sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

“Em janeiro visitas às exposições”


Presença portuguesa na Ásia

 

Sexta | 9 janeiro | 18.00 às 19.00 | €6

Estranheza e curiosidade foram ingredientes do diálogo intercultural entre Oriente e Ocidente. Daqui resultaram obras de arte fascinantes, que esta visita vai apresentar, à luz do tema "A Viagem das Formas (Séc. XVI e XVII)".

Saber mais em: https://www.foriente.pt/detalhe.php?id=B1032064-4569-48DC-AA5C-3B66C0CCF525&area=servico-educativo

 

Japão: Festas e rituais

 

Sexta | 30 janeiro | 18.00 às 19.00 | €6

Das práticas Budistas ao panteão Xintoísta, percorremos um calendário anual de celebrações que honram os ritmos sazonais e mobilizam a sociedade em torno de valores comuns.

Saber mais em: https://foriente.us10.list-manage.com/track/click?u=fba4d01980814d8d833da2ffa&id=586db569f2&e=e49bd26051

M/ 16 anos [idade indicativa]

MUSEU DO ORIENTE

Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte) | 1350-352 Lisboa

T. (+351) 213 585 200 | info@foriente.pt | www.foriente.pt

Fonte: Fundação Oriente

“Tiroide: quando um simples nódulo merece atenção”


Por: José Presa Fernandes (Coordenador de Cirurgia Geral no Hospital CUF Trindade”

A tiroide, apesar de ter uma pequena dimensão, ensina-nos uma verdade essencial: cuidar da saúde é antecipar, planear e acompanhar, não apenas reagir. A prevenção começa pela informação: saiba quais são os sintomas que o devem levar a procurar um médico.

A tiroide é uma pequena glândula em forma de borboleta, situada na base do pescoço.  Apesar do tamanho discreto, o seu papel é fundamental: regula o metabolismo, o peso, a energia, o humor e o ritmo cardíaco. Alterações da tiroide podem manifestar-se por sinais subtis ou confundirem-se com outras doenças, permanecendo silenciosas durante muito tempo.

Nos últimos anos, a maior acessibilidade à ecografia cervical – recomendada por entidades nacionais e internacionais – tem permitido detetar mais nódulos na tiroide.  Embora a maioria seja benigna, uma pequena percentagem pode corresponder a cancro da tiroide. A boa notícia? Quando diagnosticado precocemente, este é um dos cancros com melhor prognóstico, com opções de tratamento seguras e eficazes.

Recordo o caso de uma doente que notou um “caroço” ao engolir. Não tinha outros sintomas e pensou tratar-se de algo passageiro. A ecografia revelou um nódulo com características suspeitas e a biópsia confirmou um carcinoma papilar. Foi submetida a uma cirurgia parcial da tiroide, a lobectomia, recuperou rapidamente e nem sequer precisou de medicação de substituição. Hoje tem uma vida completamente normal. Entre um susto e uma doença grave, fez toda a diferença não ignorar um sinal do corpo.


A cirurgia tiroideia evoluiu muito nas últimas décadas. Dispomos, hoje, de neuromonitorização dos nervos da voz, técnicas minimamente invasivas e internamentos cada vez mais curtos. Em casos selecionados, podem ainda ser escolhidas abordagens “remotas”, como a via axilar ou pela boca, que evitam uma cicatriz visível no pescoço. Estes avanços traduzem-se em cirurgias mais precisas e uma melhor qualidade de vida após o tratamento.

Importa sublinhar que nem todos os nódulos precisam de cirurgia. Muitos podem ser apenas vigiados com ecografia e análises, de acordo com critérios bem definidos pela comunidade científica. O objetivo é garantir a segurança e instituir tratamentos que sejam estritamente necessários - decidir quem, quando e como tratar.

A prevenção começa pela informação. Procure um médico se notar um nódulo no pescoço, dificuldade em engolir ou sensação de pressão cervical, alterações recentes da voz, se tiver história familiar de doença tiroideia ou exposição prévia a radiação na região do pescoço. Perante estes sinais, uma avaliação por parte de um especialista pode ter um impacto determinante.

O papel do cirurgião geral, hoje, vai muito além da sala de operações: orientar, esclarecer dúvidas e tranquilizar o doente fazem parte do tratamento. Na verdade, operar é apenas uma das opções e deve sê-lo quando realmente indicado. A tiroide, apesar de ter uma pequena dimensão, ensina-nos uma verdade essencial: cuidar da saúde é antecipar, planear e acompanhar, não apenas reagir.

Fonte: Sapo on-line