Por: SYL // JP
Fonte: Lusa
O medalha de prata no triplo
salto dos Jogos Olímpicos Paris2024, Pedro Pichardo, disse em Setúbal que
gostava de ver Portugal a conquistar “10 medalhas” em futuras edições e
reiterou que isso “é possível” com “apoio”.
“Gostaria de desfrutar, quando
for mais velho, de estar sentado em casa e ver que Portugal trouxe seis, oito,
10 medalhas”, disse o vice-campeão olímpico, à margem de uma homenagem de que
foi alvo pela Câmara Municipal de Setúbal.
Reiterando que “é necessário
apoio das entidades, do desporto escolar, dos clubes e do Governo”, Pichardo
vincou que as ‘reclamações’ que tem feito “nos últimos tempos” têm como
objetivo conseguir “mais apoio para os atletas de alta competição”.
Se isso acontecer, “é
possível” que o país consiga a quantidade de medalhas que vaticinou e o
ciclismo de pista é uma prova disso, após a medalha de prata conquistada por
Iuri Leitão no omnium e do ouro conquistado pelo mesmo ciclista, em parceria
com Rui Olveira, no madison.
“Ficou demonstrado agora nos
Jogos Olímpicos, com o ciclismo. Eles não tinham pista, fizeram uma há pouco
tempo e está aí o resultado: tiveram duas medalhas. Temos talento em Portugal,
precisamos do apoio do Governo, dos clubes, das associações e do povo”, apelou
o campeão olímpico do triplo em Tóquio2020 e ‘vice’ em Paris2024.
No mesmo sentido, o presidente
da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) concordou que Portugal tem
“população e dimensão” para conquistar “mais medalhas” do que as quatro que
trouxe de Paris2024.
“Não tenho dúvidas nenhumas de
que o limite de medalhas para Portugal não são quatro medalhas por Jogos
[Olímpicos]”, disse Jorge Vieira à agência Lusa, aludindo à repetição na
capital francesa do recorde de ‘metais’ arrecadados em Tóquio2020.
Segundo o dirigente, as suas
palavras não constituem qualquer tipo de “crítica” aos “resultados que o
desporto português está a atingir”, sendo, isso sim, “um sinal de esperança em
relação ao futuro”.
“Temos potencial, temos
população, temos capacidade e talento para termos melhores resultados e para
termos mais medalhas a nível olímpico, mundial e europeu”, vincou Jorge Vieira.
Questionado sobre o que falta,
então, para atingir esses resultados, o presidente da FPA lembrou que é preciso
“trabalhar muito mais e melhor a base da pirâmide” desportiva em Portugal.
“Hoje temos um sistema de
apoio para os atletas que estão em preparação olímpica com muito boas
condições. Estamos muito bem no topo da pirâmide, mas o problema são os
alicerces. Aí há que trabalhar muito, investir muito e haver políticas públicas
muito claras que têm sido adiadas sucessivamente, Governo após Governo”,
apontou.