Por: AG // TDI
O olhar de 28 artistas visuais
sobre as possibilidades geradas após a conquista da liberdade em Portugal com o
25 de Abril de 1974 vai estar no centro de uma exposição em Lisboa.
No ano em que se assinalam os
50 anos da revolução, a União da Cidades Capitais da Língua portuguesa UCCLA-
União
das Cidades Capitais de Língua Portuguesa vai inaugurar a exposição “Liberdade - Portugal, lugar de encontros”
para assinalar a efeméride, com seleção curatorial de João Pinharanda, segundo
um comunicado da entidade, a exposição vai estar patente até ao dia 10 de maio.
Ângela Ferreira, Emília Nadal,
Alfredo Cunha, Gonçalo Mabunda, Joana Vasconcelos, Keyezua, Pedro Valdez Cardoso,
Vasco Araújo, Yonamine, Nú Barreto, Mário Macilau, Oleandro Pires Garcia,
Francisco Vidal e Graça Morais são alguns dos artistas contemporâneos
representados nesta mostra, oriundos dos países que se expressam oficialmente
em língua portuguesa.
"Estes
artistas têm em comum o facto de terem tido ou ainda terem em Portugal um lugar
de encontro e trabalho, que pode não ser central nem determinante no seu olhar,
mas que não deixa de ser um laço, com a restante realidade artística. A
manifesta pluralidade de perspetivas decorre da diversidade de origens
geográficas e das vivências pessoais que moldaram a respetiva sensibilidades e
criatividade individual", assinala um texto da
curadoria.
As obras selecionadas para
exposição com entrada livre apresentam múltiplas técnicas utilizadas e incluem
pintura, serigrafia, fotografia, escultura, azulejo e tapeçaria.
Vhils (Alexandre Farto),
Abraão Vicente, Carlos Noronha Feio, Ana Marchand, Cristina Ataíde, António
Ole, Eugénia Mussa, Fidel Évora, Graça Pereira Coutinho, Herberto Smith, José
de Guimarães, Manuel Botelho, Pedro Chorão e René Tavares completam a seleção
de artistas.
"A
mostra assume-se como uma exposição de cruzamentos e de encontros, daqueles que
partiram e regressaram, dos que chegaram e ficaram, ou partiram de novo, ou
nunca mais regressaram… Mas todos eles olharam para Portugal e registaram um
encontro em imagens; ou olharam, a partir de Portugal, para os seus próprios
mundos", acrescenta o texto.
Estes artistas de várias
gerações criaram as suas peças inspirando-se na expressão da liberdade e do
espírito anticolonial, influências espirituais ou religiosas, culturais e
literárias e as questões relacionadas com a identidade.
Na iniciativa está também
prevista a inauguração de um núcleo no Centro Cultural de Cabo Verde, a 15 de
fevereiro.
Fonte: Lusa
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