Dos primórdios do automóvel ao limiar do século XXI
Fotos: Daniel Peres
A iniciativa “O Museu na Rua”
está de regresso no próximo dia 8 de novembro ao Museu do Caramulo, convidando
os visitantes a embarcar numa autêntica viagem no tempo pela história da paixão
motorizada, num percurso que se estende desde os primórdios do automóvel até ao
limiar do século XXI.
Entre os primeiros veículos a
rodar estará o Oldsmobile Curved Dash de 1902, o pequeno automóvel que deu
origem à produção em série nos Estados Unidos e que nasceu da aversão de Ransom
Olds ao cheiro dos cavalos – um detalhe curioso que viria a mudar para sempre a
história da locomoção. Segue-se o De Dion-Bouton AL de 1906, expressão do génio
mecânico francês e testemunho vivo de uma era em que o automóvel ainda
descobria o seu próprio caminho.
Da Segunda Guerra Mundial chegam dois protagonistas incontornáveis: o Willys-Overland MB ¼ Ton de 1944, provavelmente o veículo militar mais famoso de todos os tempos, símbolo da robustez e simplicidade que definiram o esforço aliado; e o Ford Universal Carrier de 1944, designação que abrange uma família de veículos blindados ligeiros sobre lagartas, utilizados em múltiplas frentes de combate, tanto para transporte como para apoio táctico.
A década de 50 traz consigo
uma mescla de elegância e desempenho através de um conjunto eclético de
veículos. A BSA Gold Star de 1952 representa o auge do motociclismo britânico,
combinando leveza, potência e o prestígio desportivo que a tornaria lendária
nas pistas e estradas. Do mesmo ano surge o Alba, raro exemplo de sofisticação
automóvel concebido em Albergaria-a-Velha, símbolo do engenho português e de
uma estética e elegância requintadas. De 1954, a Norton International 40
reafirma o domínio técnico da marca britânica, destacando-se pelo inovador
quadro Featherbed, cuja estrutura acolhia o motor e a caixa de velocidades,
proporcionando uma ciclística de referência e um comportamento excepcional em
estrada e competição.
Já dos anos setenta, o
Maserati Merak de 1973, apresentado no Salão de Paris um ano antes, surge como
resposta directa da casa do tridente aos rivais Lamborghini Urraco e Ferrari
Dino 308 GT4, combinando o estilo refinado de Giugiaro com a elegância e o desempenho
típicos da marca italiana.
Por fim, o Alfa Romeo 75 1.8
Turbo de 1987 encerra a viagem com um capítulo especial: lançado em 1985 para
celebrar o 75.º aniversário da marca, este modelo foi o último automóvel
produzido exclusivamente pela Alfa Romeo antes da aquisição pelo grupo FIAT,
simbolizando o fim de uma era de independência e paixão mecânica genuínas.
Como é já tradição, haverá
ainda um automóvel surpresa, cuja identidade apenas será revelada no momento,
prometendo manter viva a curiosidade e o encanto desta celebração da história
automóvel.
Em paralelo, estarão patentes
no Museu do Caramulo as exposições “The Fittipaldi Collection” e “A Segunda
Guerra Mundial ao Vivo e a Cores”, oferecendo aos visitantes a oportunidade de
ampliar, de forma viva e envolvente, a viagem pela história que esta iniciativa
propõe.
O Museu na Rua conta com o
apoio da Shell e inicia-se pelas 10h da manhã em frente ao museu, durando todo
o dia. Para tirar partido desta experiência única e memorável, os visitantes
necessitam apenas de adquirir um voucher, disponível na loja online do museu,
ou comprado no próprio dia, cujo valor simbólico reverte na totalidade para a
manutenção e conservação da colecção do Museu do Caramulo.
Fonte: Museu do Caramulo


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