quinta-feira, 5 de junho de 2025

“Além fronteiras - Gala da CCPF na Mairie de Paris celebrou a amizade entre a França e Portugal”


Por: Mário Cantarinha

Os salões nobres da Mairie de Paris voltaram a abrir as portas, no sábado passado, à Comunidade portuguesa numa Noite de Gala organizada em colaboração com a Coordenação das Coletividades Portuguesas de França (CCPF).

Arnaud Ngatcha, Maire-Adjoint de Paris com o pelouro da Europa, das relações internacionais e da francofonia, agradeceu a Marie-Hélène Euvrard “e a toda a equipa da CCPF, que organiza desde o ano passado este evento anual” e pediu palmas. Depois Arnaud Ngatcha lembrou que a Gare d ’Austerlitz acolheu, nos anos 60, milhares de portugueses que chegaram a Paris, lembrou que desde o ano passado uma das bibliotecas de Paris tem o nome de Augustina Bessa Luís e que, no boulevard de Batignoles, foi inaugurada a Promenade Aristides de Sousa Mendes. Lembrou também que está atualmente patente ao público uma exposição sobre Cesária Évora nos Cais da Seine.

A Presidente da CCPF, Marie-Hélène Euvrard estava visivelmente contente com a sala cheia. “Lembro que a CCPF é atualmente uma estrutura ‘sem domicílio fixo’, não temos locais, não temos assalariado, e quero agradecer ao Bruno, ao Mathias e à Suzete que deram uma ajuda importante”. Destacou também ao LusoJornal “a confiança e o diálogo extraordinário” com a Mairie de Paris. “Não se impõe nada, construímos juntos e isso é mágico”.

No seu discurso agradeceu ao Maire-Adjoint Arnaud Ngatcha “e a toda a equipa das relações internacionais e dos serviços da Mairie” e pediu palmas ao público.

 

Primeira intervenção pública do novo Embaixador

 

Visivelmente contente estava também o novo Embaixador de Portugal em França, Francisco Ribeiro de Menezes, nesta que foi a sua primeira intervenção pública desde que chegou a França.

No seu discurso partilhou a emoção que é de estar a representar Portugal no país onde a avó nasceu em 1901, onde o avô combateu durante a I Guerra mundial e onde ele próprio viveu no fim dos anos 60.

“Sobre as grandes questões do nosso tempo, a paz, a transição energética, a solidariedade, a defesa da democracia… a França e Portugal partilham a mesma visão, a mesma implicação europeia e sobretudo uma vontade de agir” disse o Embaixador, que também evocou a recente visita de Estado de Emmanuel Macron a Portugal.

Virando-se para a sala, e já em língua portuguesa, Francisco Ribeiro de Menezes disse que “estou e estarei sempre com a porta aberta para todos os Portugueses de França, como para as associações que começo a conhecer, e cujo trabalho respeito e admiro há muitos anos. Estamos aqui para vos escutar, para vos acompanhar e sobretudo para trabalhar convosco”. Foi interrompido com palmas do público. “Vós sois os representantes e os verdadeiros embaixadores do nosso país aqui em França”.

 

Ministro José Manuel Fernandes também discursou

 

José Manuel Fernandes, o Ministro português da Agricultura e Pescas, também assistiu ao evento e discursou em nome do Governo português. Destacou as belas cores da sala, entrelaçando as cores de Portugal e da França. “É um privilégio estar aqui. O meu pai passou as fronteiras em 1963, eu nasci em 1967 e até 1977 vivi em Trappes e em Rambouillet, depois regressei a Portugal” explicou.

“O nosso orgulho não deve esconder a força das nossas raízes. Nunca devemos esquecer de onde viemos. Quando sabemos de onde viemos e para onde queremos ir, escolhemos sempre o melhor caminho” disse no seu discurso. “Partilhamos com a França os valores da amizade, da democracia, da liberdade, do estado de direito, os valores da defesa da vida e da dignidade humana e é sobre estes valores que devemos construir a prosperidade. É sobre estes valores que devemos construir o desenvolvimento”. Foi aplaudido.

Depois ainda teve tempo para abordar as questões da língua portuguesa afirmando que gostava que fosse cada vez mais ensinada em França. “Desculpem que diga isto aqui, mas, em Portugal, é o orçamento do Estado português que paga o ensino da língua francesa em Portugal” lembrou. Voltou a ser aplaudido.

 

Música portuguesa e brasileira animaram a noite

 

O concerto começou com os músicos da associação Guitar’Essone, presidida por Quitó de Sousa Antunes. “É uma associação que integra a nossa rede e que tem uma prestação de qualidade” explicou Marie-Hélène Euvrard ao LusoJornal. Depois cantou a fadista Tereza Carvalho e a noite terminou em festa com o grupo Parioka, cujo nome relaciona “Paris” com “Carioca” e é dirigido por Karina Paim.

Na primeira fila, para além do Maire-Adjoint, do Embaixador de Portugal e do Ministro da Agricultura e Pescas, estava também a Cônsul-Geral de Portugal em Paris, Mónica Lisboa. “A primeira mulher à frente do Consulado de Paris” lembrou Marie-Hélène Euvrard e o público aplaudiu mais uma vez.

Na sala estava ainda o Presidente da Federação das coletividades de cultura, recreio e desporto do distrito de Lisboa. “Estamos em vias de iniciar uma colaboração entre as duas estruturas” anunciou Marie-Hélène Euvrard. “Descubro coisas interessantes, há um projeto espetacular entre as duas estruturas, há oportunidades para intercâmbios culturais, é genial”.

Fonte: Luso Jornal (França)

“Além fronteiras - Em Berre-l'Étang, a cultura portuguesa fez dançar o parque Henri Fabre”


Por: Emanuel Guedes

Neste domingo, 1º de junho, um cheiro de Portugal pairou sobre Berre-l'Étang. Pela primeira vez, a Associação Cultural dos Portugueses da cidade organizou o seu primeiro Festival de Folclore, e o mínimo que podemos dizer é que o evento foi capaz de seduzir.

A partir das 10h00, o público sentou-se à sombra, sob os pinheiros do parque Henri Fabre, atraído pela música e pelas bandeiras verdes e vermelhas à entrada e por alguns lenços tradicionais que recordam o folclore português da região de Viana do Castelo. Em palco, Arsénio Gomes proporcionou o ambiente.

 

Tradições em destaque

 

Por volta das 11h30, todos os olhos se voltaram para o palco para um dos destaques do dia: a apresentação dos grupos folclóricos. O público recebeu com entusiasmo o Rancho Santa Maria em Allauch e a Juventude Lusitana em Toulon, que vieram partilhar as danças e trajes tradicionais de Portugal. Entre anáguas coloridas, lenços bordados: a cultura lusófona expressou-se em todo o seu esplendor. Os dois grupos puderam apresentar algumas danças folclóricas de seu repertório sob o olhar de admiração do público presente.

 

Refeição de convívio e sabores portugueses

 

Às 12h30, o cheiro de dar água na boca da grelha atraiu visitantes para a barraca de comida. No menu: bifanas, moelas, enchidos/merguez e claro, o famoso frango assado. Por 12 euros, os hóspedes puderam desfrutar de uma refeição completa, acompanhada de uma bebida gelada. A equipe de voluntários não ficou ociosa: várias centenas de refeições foram servidas e as filas não desencorajaram os mais gananciosos.

 

A tarde sob o signo da dança

 

Por volta das 15h00, chegou a vez dos ranchos que voltaram ao palco para uma nova série de apresentações. O asfalto foi gradualmente transformado em uma pista de dança improvisada, onde jovens e velhos batiam palmas ao ritmo de acordes folclóricos. Os dois grupos também compartilharam com o público uma "Vira Geral" para fazer todos dançarem.

Até às 18h00, a festa continuou com a animação musical de Arsénio Gomes que também soube motivar miúdos e graúdos a dançarem ao som musical português.

 

Uma associação bem estabelecida

 

A associação portuguesa de Berre l'Étang teve sucesso na sua missão durante este primeiro festival folclórico. Para Fernando Pereira, Presidente da Juventude Lusitana de Toulon "este primeiro festival é um sucesso" e agradece à associação de Berre l'Étang "pelo convite". O mesmo se passa com a associação Rancho Santa Maria, que também quis saudar e agradecer à associação este convite na voz de José de Almeida, Presidente da associação.

Um primeiro festival, mas a associação ainda está habituada a organizar várias noites por ano que podem acomodar até 600 pessoas, a associação confirma, com este evento ao ar livre, o seu papel como pilar cultural local.

Fonte: Luso Jornal (França)

“Até setembro | Amadora Ativa”


Até setembro, regressa o programa municipal Amadora Ativa, que visa a promoção da prática de atividades físico-desportivas, lúdicas e recreativas, em espaços abertos, vocacionados para a ocupação dos tempos livres da população local, em diversos parques públicos existentes no Concelho.

Zumba, ginástica, yoga, esgrima, iniciação ao ténis, orientação, capoeira, caminhadas, fibol, insufláveis gímnicos, treino em circuito e uma mega-aula de zumba, são as atividades propostas para este ano, ao dispor de todos, e que serão dinamizadas em alguns parques da cidade, a saber: Parque Central, Parque Aventura, Parque Urbano Alto dos Moinhos, Parque da Fantasia, Parque Urbano do Neudel e Parque Conde Castro Guimarães.

Participação gratuita. Não é necessária inscrição prévia.

Clique para conhecer o Programa Amadora Ativa: https://www.cm-amadora.pt/images/NOTICIAS/DESPORTO_LAZER/2025/AMADORA_ATIVA/program_amadora_ativa_23maio.pdf

Enquadrado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Fonte: Câmara Municipal Amadora

“Festas de Lisboa com pianos, Paredes e jacarandás em flor"


Entramos na segunda semana das Festas de Lisboa com Música no Castelo. No dia 7 de junho, Rui Massena dá um concerto-viagem que circulará entre canções e espaços, a cidade e o mundo, o visível e o que só se sente, numa celebração à alma de Lisboa com a vista do Castelo de São Jorge como cenário. Antes do concerto do maestro, compositor e pianista, o jovem talento Gil Brito – que, com apenas 10 anos, venceu o Got Talent Portugal – sobe ao palco, também para tocar piano.

O Museu do Fado inaugura a exposição-tributo Variações para Carlos Paredes, no dia 6. Através de instrumentos musicais, discos, documentação impressa e filmes, esta mostra transporta-nos pela vida e obra do génio da composição e da guitarra portuguesa, no centenário do seu nascimento. 

Com os jacarandás do Parque Eduardo VII em flor, arranca a Feira do Livro. Esta edição tem encontro marcado com museus e monumentos da cidade e começa com a conversa Lisboa Plural, com Paulo Almeida Fernandes (Museu de Lisboa) e Margarida Kol de Carvalho (Padrão dos Descobrimentos), a 10 de junho. No dia seguinte, a Casa Fernando Pessoa convida as famílias a Causar Poemas, uma oficina de escrita que tem como ponto de partida poemas de Pessoa e heterónimos. 

Inserida no programa Osaka em Lisboa, o MUDE – Museu do Design inaugura, no dia 5, Osaka – 55 anos depois, desenhar o futuro, onde podem ser vistos o projeto e as peças concebidas pelo Atelier Daciano da Costa para o pavilhão de Portugal da Exposição Universal de Osaka 1970. Tem ainda início, no Cinema São Jorge, o Ciclo de Cinema Japonês, que exibirá desde clássicos de Kurosawa a cinema de animação de Miyazaki. Na Casa Fernando Pessoa, conversa-se, no dia 4, sobre poesia japonesa em tradução.

No dia 7, voltamos a celebrar a multiculturalidade da cidade com a Festa da Cultura Coreana, nos jardins do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, e o Festival Bollywood Holi e Mercado da Índia, na Comunidade Hindu de Portugal. 

As celebrações ao santo padroeiro mais querido por Lisboa continuam com a Trezena de Santo António, os tradicionais Tronos (que podem ser vistos do Beato a Belém e de Alfama a Carnide) e a Corrida de Santo António, no dia 8, em Belém. À noite, nos bairros populares, continua o bailarico, com os Arraiais. 

Consultem toda a programação das Festas de Lisboa aqui: https://egeac.pt/festas/festas-de-lisboa/?eg_sub=23be1ae664&eg_cam=9ab1730f6ae76ec82ea6e41ecf70da40&eg_list=23

Fonte: Egeac

“Sociedade Histórica promove, em Zamora, Congresso Internacional sobre Portugal no século XII e a génese do Portugal global”


Por: Sofia Rocha

É já amanhã que a Sociedade Histórica da Independência de Portugal dá início ao Congresso Luso-Espanhol “Portugal século XII: como éramos há 900 anos; génese do Portugal global", que terá lugar nos dias 6 e 7 de junho, na Sala de Reuniões da Fundação Rei Afonso Henriques, em Zamora (Espanha). O congresso é coorganizado com esta Fundação, com o apoio e participação de várias entidades públicas e privadas de Portugal e Espanha, sob o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República.

Este encontro científico reunirá prestigiados especialistas em história medieval de instituições portuguesas e espanholas, com o objetivo de promover a reflexão e o debate sobre temas cruciais das origens de Portugal, das dinâmicas fronteiriças peninsulares e das lideranças políticas e religiosas desse período.

Ao longo de dois dias, serão abordadas temáticas como:

• A formação da fronteira luso-leonesa e o papel das localidades;

• As interações entre cristãos e muçulmanos;

• O papel das elites, da nobreza e da Igreja;

• A representação de D. Afonso Henriques nas fontes históricas e literárias;

• A diversidade cultural e religiosa nas origens do território português;

• O papel dos moçárabes e dos judeus na formação de Portugal;

• A importância do mar na afirmação de Portugal como reino independente.

O congresso inicia-se com a conferência de abertura do historiador Iñaki Martín Viso (Universidade de Salamanca), e contará com a presença de figuras de destaque como João Paulo Oliveira e Costa, Hermenegildo Fernandes, Amélia Aguiar Andrade,


José Eduardo Franco, Maria João Branco, Inês Lourinho, Mário Gouveia, Jorge Martins, Isabel Ponce de Leão, Orlando Gama, Luísa Paolinelli e Filipe Alves Moreira, entre muitos outros académicos e investigadores reconhecidos de instituições académicas portuguesas e espanholas.

A sessão de abertura oficial contará com a intervenção de representantes da Sociedade Histórica da Independência de Portugal e da Fundação Rei Afonso Henriques, bem como de autoridades espanholas e portuguesas, entre elas o Ministro Conselheiro da Embaixada de Portugal em Espanha, Paulo Guedes Domingues. A presença do Embaixador, José Augusto Duarte, está anunciada para os eventos de domingo, dia 8.

O programa inclui ainda, no dia 7, uma conferência de encerramento pelo historiador João Paulo Oliveira e Costa e culmina com o concerto de encerramento pela Banda de Santana.

Este congresso constitui uma oportunidade única para académicos, estudantes e entusiastas da história medieval aprofundarem os seus conhecimentos e estabelecerem pontes de diálogo e investigação entre Portugal e Espanha, num local historicamente simbólico como Zamora.

A entrada é livre, mediante inscrição prévia.

Fonte: Sociedade Histórica da Independência de Portugal e Fundação Rei Afonso Henriques