A requalificação urbana e ambiental da frente ribeirinha do rio Alenquer, na margem direita da zona do Areal, foi uma das maiores intervenções do século XXI no concelho de Alenquer que teve como objetivo primordial um progresso das condições de circulação pedonal e rodoviária, com claro benefício para população, numa área de afetação de aproximadamente 22.300m2.
A intervenção permitiu um incremento de acessibilidade e segurança dos peões, nomeadamente da requalificação do pavimento, mas também da renovação das redes de infraestruturas, da implementação e reorganização de espaços verdes e de lazer, incluindo a reorganização e unificação do mobiliário urbano, da requalificação dos pontos de recolha de resíduos sólidos urbanos e das ilhas ecológicas, da dotação de meios de combate a incêndios; da unificação de sinalética toponímica e informativa e da reformulação da zona de estacionamento com lugares acessíveis e lugares com postos de carregamento para veículos elétricos, assim como da preservação de parte do património industrial da antiga Real Fábrica de Papel de Alenquer.
Em pleno Dia da Ascensão,
feriado municipal concelhio a 29 de maio, foi descerrada a placa de inauguração
desta beneficiação em prol da comunidade, com a presença do executivo municipal
e outras entidades oficiais antes de uma visita a toda a área intervencionada,
o Largo do Areal, a Rua Serpa Pinto e a Calçada Damião de Góis (incluindo
travessas e becos confinantes). Pedro Folgado, Presidente da Câmara Municipal,
deu conta de "um desafio muito grande superado" face às
condicionantes que se colocaram. “Foi uma obra complexa, mas conseguiu
fazer-se, tornando um espaço muito interessante e multiusos. Esta uma zona
menos nobre de Alenquer, era em terra batida. Agora está disciplinada em termos
de espaço público e pedonal. Alenquer ganhou muito em termos de espaço público
e pedonal. Temos o projeto pronto para a requalificação da margem esquerda.
Tivemos de o negociar com algumas entidades que circundam o espaço, podendo
agora ser lançado e executado", referiu o edil sobre a intervenção que foi
pensada pela primeira vez na década passada e que findou, com abertura ao
público, no final de 2023.
O Vice presidente Tiago Pedro,
com a responsabilidade de gestão das obras municipais, traçou o quadro geral de
"uma obra muito complexa", deixando agradecimentos em especial a
moradores e agentes económicos que tiveram de "lidar com vários constrangimentos
durante meses". "Passámos de uma zona, para quem se lembra, em areia,
uma zona onde havia infestantes, e neste momento temos um espaço com alguma
modernidade, completamente acessível naquilo que são as boas práticas de hoje.
Tem um parque de estacionamento de utilização gratuita porque a mobilidade e a
interoperabilidade do automóvel foi sempre também uma questão que nos preocupou
bastante. É um parque que passou a ser um elemento central na vila de Alenquer.
Esta zona tem agora uma calha técnica para telecomunicações, foi feito o
enterramento de todos os cabos elétricos, foi trazido o gás natural até aqui. O
que é facto é que as propriedades privadas passaram a ter um interesse
diferente para os investidores após a obra feita. Queremos, com o investimento público,
fortalecer a comunidade", garantiu, aludindo também à necessidade de
avançar agora para intervenção da margem esquerda do Rio Alenquer, desde o
Parque das Tílias até ao Largo Rainha Santa Isabel.
A empreitada realizada num
local que foi outrora a primeira agregação urbana de Alenquer fora das muralhas
do Castelo ficou a cargo das empresas Vedap - Espaços Verdes, Silvicultura e
Vedações, S.A. e Aquino Construções, S.A. Acarretou um investimento de um valor
contratual (com IVA) cifrado em 2.147.549,65€, valor a que há que acrescentar
as rubricas de trabalhos a menos (142.823,98€), trabalhos complementares
(507.206,45€) e revisão de preços (377.642,02€). A obra foi cofinanciada pela
União Europeia, ao abrigo do Programa Operacional Regional do Centro (CENTRO
2020) e contratualizada no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento
Urbano (PEDU), com comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
(FEDER).
Fonte: Câmara Municipal
Alenquer
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