Será a 26 de abril, às 21h30, que o Teatro da Rainha regressa ao Teatro-Cine de Torres Vedras para apresentar Antigonick, de Anne Carson, numa encenação de Fernando Mora Ramos.
A peça, com tradução e
dramaturgia de Isabel Lopes, conta com a interpretação de Nuno Machado, Beatriz
Antunes, Isabel Lopes, Mafalda Taveira, José Carlos Faria, Henrique Manuel
Bento Fialho, Fernando Mora Ramos, João Costa, Fábio Costa, Carlos Borges e
Diogo Marques.
O espetáculo destina-se a
maiores de 14 anos e os bilhetes já se encontram disponíveis.
Antígona quer dar sepultura a
Polinices, o irmão que combateu pelos de Argos contra os tebanos, para ocupar o
poder. Creonte, o soberano de Tebas, proíbe essa cerimónia, os traidores devem
ser expostos às bestas selvagens.
Antígona não cede e desobedece ao Édito de Creonte. Será enterrada viva.
Hémon pede ao pai Creonte que
tenha um juízo menos severo, mais ágil, o navio para evitar o naufrágio dá
folga às cordas do velame. Creonte é inflexível, inimigo morto é inimigo, um
traidor um traidor. Antígona cobre o cadáver com um lençol de poeira, Ismena, a
irmã, não a ajuda a enterrá-lo, mais tarde arrepende-se. Tirésias, o adivinho
que não falha diz a Creonte que o fedor do morto se tornará uma epidemia e que
pare de o matar. A tragédia espreita.
Tirésias prevê a morte dos
familiares próximos de Creonte, a natureza rebela-se, os gritos das aves são
ensurdecedores e há um responsável, o que prevê ganha a forma de uma acusação
pública.
Antígona, entretanto, metida
no cubículo da sua tortura, enforca-se, Hémon rasga o corpo com a sua espada,
agarrado a ela e Eurídice, ao sabê-lo, suicida-se. A peça vira um cortejo
fúnebre. O arrependimento de Creonte é tardio. E agora sente-se morto, mesmo
que vivo. E pede para morrer, mas o coro diz-lhe que o futuro não é decisão
sua, é um rei apeado.
Por um triz se teria evitado
tudo, por um triz tudo acontece. Creonte chega tarde à contra decisão. Um
inimigo é sempre um inimigo, vivo ou morto.
Que poderá a sabedoria que
esta trama encerra ensinar-nos nestes tempos de guerra generalizada?
A tudo isto sobrevive a
cidade, qual será o seu devir, como se comportará a “civitas” e
o coro que a representa? E Ismena, a sobrante, a quem Creonte batizara de
víbora, onde andará ela?
Mais informações em: https://teatrocine-tvedras.pt/agenda/169475
Fonte: Câmara Municipal Torres
Vedras
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