No dia 30 de abril teve lugar o evento “Medicina ULisboa – Campus de Torres Vedras: Um Motor para a Inovação em Cuidados de Saúde na Comunidade”, que marcou a apresentação pública deste novo projeto, integrado nas comemorações do bicentenário da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL).
Na sua intervenção, a
presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Laura Rodrigues, fez a
apresentação das características mais determinantes do Concelho e que foram
decisivas para o arranque do projeto, assim como deu conta da visão do
Município no qual o Campus de Torres Vedras está integrado. A presidente
referiu que “tudo continuaremos a fazer para continuar a trabalhar com a
Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa de forma colaborativa para que
este seja um projeto de sucesso para todos”.
Joaquim Ferreira, coordenador do projeto por parte da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, apresentou a visão desta instituição, referindo os principais objetivos por trás do projeto, que passam pela formação de profissionais de saúde fora das “paredes” de um hospital terciário e de centros de cuidados agudos, responder às necessidades de saúde da população na comunidade e responder às necessidades atuais e futuras de conhecimento na área da promoção da saúde e da qualidade e gestão dos cuidados de saúde à comunidade.
Na sua intervenção, João
Eurico da Fonseca, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
(FMUL), referiu também a visão do projeto, acrescentando que “Estamos
inspirados a olhar para a saúde como um todo. Temos uma abordagem holística
centrada no indivíduo e não propriamente na doença, mas na pessoa, que pode ou
não, ter doença. Para quem tem doença, termos a capacidade de oferecer mais, e
não só medicamentos, mas antes interdisciplinaridade, que é muito importante”.
O diretor da FMUL fez referência também à estimativa da necessidade de fundos
por fonte de financiamento e do modelo de sustentabilidade no qual vai assentar
o Medicina ULisboa – Campus de Torres Vedras. Este prevê o investimento público
e privado, além de mecenato, a existência de formação pós-graduada e a
prestação de serviços de investigação e estudos clínicos, entre outros meios de
financiamento.
Na sessão foram também
apresentadas as várias unidades do Campus de Saúde: a Unidade Interdisciplinar;
o Centro de Investigação Clínica; o Centro de Investigação Tecnológica; a
Unidade de Medicina Humanitária; o Centro Académico e a Unidade de Saúde Familiar
(USF) Académica. De referir que está em curso a candidatura a uma USF modelo C,
que vai permitir, numa primeira fase, o acesso a 10.000 utentes atualmente sem
médico de família, e, numa segunda fase, a 17.500 utentes. Inicialmente esta
UFS ficará operacional na Unidade de Saúde da Ventosa até que as instalações no
Barro estejam operacionais. A fase de recrutamento está também a decorrer e
conta já com profissionais de saúde interessados a integrar esta equipa.
A decorrer também está a
constituição da Associação Campus de Saúde Dr. José Maria Antunes Júnior, cujos
membros fundadores são o Município de Torres Vedras, a Faculdade de Medicina da
Universidade de Lisboa e a Caixa de Crédito Agrícola de Torres Vedras.
O arquiteto Frederico
Valsassina fez a apresentação da Visão Arquitetónica do projeto. No decorrer
desta sessão foi também realizada a apresentação do livro Biobancos na
Investigação Biomédica, de Brígida Riso e um almoço, seguido de uma visita ao
edificado do antigo Hospital do Barro.
Fonte: Câmara Municipal Torres
Vedras
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