Por: Tiago Carvalho
Na quarta-feira, dia 20 de novembro, um
grupo de alunos e professores do Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro visitou
a quinta onde está a ser desenvolvido o projeto Egitânia, em Idanha-a-Velha.
A visita realizou-se no âmbito do Centro
de Apoio à Aprendizagem (CAA), do Agrupamento de Escolas, através do projeto de
Artes Visuais "Tecer o Passado", que explora a lã de forma criativa
através de atividades de tecelagem e feltragem. Inspirado pelo modo de vida
pastoril, o projeto também aborda a tradição da transumância — deslocações
sazonais de rebanhos que caracterizavam a vida rural.
Na quinta da Egitânia, os participantes
foram recebidos por Tiago Lourenço, da Real Idanha, empresa responsável pela
gestão de 195 hectares de paisagem agrícola na Bio-Região de Idanha-a-Nova.
Durante a visita guiada, os alunos e professores aprenderam sobre as práticas
sustentáveis aplicadas na produção de azeite e na criação de ovinos, em modo de
produção biológico.
A experiência contou ainda com a
presença de Carlos Neto de Carvalho, coordenador científico do Geopark
Naturtejo Mundial da UNESCO, e da médica veterinária Carolina Figueiredo.
O projeto Egitânia destaca-se pela sua
abordagem inovadora, ao contrariar o paradigma da monocultura do olival e
sugerir a sua reconversão em sistemas agrossilvopastoris biodiversos. A
produção de ovinos em simbiose com o olival é claramente uma evidência disso, e
o foco principal de desenvolvimento e investigação deste projeto.
Além disso, a quinta está integrada na
Rota Europeia da Transumância, uma parceria com o Geopark Naturtejo. Nesta
propriedade, é desenvolvido também um projeto pioneiro na área do olivoturismo
que integra a quinta e as suas escavações arqueológicas, espaços museológicos,
a restauração e o alojamento local, por forma a captar, dinamizar e fixar
economia local e tornando-o transfronteiriço, criando uma rede de olivoturismo
raiano.
Esta iniciativa revelou-se uma
oportunidade enriquecedora para os alunos, que puderam conectar-se com as
tradições locais e conhecer práticas inovadoras que valorizam o património
cultural e ambiental de Idanha.
Fonte: Câmara Municipal de Idanha-a-Nova
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