sábado, 16 de agosto de 2025

“Intolerância à lactose: o que é, sintomas, tipos e tratamento”


A intolerância à lactose é uma síndrome causada pela diminuição ou falta de lactase no organismo, que é a enzima responsável pela digestão e absorção da lactose, um açúcar presente no leite e derivados, como iogurte, manteiga, sorvete e queijos.

Essa dificuldade em digerir e absorver a lactose pode causar alguns sinais e sintomas, como inchaço abdominal, excesso de gases, diarreia, dor na barriga e dor de cabeça. Conheça outros sinais e sintomas da intolerância à lactose.

A intolerância à lactose pode surgir nos primeiros dias de vida, na idade adulta, ou ainda pode acontecer devido à presença de situações, como tratamento de quimioterapia, doença de Crohn ou gastroenterite, por exemplo.

 

Principais sintomas

Os principais sinais e sintomas da intolerância à lactose são:

 

Excesso de gases;

Dor na barriga;

Diarreia;

Náuseas;

Dor de cabeça;

Barriga inchada;

Cansaço;

Diminuição da concentração e memória.

Além disso, em casos mais graves, a intolerância à lactose também pode causar dor muscular ou nas articulações, perda de peso, desidratação, atraso no crescimento infantil e óbito.

 

Teste de sintomas

 

Para saber o risco de intolerância à lactose, assinale, no teste a seguir, os sintomas que apresenta:

O teste de sintomas é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substitui a consulta com o gastroenterologista.

 

Como confirmar o diagnóstico

 

O diagnóstico da intolerância à lactose deve ser feito pelo gastroenterologista, ou clínico geral, que vai avaliar os sinais e sintomas apresentados e o histórico de saúde da pessoa.

O médico também pode recomendar a retirada dos alimentos com lactose, como leite, iogurte e queijos, da dieta, por 2 semanas para verificar se existe melhora dos sintomas.

Se deseja verificar o risco de intolerância à lactose, marque uma consulta com o gastroenterologista mais perto de você:

O médico também pode pedir alguns exames para confirmar o diagnóstico, como teste respiratório, teste oral de tolerância à lactose, exame de fezes e de sangue. Veja todos os exames e testes para diagnosticar a intolerância à lactose.

 

Tipos de intolerância à lactose

 

Conforme a idade e a presença de algumas situações de saúde, a intolerância à lactose pode ser classificada em:

 

1. Intolerância à lactose congênita

 

Esse tipo de intolerância é muito raro e surge nos primeiros dias de vida após a ingestão da lactose, através do leite materno ou da ingestão de outros tipos de leite, causando diarreia intensa, vômitos, desidratação, dificuldades para ganhar peso e a presença de muco nas fezes do bebê. Conheça outras causas do muco na fezes do bebê.

 

A intolerância à lactose genética acontece quando o organismo do bebê não consegue produzir a enzima lactase por uma alteração genética, sendo uma situação grave e que, quando não identificada precocemente, pode levar a óbito.

 

2. Intolerância à lactose primária

 

Esse tipo de intolerância à lactose é o mais comum e acontece devido à uma diminuição ou falta da enzima lactase no intestino, causada por um processo natural do organismo com o passar dos anos.

No entanto, em alguns adultos podem ocorrer mudanças genéticas que mantêm a produção normal da lactase, permitindo a digestão da lactose e impedindo o surgimento da intolerância.

 

3. Intolerância à lactose secundária

 

A intolerância à lactose secundária é uma condição que pode ser temporária e é causada por danos nas células do intestino responsáveis pela produção da enzima lactase.

Assim, este tipo de intolerância pode ser causada por condições como rotavírus, gastroenterite, medicamentos (antibióticos e quimioterapia), radioterapia, diarreia crônica, doença celíaca, infecções intestinais bacterianas.

 

Possíveis causas

 

A intolerância à lactose pode ser causada por uma alteração genética que impede a produção da enzima lactase ou pode ser causada pela diminuição natural na produção da enzima lactase com o avançar da idade.

Algumas situações que causam danos à células do intestino, como tratamentos com quimioterapia ou radioterapia, o uso de antibióticos orais, diarreia crônica, doença de Crohn, infecções bacterianas, virais e por protozoários, como giárdia e ameba, também podem causar a intolerância à lactose.

 

Diferença entre APLV e intolerância à lactose

 

A alergia à proteína do leite de vaca, ou APLV, é uma reação do sistema imunológico à uma ou mais proteínas presentes no leite de vaca, como caseína, lactoglobulina, lactoalbumina, soroalbumina e imunoglobulinas.

A APLV acontece quando se ingere ou tem contato da pele com os produtos, como leite de vaca e seus derivados, como sorvete, queijo, manteiga e bolos, causando o surgimento de sinais e sintomas, como urticária, vômitos, diarreia e atraso no crescimento infantil. Conheça outros sintomas da APLV.

Já a intolerância à lactose é uma dificuldade que o organismo tem para digerir e absorver a lactose, devido à diminuição ou ausência da enzima lactase no intestino, causando principalmente sintomas, como excesso de gases, dor abdominal e diarreia.

 

Como é feito o tratamento

 

O tratamento da intolerância à lactose deve ser feito pelo gastroenterologista e um nutricionista, onde é recomendado diminuir ou excluir o consumo do leite e derivados, como manteiga, iogurte, queijo e sorvete. Veja como deve ser a dieta para intolerância à lactose.

Na intolerância primária, a recomendação é diminuir o consumo de lactose, mantendo o máximo de 15 g de lactose por dia, o que equivale a 300 ml de leite ou 300 g de iogurte, por exemplo, que devem ser divididos em 2 refeições ou mais ao longo do dia.

No entanto, a redução dos leites e derivados da dieta pode não diminuir os sinais e sintomas da intolerância em algumas pessoas, sendo indicado tomar a enzima lactase junto com as refeições que contêm lactose.

Já nos casos de intolerância secundária, pode ser aconselhado excluir totalmente o leite e seus derivados da alimentação por 1 mês ou mais, até a recuperação do intestino. Essa exclusão deve ser sempre orientada e acompanhada por um médico, ou nutricionista, para evitar a deficiência de nutrientes como cálcio, vitamina D, vitamina A e fósforo.

Fonte: MSN