Ontem, 24 de junho, Foi o Dia Nacional da Pessoa Cigana
Assinalando a efeméride, teve
lugar, no período da manhã, na Escola Básica Integrada Padre Vítor Melícias, um
momento simbólico, no qual se fez alusão à entrega à biblioteca deste
estabelecimento de ensino de um exemplar do livro infantojuvenil A História do
Ciganinho Chico, da autoria de Bruno Gonçalves. Nesse momento marcou presença a
vereadora do Desenvolvimento Social da Câmara Municipal de Torres Vedras, Ana
Umbelino, que, interpelando as crianças que participaram no mesmo (alunos dos
1.º e 2.º anos de escolaridade da Escola Básica Integrada Padre Vítor
Melícias), deixou um repto para a aceitação das diferenças culturais, tendo
ainda na sua alocução frisado a importância e a mais-valia da diversidade
humana.
De referir que, de forma a
assinalar o Dia Nacional da Pessoa Cigana, o Município de Torres Vedras
distribuiu por todas as bibliotecas escolares do respetivo concelho um exemplar
do mencionado livro, o qual narra a história de um menino cigano, Chico, que
explora, com curiosidade, as origens, a história e a cultura do seu povo. A
disponibilização dessa publicação permite promover o conhecimento e a
valorização da comunidade cigana, contribuindo para a construção de um ambiente
escolar mais inclusivo, onde a empatia, o respeito e a compreensão se tornam
valores fundamentais.
Ainda no momento simbólico
relacionado com o Dia Nacional da Pessoa Cigana que aconteceu esta manhã na
Escola Básica Integrada Padre Vítor Melícias, no qual estiveram também
presentes a diretora do Agrupamento de Escolas Padre Vítor Melícias, Rosário
Lopes, a bibliotecária do referido estabelecimento de ensino, Marta Rodrigues,
e a mediadora Emília Seabra, foi oferecido ao mesmo um objeto artístico criado
numa oficina criativa realizada no Centro de Artes e Criatividade no âmbito da
passagem por Torres Vedras do museu itinerante “Lungo Drom”. Recorde-se que
este projeto, da responsabilidade da associação cultural UMCOLETIVO, funciona
através da visita a uma carrinha-museu, cujo objetivo é criar espaços de
fraternidade para conversar sobre a História e a Cultura das comunidades
ciganas. A peça têxtil hoje entregue à Escola Básica Integrada Padre Vítor
Melícias - denominada Teia - foi concebida numa oficina apoiada pelo Município
de Torres Vedras e coordenada por Cátia Terrinca e Raquel Pedro, em que participaram
Alba Fernandes, Belmira Silva, Caetana Fernandes, Emanuel Fernandes, Guilherme
Reis, João Reis, Karen Reis, Lisa Mc Acvitt e Viviane Reis.
Também no âmbito da celebração
do Dia Nacional da Pessoa Cigana, será exibido no próximo dia 18 de julho, no
Centro de Artes e Criatividade, o documentário 500 anos de leis repressivas, o
que será seguido de uma conversa com a participação de Rui Salabarda Garrido e
Luís Romão, intervenientes com ligação ao tema do documentário. Realizado pela
Sílaba Dinâmica - Associação Intercultural, o mesmo recria a história da
repressão e marginalização do povo cigano em Portugal, ao longo de 500 anos.
Data de extrema importância
para a celebração da riqueza cultural, da história e das tradições do povo
cigano, o Dia Nacional da Pessoa Cigana convida à reflexão sobre os desafios
que as comunidades ciganas continuam a enfrentar.
Trata-se de uma ocasião que
possibilita reconhecer o contributo inegável da cultura cigana para a
diversidade e vitalidade do tecido social português. A música, a dança, a
oralidade e os fortes laços familiares que caracterizam a identidade cigana são
expressões vivas de um património cultural que merece ser valorizado,
respeitado e preservado.
O Dia Nacional da Pessoa
Cigana traduz um momento de consciencialização para as dificuldades que muitas
pessoas ciganas ainda enfrentam no acesso à educação, à saúde ou ao emprego,
associadas aos estigmas e preconceitos que impedem uma verdadeira inclusão
social e igualdade de oportunidades. Celebrar o Dia Nacional da Pessoa Cigana
é, portanto, mais do que homenagear uma cultura, é um apelo à justiça social, à
promoção dos direitos humanos e à construção de uma sociedade mais inclusiva e
solidária. É um convite a ouvir vozes que, durante demasiado tempo, foram
silenciadas ou ignoradas.
Hoje, 24 de junho de 2025, o
Município de Torres Vedras reafirma o seu compromisso de integração e
construção de uma cidadania plena e igualitária para todas as pessoas,
independentemente da sua origem étnica.
Fonte: Câmara Municipal Torres
Vedras
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