terça-feira, 16 de dezembro de 2025

“Por um Natal sem telemóveis: pais e peritos alertam do impacto dos smartphones nas crianças”


● A carta ao Pai Natal muda este ano: aumentam as famílias que evitam o telemóvel e apostam por uma infância sem ecrãs para estas festas.

● Estudos revelam que os jovens portugueses passam mais de 3horas por dia ligados à internet, acima das médias europeias

● Dados da SaveFamily indicam que 38% dos pais identificam que os usos dos telemóveis afetam o rendimento escolar dos seus filhos

 

Com a chegada do Natal chegam as prendas, o tempo em família e uma questão cada vez mais frequente em muitos lares: tenho mesmo de oferecer um telemóvel ao meu filho? Perante a avalanche de dispositivos eletrónicos ao longo do ano, cada vez mais famílias optam por um Natal sem smartphones para os mais pequenos, apostando por uma infância com menos ecrãs e mais jogos reais, conversa e tempo partilhado em família.

Longe de ser uma moda passageira, esta decisão responde a uma preocupação crescente por parte de pais, educadores e peritos. Um estudo conduzido pela Euroconsumers e a Deco ProTeste1 releva que os menores portugueses passam,  em  média,

3.4horas por dia online, acima da média europeia que se mantém nas 3.2horas.

Por outro lado, dados recolhidos pela SaveFamily apontam para uma crescente preocupação por parte dos pais que detetam já irritabilidade e ansiedade nas crianças quando se lhes limita o uso do telemóvel, com quase 38% a afirmar que os ecrãs estão,

efetivamente, a afetar o seu rendimento escolar. A infância digitalizada e a antecipação na entrega dos telemóveis a crianças cada vez mais cedo revela efeitos visíveis no bem-estar emocional e social dos menores.

“Estamos a assistir a uma geração que normaliza passar o equivalente a metade de um dia de trabalho em frente a um ecrã desde idades muito novas”, adverte Jorge Álvarez, CEO da SaveFamily, empresa especializada em tecnologia infantil. “Isso tem um impacto direto no desenvolvimento emocional e na capacidade de concentração, assim como na forma de se relacionarem com os outros”.

Neste contexto, muitos pais procuram neste Natal alternativas ao smartphone que não suponham uma desconexão total nem a criação de riscos. “Dar um telemóvel a uma criança pequena é entregar-lhes uma ferramenta com mais funções do que as que pode gerir emocionalmente”, reflete Álvarez. “Mas também não se trata de as isolar do mundo: existem soluções intermédias que permitem comunicar-se, ganhar autonomia e estar protegidos sem abrir a porta a redes sociais, conteúdos inapropriados ou dependência digital”.

Entre estas soluções, os relógios inteligentes para crianças começaram a ganhar terreno como opção de transição. Estes dispositivos, pensados especificamente para menores, permitem realizar chamadas e enviar mensagens apenas a contactos autorizados, contam com geolocalização em tempo real, botão SOS perante emergências e controlo parental a partir do telemóvel dos adultos.

Além do mais, os últimos smartwatches infantis desenvolvidos para as crianças e pelas crianças, com a supervisão dos pais, da empresa líder do setor, SaveFamily, dispõem de um “modo aula” para evitar distrações durante o período letivo que o converte num relógio normal e incluem inteligência artificial adaptada a crianças, com conteúdos educativos e acompanhamento digital responsável.

“O equilíbrio está em introduzir a tecnologia de forma gradual e acompanhada”, salienta Álvarez. “A autonomia não deveria chegar da mão de um smartphone, mas sim de ferramentas que respeitem a idade da criança e o seu desenvolvimento emocional, permitindo-lhes uma imersão digital progressiva”, assegura.

Limitações legais no acesso aos telemóveis e redes sociais por menores

Esta preocupação não é, de todo, marginal: os dados da SaveFamily revelam que 65% dos pais reclamam limites legais no acesso a redes sociais a menores. Uma medida que viria em consonância com a limitação de utilização de telemóveis em contexto escolar que entrou em vigor em Portugal já este ano. A infância converteu-se num

espaço de debate social no qual as famílias, docentes e peritos reclamam uma proteção mais clara frente à hiper digitalização.

Este Natal, as crianças que se portaram bem (e até as que não) já estão a escrever as cartas ao Pai Natal. Contudo, em vez do último modelo de telemóvel, cada vez mais crianças encontram debaixo da árvore ou junto do presépio prendas que não passam por ser ecrãs: bicicletas, patins, jogos de tabuleiro, livros, bonecos, materiais criativos ou dispositivos desenhados especificamente para a sua idade. Ainda que muitas famílias continuem a optar por tablets ou telemóveis, há também uma mudança na mentalidade de cada um dos lares, onde se começa a priorizar os jogos infantis, a imaginação e o tempo partilhado acima da conexão permanente. As prendas são uma desculpa para se reunir, jogar em família e fomentar rotinas longe do telemóvel, e muitas famílias procuram recuperar a infância mais parecida com as gerações anteriores, onde o ócio não dependia de uma bateria ou notificação.

Nas palavras de Álvarez, “não se trata de demonizar a tecnologia, mas de educar para a sua utilização desde a infância. Este Natal podem ser o ponto de partida para que muitas famílias recuperem uma relação mais sã com o digital e recordar que uma criança não precisa de um telemóvel para estar mais seguros, mas de pais responsáveis que os acompanhem em cada momento da sua educação.”

https://www.deco.proteste.pt/tecnologia/computadores/noticias/jovens-portugueses-passam-mais-tres-horas-dia-internet

 

Acerca de SaveFamily

 

É a empresa de origem espanhola líder em smartwatches com GPS. Desde os seus escritórios centrais distribui os seus produtos em mais de 26 países.

Criada em 2017, uma equipa multidisciplinar composta por mais de 40 profissionais responde a mais de 500 mil famílias que formam parte da sua carteira de clientes.

Fonte: Newsline Agência de Comunicação

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