domingo, 13 de abril de 2025

“Ataque cardíaco mata 11 portugueses por dia. Maioria das pessoas não reconhece sintomas do enfarte”


Todos os anos morrem mais de quatro mil portugueses vítimas de um enfarte agudo do miocárdio. Recolhemos as explicações e recomendações de três cardiologistas.

O Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) ou ataque cardíaco ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, deixando uma parte do músculo cardíaco em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rutura de uma placa de colesterol.

"As artérias coronárias são responsáveis pelo fornecimento de oxigénio ao coração e quando uma destas artérias fica obstruída e impede a passagem do sangue, provoca uma redução de oxigénio no músculo cardíaco, provocando lesão e morte celular de parte deste tecido, desencadeando o enfarte agudo do miocárdio", explica o médico cardiologista Severo Torres.

O EAM é uma das principais causas de morte em Portugal e o seu prognóstico está diretamente relacionado com o tempo de evolução entre o início dos sintomas e o seu tratamento. "Esta doença cardiovascular é a causa de morte de mais de quatro mil portugueses todos os anos", refere o médico.

O principal sinal de alerta é a dor no meio do peito, que se pode estender para um ou para os dois braços, para as costas, pescoço, maxilar ou estômago, seguindo-se de outros sintomas como fraqueza ou fadiga inexplicáveis, falta de ar, suores, náuseas, vómitos, palidez e desmaio.

"Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica - 112 - e esperar pela ambulância que estará equipada com aparelhos que registam e monitorizam a atividade do coração e permitem diagnosticar o enfarte. A pessoa não deve tentar chegar a um hospital pelos seus próprios meios", salienta o também médico cardiologista João Brum Silveira.

Segundo dados da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, estima-se que mais de dois terços da população portuguesa não conhecem os sintomas do enfarte do miocárdio e que cerca de 50% dos doentes com sintomas recorrem a uma unidade hospitalar sem capacidade para realizar o tratamento, o que conduz a um atraso significativo no início da terapêutica adequada.

 

O que fazer em caso de suspeita de enfarte?

 

Perante a suspeita de um EAM, é crucial ligar imediatamente para o número de emergência médica 112, por dois motivos essenciais: rapidez no diagnóstico e transporte em segurança para um hospital com capacidade de tratamento do EAM.

"A atuação rápida do INEM, com profissionais treinados e equipados para fazer o diagnóstico de EAM em ambiente pré-hospitalar, permite o transporte direto do doente para um hospital com capacidade para realizar angioplastia primária (reabertura da artéria ocluída), o tratamento de eleição do EAM, evitando a admissão em hospitais sem condições para fazer este tratamento e reduzindo drasticamente os tempos de atraso relacionados com o transporte inter-hospitalar", esclarece Sílvia Monteiro é médica cardiologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

"Por outro lado, o transporte feito pelo INEM é mais seguro, uma vez que os profissionais estão treinados para identificar e tratar de imediato as principais complicações do EAM, nomeadamente a paragem cardiorrespiratória e a insuficiência cardíaca aguda, mais frequentes nas primeiras horas após o início dos sintomas e quase sempre fatais na ausência de um tratamento emergente", sublinha.

 

Rastreios a partir dos 40 anos

 

"O rastreio dos fatores de risco cardiovascular na população assintomática deve ser feito nos homens a partir dos 40 anos e nas mulheres a partir dos 50 anos ou após a menopausa. Um jovem sem sintomas, sem fatores de risco (nos quais se incluem os antecedentes familiares), com um exame físico sem alterações e um eletrocardiograma normal terá pouca probabilidade de ter qualquer alteração cardiovascular", adverte Severo Torres.

"Na presença de fatores de risco e de acordo com a avaliação do risco global, serão definidos os necessários exames complementares, que poderão incluir o eletrocardiograma, o ecocardiograma, a prova de esforço, o doppler carotídeo, a tomografia axial computorizada cardíaca, a ressonância magnética nuclear cardíaca e outros mais específicos, decorrentes de eventuais alterações detetadas nestes exames prévios", acrescenta este cardiologista.

Para prevenir a doença, o especialista aconselha: "fazer cinco refeições por dia, privilegiando o consumo de vegetais, fruta, cereais e peixe, beber um litro e meio de água por dia, fazer exercício, dormir cerca de seis a oito horas por dia e evitar bebidas alcoólicas e alimentos salgados ou ricos em gorduras e açúcares".

 

Quais os fatores de risco associados a um novo evento cardiovascular?

 

A probabilidade de recorrência de EAM varia de doente para doente e está associada ao risco de progressão da doença aterosclerótica inerente ao próprio doente, mas depende sobretudo da qualidade do controlo dos fatores de risco cardiovascular presentes e da adesão e persistência terapêutica.

"Felizmente, a recorrência de eventos cardiovasculares não é uma inevitabilidade para todos os doentes pós-EAM, particularmente para aqueles que conseguem adotar um estilo de vida saudável e cumprir rigorosamente a medicação prescrita ao longo do tempo", afirma a cardiologista Sílvia Monteiro.

Fonte: Sapo on-line saúde

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Fonte: Fundação Oriente