A 23ª edição do Festival Internacional do Filme Insular de Groix, em França, que arrancou na quarta-feira 21 agosto, vai ser dedicada às ilhas portuguesas com uma mostra de 31 produções açorianas e madeirenses de 1926 até 2023.
Groix é uma ilha no
departamento do Morbihan, na Bretagne a noroeste de Belle-Île-en-Mer, perto de
Lorient e de Ploemeur.
A organização considera
tratar-se da “maior mostra de cinema açoriano e madeirense alguma vez
organizada num festival internacional”, uma vez que vão ser exibidos 31 filmes
e organizadas 21 sessões.
“Queremos especialmente
homenagear as ilhas e o povo português em 2024, ano em que se comemora o 50º
aniversário da Revolução dos Cravos, durante a qual o povo corajosamente pôs
fim a décadas de ditadura salazarista”, justifica a organização.
O festival, que arranca hoje e
decorre até domingo, vai exibir filmes dos realizadores açorianos Gonçalo
Tocha, Amaya Sumpsi, Diogo Lima, André Laranjinha, Luis Bicudo e Jorge
Monjardino, que vão marcar presença no evento, tal como as produtoras Diana Diegues
e Sophie Barbara (que integrará o júri da competição internacional).
O Festival Internacional do
Filme Insular de Groix vai mostrar, também, produções filmadas nos Açores e
Madeira dos realizadores Joaquim Pinto e Nuno Leonel, Cláudia Varejão, Paulo
Abreu, Rodrigo Areias, Catarina Mourão, Solveig Nordlund, Raquel Soeiro de
Brito, Acácio de Almeida, Jorge Brum do Canto e Manuel Luis Vieira.
“Esta será a maior mostra
internacional dedicada ao cinema açoriano que dará uma maior visibilidade aos
filmes feitos nos Açores ou realizados por açorianos”, lê-se no comunicado.
Serão ainda organizadas
retrospetivas dedicadas aos cineastas Gonçalo Tocha (com os filmes “Balaou” e
“É na Terra não é na Lua”) e Amaya Sumpsi (“Meu Pescador, meu Velho” e “Entre
Ilhas”).
O programador Tiago Bartolomeu
Costa vai apresentar seis sessões de “filmes históricos açorianos e madeirenses
que foram recuperados digitalmente” e na sexta-feira, às 18h30, vai acontecer
um debate sobre o tema “Fazer cinema nos Açores: realidades e perspetivas”.
O festival vai contar com a
presença do escritor e realizador José Vieira, com uma exposição da artista
plástica e fotógrafa madeirense Georgina Abreu e atuações dos artistas
madeirenses Daniel V. Melim, Mariana Camacho e da associação Xarabanda.
O Festival Internacional de
Cinema da Ilha de Groix nasceu em 2001. Estima-se que 10% da população daquela
ilha francesa, que tem cerca de 2.200 habitantes, tenha origem portuguesa, num
movimento migratório com origem nos anos 1960.
Fonte: Luso Jornal (França)
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