Os Paços do Concelho de Alenquer acolheram na passada terça-feira, 12 de novembro, as comemorações do 106º do Armistício da 1ª Guerra Mundial e do 50º aniversário do fim da Guerra do Ultramar. No Palácio Municipal de Alenquer figuram placas evocativas aos combatentes nascidos no concelho e que perderam a vida entre 1914 e 1918 em defesa da pátria. Foi junto a elas que foi rendido o primeiro momento de homenagem com a entoação do hino nacional e a deposição de coroas de flores junto ao monumento ali disposto desde abril de 1955.
O Major Ricardo Pimentel, Chefe da Área Formativa de Armamento do Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea, o Sargento-Mor Armindo Silva, Presidente da Direção do Núcleo de Vila Franca de Xira da Liga dos Combatentes, e Pedro Folgado, Presidente da Câmara Municipal de Alenquer, todos presentes no espaço, mostraram intrínseco respeito pelos portugueses que partiram além-fronteiras ao serviço de Portugal.
Num momento solene, o
Presidente da autarquia alenquerense alertou para os perigos que hoje vivemos
"num micro caos desenhado" para desviar as intenções da
"discussão de ideias e ideais". “Vivemos numa era volátil e perigosa.
O passado repete-se até ao expoente da exaustão e todos nós sabemos onde tudo
isto nos conduzirá. Há uma espécie de fatalismo que não nos é desconhecido
inscrito nas páginas da condição humana que paira junto dos senhores que
dominam a ordem mundial. A sociedade está a abdicar paulatinamente e de forma
inconsciente de um dos seus bens mais preciosos: o seu livre-arbítrio e, no
limite, as suas vidas. Este é um preço demasiado caro", reiterou no
discurso proferido.
Portugal participou no
primeiro conflito mundial do século XX ao lado dos Aliados saindo vitorioso ao
cabo de quatro anos de combates. Nele perderam a vida 27 homens naturais do
concelho de Alenquer que morreram em combate em solo francês, angolano e moçambicano.
No Ultramar, o país voltou às armas para travar uma guerra que durante 13 anos
afetou Portugal nos mais diversos quadrantes e gerou mais de 100 mil vítimas
mortais, incluindo mais de 8 mil soldados portugueses. Desses, contam-se 33
soldados naturais de Alenquer que perderam a vida em Angola, Guiné-Bissau e
Moçambique entre 1961 e 1974.
Fonte: Câmara Municipal
Alenquer
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