terça-feira, 28 de outubro de 2025

“O museu na rua” regressa a 8 de novembro para uma viagem pela história”


Dos primórdios do automóvel ao limiar do século XXI

 

Fotos: Daniel Peres

A iniciativa “O Museu na Rua” está de regresso no próximo dia 8 de novembro ao Museu do Caramulo, convidando os visitantes a embarcar numa autêntica viagem no tempo pela história da paixão motorizada, num percurso que se estende desde os primórdios do automóvel até ao limiar do século XXI.

Entre os primeiros veículos a rodar estará o Oldsmobile Curved Dash de 1902, o pequeno automóvel que deu origem à produção em série nos Estados Unidos e que nasceu da aversão de Ransom Olds ao cheiro dos cavalos – um detalhe curioso que viria a mudar para sempre a história da locomoção. Segue-se o De Dion-Bouton AL de 1906, expressão do génio mecânico francês e testemunho vivo de uma era em que o automóvel ainda descobria o seu próprio caminho.

Da Segunda Guerra Mundial chegam dois protagonistas incontornáveis: o Willys-Overland MB ¼ Ton de 1944, provavelmente o veículo militar mais famoso de todos os tempos, símbolo da robustez e simplicidade que definiram o esforço aliado; e o Ford Universal Carrier de 1944, designação que abrange uma família de veículos blindados ligeiros sobre lagartas, utilizados em múltiplas frentes de combate, tanto para transporte como para apoio táctico.


A década de 50 traz consigo uma mescla de elegância e desempenho através de um conjunto eclético de veículos. A BSA Gold Star de 1952 representa o auge do motociclismo britânico, combinando leveza, potência e o prestígio desportivo que a tornaria lendária nas pistas e estradas. Do mesmo ano surge o Alba, raro exemplo de sofisticação automóvel concebido em Albergaria-a-Velha, símbolo do engenho português e de uma estética e elegância requintadas. De 1954, a Norton International 40 reafirma o domínio técnico da marca britânica, destacando-se pelo inovador quadro Featherbed, cuja estrutura acolhia o motor e a caixa de velocidades, proporcionando uma ciclística de referência e um comportamento excepcional em estrada e competição.

Já dos anos setenta, o Maserati Merak de 1973, apresentado no Salão de Paris um ano antes, surge como resposta directa da casa do tridente aos rivais Lamborghini Urraco e Ferrari Dino 308 GT4, combinando o estilo refinado de Giugiaro com a elegância e o desempenho típicos da marca italiana.

Por fim, o Alfa Romeo 75 1.8 Turbo de 1987 encerra a viagem com um capítulo especial: lançado em 1985 para celebrar o 75.º aniversário da marca, este modelo foi o último automóvel produzido exclusivamente pela Alfa Romeo antes da aquisição pelo grupo FIAT, simbolizando o fim de uma era de independência e paixão mecânica genuínas.

Como é já tradição, haverá ainda um automóvel surpresa, cuja identidade apenas será revelada no momento, prometendo manter viva a curiosidade e o encanto desta celebração da história automóvel.

Em paralelo, estarão patentes no Museu do Caramulo as exposições “The Fittipaldi Collection” e “A Segunda Guerra Mundial ao Vivo e a Cores”, oferecendo aos visitantes a oportunidade de ampliar, de forma viva e envolvente, a viagem pela história que esta iniciativa propõe.

O Museu na Rua conta com o apoio da Shell e inicia-se pelas 10h da manhã em frente ao museu, durando todo o dia. Para tirar partido desta experiência única e memorável, os visitantes necessitam apenas de adquirir um voucher, disponível na loja online do museu, ou comprado no próprio dia, cujo valor simbólico reverte na totalidade para a manutenção e conservação da colecção do Museu do Caramulo.

Fonte: Museu do Caramulo

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