O humanismo de Damião de Góis continua vivo no concelho e a passar de geração em geração mais de 500 anos após o nascimento deste filho de Alenquer. Um dos mais ilustres portugueses a ter vivido no século XVI, conviva dos também intemporais Martinho Lutero, Erasmo de Roterdão ou Philip Melanchthon, terá uma vez mais, durante todo o mês de fevereiro, um ciclo de eventos que lhe é dedicado pelo legado que deixou à distância de cinco séculos.
Toda a programação aqui.
Entre os dias 2 e 23 de
fevereiro, Alenquer, e em particular o Museu Damião de Góis e das Vítimas da
Inquisição, receberá conferências, apresentações, homenagens, concertos e até
um jantar temático! No século XXI, (re)descobrir uma das grandes figuras da
história de Portugal torna-se imperativo. "Nesta programação e à
semelhança do que temos vindo a fazer, houve a preocupação de fazermos momentos
dedicado a todas as faixas etárias, desde os mais pequenos aos mais
crescidos", começou por explicar Cláudia Luís, vereadora da cultura,
garantindo que Alenquer contará em 2025 com música sefardita e poesia árabe. Os
programas educativos para crianças e jovens, do ensino pré-escolar ao
secundário, continuarão a ser uma certeza.
Um dos pontos altos do ano
acontece já no próximo domingo, 2 de fevereiro. Após a apresentação do livro
'Breve história dos judeus em Portugal', de Jorge Martins, a Igreja de São
Pedro recebe a homenagem sentida a Damião de Góis, junto ao seu túmulo, no exato
dia do seu nascimento, que ocorreu em 1502.
Os motivos de interesse são
vários na terra daquele que foi historiador, diplomata e guarda-mor dos
arquivos reais da Torre do Tombo em vida. "Ana Paula Avelar encarna bem o
que procurávamos: alguém que escreveu e estudou sobre Damião e que possa partilhar
esse seu conhecimento connosco. Com a criação do roteiro, pretendemos fazer uma
caminhada interativa que vai desde o sítio onde nasceu, até ao local onde
morreu Damião de Góis. Queremos deixar a todos o convite a degustar o vinho
kosher, criado no nosso território", adiantou Cláudia Luís.
Figura maior do concelho,
Damião de Góis encontra-se sepultado num túmulo na Igreja de São Pedro,
considerado monumento nacional desde 1910. Os restos mortais do humanista que
nasceu e morreu em Alenquer foram para aquele local trasladados em 1941, após terem
constado na antiga Igreja de Santa Maria da Várzea - hoje Museu Damião de Góis
e das Vítimas da Inquisição - desde o momento do falecimento, a 30 de janeiro
de 1574. 'Alenquer, Terra de Damião de Góis' em todo o seu esplendor.
Fonte: Câmara Municipal
Alenquer
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