-se regularmente, primeiro em Paris e depois em Portugal a partir de 1915. Articulada em duas partes simétricas, a exposição apresenta as obras dos três artistas, desde o início até o fim da Primeira Guerra Mundial, revelando tanto suas preocupações comuns quanto suas disparidades.

Fonte: Luso Jornal (França)

“Feiras: Feira de Nanterre realizou-se durante três dias no “Mercado da Saudade”


Por: Carlos Pereira

A edição deste ano da Feira, Festa e Romaria de Nanterre iniciou-se durante três dias, no Espace Chevreul, com expositores de 20 municípios portugueses, que se deslocaram a França com os respetivos autarcas. Duas Câmaras municipais marcaram presença pela primeira vez Fafe e Mogadouro mas a grande maioria dos municípios está presente na Feira deste o seu início.

A Feira de Nanterre, como já é conhecida é organizada pela Associação Recreativa e Cultural dos Originários de Portugal (ARCOP) de Nanterre, instituição com 40 anos, presidida por Manuel Brito.

 

Como surgiu a ideia de organizar esta Feira?

 

Foi em 2003. Nós começámos esta Feira na Mairie de Nanterre, numa sala na parte de baixo da Mairie, e tivemos três Câmaras portuguesas no primeiro ano. Fizemos uma segunda edição no mesmo sítio, mas no terceiro ano já não dava para fazer nesse espaço, porque já era muito pequeno, já havia muitas Câmaras municipais interessadas em estar presentes. No nosso país, em Portugal, havia uma grande crise e nessa época eu vi as pequenas empresas a sofrer mais e achámos que devíamos ajudar essas empresas, nomeadamente as da gastronomia, as dos produtos da terra… devíamos ajudar sobretudo os pequenas comerciantes a virem cá, promoverem os produtos e conseguirem deixar aqui a mercadoria deles e foi isso que aconteceu.

 

Hoje, 21 anos depois, considera que o objetivo foi atingido?

 

Claramente, porque nós, 21 anos depois, temos cá comerciantes que dizem que graças à Feiras de Nanterre as empresas deles continuam vivas. Nessa altura, se não fossemos nós, eles dizem-nos que teriam fechado a casa. O terem vindo cá, permitiu que arranjassem novos clientes aqui. Agora vêm cá regulamente os camiões descarregar produtos durante todo o ano.

 

Então eles não vêm cá vender apenas nos 3 dias da Feira…

 

A Feira foi o primeiro ponto, hoje já têm os seus clientes todo o ano, eles fazem os seus negócios aqui, com os produtos que trazem para a Feira, mas depois expande-se. Por exemplo, nós temos o vinho Alvarinho, há 21 anos ainda não era conhecido aqui no mercado como é hoje, hoje estamos com o vinho Alvarinho por todo lado. Temos um empresário que manda todas as semanas uma carrinha com produtos para França. Estamos contentes porque, mais uma vez, estamos a trabalhar para a nossa sociedade, estamos a trabalhar para o povo português e é isso que me faz prazer.

 

Por que razão fazem a Feira nesta data?

 

A Feira é sempre no Domingo de Ramos, um fim de semana antes da Páscoa, porque no fim de semana seguinte, nós mantemos a tradição de estar em família e vamos comprar os produtos uma semana antes. Depois, vamos comer o queijo, o salpicão, o presunto, o azeite, o vinho… todos esses produtos fazem com que a Páscoa tenha mais sabor a Portugal.

 

E por que razão apenas aceitam as Câmaras que enviem os seus autarcas?

 

Há também uma razão muito especial, e penso que tivemos uma boa ideia. Na verdade, a nossa emigração está um pouco afastada do nosso país nós não estamos afastados, estamos sempre com o coração no nosso país, Portugal é que não está muito atento aos seus emigrantes. Então nós dizemos sempre que queremos os Presidentes de Câmara ou então um Vereador presente, para reforçar a proximidade entre os autarcas e os Portugueses da terra que moram no estrangeiro. Isso é importante para nós.

Esta é uma Festa da Saudade, aqui os emigrantes matam saudades. Muitos conhecem aqui os Presidentes de Câmara e muitos Presidentes de Câmara descobrem aqui os seus concidadãos, que não conheciam ainda. E eu constato que muitas vezes os Presidentes dizem às pessoas para os irem visitar quando lá estiverem de férias, no mês de agosto. Quando os emigrantes tiverem um qualquer problema nas vidas particulares, nas casas ou nalgum terreno, já falam diretamente com o Presidente da Câmara sem terem aquele receio… já falam mais à vontade. A Feira de Nanterre aproximou muito a nossa Comunidade com os Presidentes de Câmara.

 

E são Câmaras de várias regiões do país…

 

Sim, do Alto Minho ao sul, mas tentamos ter sempre Câmaras de zonas de grande emigração, porque se chamarmos outras Câmaras que não tenham emigração, já não dá tão bem. Isto tem de fazer sentido e nós constatamos que os Presidentes de Câmara que vêm cá, saem daqui felizes por partilharem com os seus concidadãos. E no domingo, quando os Presidentes fazem o seu discurso, eu olho para as pessoas e vejo que sentem orgulho nos discursos dos seus autarcas. Isso é muito importante para mim.

 

E que tipo de público atrai esta Feira?

 

São essencialmente portugueses, claro, mas atualmente já temos muitos franceses e muita gente de outras nacionalidades que vêm cá para comprar feijão, o nosso queijo na Serra da Estrela, vêm buscar mel, azeite… muitos franceses que vêm buscar presunto, salpicão, enchidos, muita coisa. Outra coisa interessante é o encontro de pessoas da mesma terra que não se vêm durante o ano, mas encontram-se aqui na Feira de Nanterre. Há amigos que não se vêm há 20 ou 30 anos e encontram-se aqui na Feira, fazem-se aqui convívios espetaculares, para as pessoas matarem saudades.

 

E agora, como pode evoluir esta Feira?

 

Para mim, não podemos continuar a desenvolver mais por causa do espaço. O espaço já não dá para mais. E para crescer teríamos de ter outro estatuto, uma outra organização. Mas o ponto principal é mesmo a capacidade, porque já estamos acima das nossas capacidades.

 

Toda a equipa é voluntária, não é?

 

Exatamente. Aqui ninguém ganha nada, essa é uma boa questão, porque muita gente pensa que a associação de Nanterre ganha muito dinheiro nesta Feira. Mas, se tivéssemos de pagar as pessoas que aqui trabalham na Feira, não nos dava para pagar as despesas. Eu costumo dizer que os melhores patrocinadores que nós temos na nossa associação são os sócios, não temos outros patrocinadores. Sem esta gente de garra, sempre disponível para ir para a frente, nós não conseguiríamos fazer isto.

 

Mas têm o reconhecimento da autarquia. O Maire está sempre aqui presente…

 

Sem o apoio da Mairie não conseguiríamos fazer nada. Eu costumo dizer aos Presidentes de outras associações que nós necessitamos das Mairies. São um pilar fundamental para que se possa continuar a promover Portugal. E aqui, em Nanterre, temos tido um Maire que tem estado sempre ao nosso lado.

 

E apoios de Portugal?

 

De Portugal, temos a particularidade de termos hoje tanto apoio como tivemos no primeiro ano: zero. Temos um pequeno subsídio da Mairie de Nanterre e temos o apoio total em instalações: a nossa sede, terremos de futebol, salas para ensaios do grupo folclórico, o espaço desta Feira… De Portugal nunca recebemos nada para a associação, nem para esta Feira. Eu encontro aqui muitos Presidentes de Câmara, por exemplo o Presidente dos Arcos de Valdevez que visita muitas Comunidades pelo mundo inteiro, da Venezuela aos Estados Unidos, diz-me que já viu muita festa portuguesa, mas Feira como a de Nanterre é única. Então temos de continuar a trabalhar, continuar a sermos honestos e se nós tivéssemos subsídios, talvez outras associações que necessitam ainda mais, passariam a ter menos… Nós fazemos mais de 2.500 refeições durante estes três dias, nada vem dos restaurantes, tudo é feito aqui por gente voluntária da associação. As pessoas pensam que esta festa dura três dias, mas na verdade dura uma semana inteira.

 

Quantas pessoas costumam vir à Feira de Nanterre?

 

Habitualmente passam aqui entre 10.000 e 15.000 pessoas durante os três dias. Num sábado à noite, já tivemos aqui 3.000 pessoas… é muita gente para este espaço.

Fonte: Luso Jornal (França)

“Iniciativas: Parque Verde da Várzea vai acolher evento na área da sustentabilidade”


“Circular na Várzea”
é um evento inovador na área da Sustentabilidade em Torres Vedras que se realizará, direcionado à população em geral, nos próximos dias 13 e 14 de abril, no Parque Verde Várzea.

Trata-se de uma iniciativa que toca várias áreas, como a educação ambiental, a mobilidade, a economia circular e o bem-estar, tendo muito da sua base os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Realizando-se num parque urbano público que completa este mês 20 anos de existência, “Circular na Várzea” proporcionará um mercado que contará com a participação de associações, artesãos, artistas, empresas e produtores locais e da região Oeste, no qual se poderá adquirir artesanato feito com materiais reciclados e naturais e produtos alimentares (saudáveis e de “street food”). Nesse mercado haverá também espaços para a venda de artigos em 2.ª mão e de troca de livros usados. Paralelamente, será dinamizado um vasto conjunto de atividades, nomeadamente oficinas (“Robótica para todos”, “Como costurar uma bainha”, de construção de uma réplica de unhas de dinossauro Lusovenator santosi, “Faz o teu Jogo do galo portátil”, “Manutenção básica e geral de bicicletas”, “Um Hotel para insetos”, “Reparação de pequenos eletrodomésticos e brinquedos”, “Personalização de uma peça de vestuário” e “Geotintas – Nós pintamos naturalmente”), workshops (“Bombas de sementes”, de elaboração de argolas de guardanapos, “Vamos dar uma nova vida aos nossos trapos?”, “Introdução à Aquaponia - produção de vegetais e peixe de forma natural e sustentável” e “Construção de armadilhas para a vespa asiática”), uma sessão do projeto “Compostar é Valorizar”, as atividades “Voar como uma águia” e “Vem aprender a andar de bicicleta”, a ação de sensibilização “Bioconstrução – explicar e utilizar para Descomplicar”, exposições e visitas-guiadas às mesmas (25 anos da Sociedade de História Natural de Torres Vedras e Fogo Frio: prevenir o incêndio usando o fogo, ambas patentes no Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras), atividades na área do bem estar e da atividade física (“Trilhos na floresta”, uma masterclass no âmbito do programa municipal de desporto sénior de Torres Vedras, um treino funcional ao ar livre, aulas de pilates clínico e para crianças, uma aula de zumba e uma aula de yoga para crianças), uma sessão de divulgação da competição “Viagem pelo Clima” e conversas informais (em que a população será convidada a dialogar com atores locais, numa sobre a necessidade de desenvolver ações em parceria para a proteção da vida marinha e da vida terrestre, e noutra sobre "Torres Vedras enquanto Cidade e Comunidade Sustentável"). De referir que para a participação em várias destas atividades é necessária inscrição prévia. Também no âmbito da iniciativa proceder-se-á à disponibilização de água aromatizada e está prevista a realização, no sábado, à hora de almoço, de um “ECO-Piquenique”.

Refira-se ainda que o evento “Circular na Várzea” será proporcionado exclusivamente à comunidade escolar no dia 12 de abril, no edifício do Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras.

Mais informações sobre o evento podem ser consultadas aqui: https://www.cm-tvedras.pt/agenda/programa/133

Fonte: Câmara Municipal Torres Vedras