sexta-feira, 26 de setembro de 2025

“Truque do alarme nos centros comerciais: não sejas a próxima vítima!”


Por: Leak

Está numa loja, leva um casaco para experimentar, passa pela saída como toda a gente faz e de repente um alarme estridente dispara. Um segurança aproxima-se, pede para abrir a mala, confere, pede o talão. Entre o desconforto e a vergonha, lá fica retido uns minutos. Quando finalmente o deixam ir embora, descobre a pior parte: a pessoa que vinha logo atrás passou pelo mesmo portão… e desapareceu com uma peça roubada. Não é ficção. É uma variação sofisticada de truque antigo. Mas como funciona este truque do alarme nos centros comerciais.

 

Como funciona o truque do alarme nos centros comerciais?

 

Alguém cola (ou coloca discretamente) um pequeno dispositivo, um alarme/etiqueta, no seu bolso, no fundo da sua mala ou numa etiqueta de roupa. Quando passa pela zona de deteção, o alarme soa e toda a atenção recai sobre si. Enquanto está a explicar, a polícia (ou os seguranças) distraídos, o verdadeiro autor do furto move-se com calma e sai da loja sem levantar suspeitas. O objectivo é simples e cruel: transformar-lhe em bode expiatório.

 

Porque é que isto funciona tão bem

 

Há três razões que tornam este golpe eficaz:

Instinto humano de culpa: quando um alarme soa, quem está mais próximo costuma sentir-se automaticamente responsável ou suspeito. A loja e os seguranças focam-se em quem está a disparar a alarme.

Caos e confusão: o barulho dá cobertura à acção do cúmplice: mover sacos, levar produtos, cruzar saídas secundárias.

Vergonha e pressa: muitas vítimas querem evitar cena e constrangimento; ficam ansiosas, aceitam explicações rápidas e não exigem provas, o que facilita a fuga do verdadeiro ladrão.

 

Isto é um golpe psicológico: explora o reflexo humano de “parar e justificar” em vez de agir com cautela.

 

Como reconhecer que pode estar a acontecer

 

Detectar a situação no momento nem sempre é trivial, mas alguns padrões repetem-se:

O alarme soa exactamente quando está a passar numa porta e parece “apontado” para si.

Há movimento suspeito de pessoas que se aproximaram da mesma peça pouco antes de sair.

Pessoas que abordam com desculpas exageradas (p.ex.: “Desculpe, acho que isto era meu”) e que depois fogem quando tem de prestar atenção.

Elementos do staff apenas lhe falam a si e não olham para outras possíveis saídas.

 

O que fazer imediatamente

 

Se o alarme tocar e sentir que algo não bate certo, faça isto sem drama e sem se pôr em risco:

Mantenha a calma. Não se meta em cenas físicas, não corra, não grite.

Pessa ao segurança que mostre a base do alarme ou a imagem da câmara que o detetou (quando possível). Exija que a verificação seja feita de forma objetiva, na presença de testemunhas.

Se for necessário abrir a mala ou a roupa, pede que o façam sempre com um funcionário da loja e, se possível, na presença de outros clientes. Evita lugares isolados.

Exi um comprovativo (recibo ou registo) da revista ou do incidente da mesma forma que os lojistas documentam o que fizeram consigo.

Se suspeitar que foi vítima (se foi confundido e alguém foi o verdadeiro autor), telefone imediatamente para a polícia local e faça participação. Registe tudo: nomes dos funcionários, hora, descrição das pessoas que estavam consigo na fila.

Bloquei cartões e/ou telemóvel se estes desapareceram; avise o banco e a operadora de imediato.

Estas medidas protegem-no legalmente e criam um rasto documental que ajuda a provar a sua inocência depois.

 

Pequenas mudanças que reduzem o risco

 

Alguns hábitos simples diminuem a probabilidade de ser alvo:

Mantenha a carteira/telemóvel em bolsos interiores com fecho, ou dentro de pochetes discretas.

Evite deixar sacos ou casacos soltos enquanto experimenta roupa. Por sempre num cabide ou num local visível.

Se um alarme dispara, não se isole com o segurança; peça que outro funcionário ou cliente fique presente como testemunha.

Fotografe (com o telemóvel) o recibo da compra ou o código de barras da peça enquanto a experimenta. É prova de posse.

Evite ir sozinho a zonas menos movimentadas da loja à hora de fechar.

Como consumidor, exija profissionalismo: se algo lhe acontecer, peça a gravação, o registo do incidente e um contacto da loja para futuras queixas.

Fonte: MSN

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