Por: Inês Fenandes
• 20% das crianças portuguesas
já terão sofrido de bullying
• Nasce o primeiro smartwatch
com sistema antibullying graças a uma IA 100% europeia e tecnologia de escuta
remota
• Os telemóveis não são a
solução: 38% das famílias alertam de que a sua utilização afeta o rendimento
escolar
• Falamos de um relógio único
desenvolvido por crianças e pais para garantir funcionalidade e segurança
Nos corredores das escolas, o
assédio e o bullying são uma realidade muitas vezes invisível e que preocupa.
20% dos alunos reconhecem ter sofrido bullying durante a infância. Ainda mais
preocupante é o reconhecimento dos alunos de terem presenciado momentos de
assédio, situações que evidenciam a problemática, sendo que esta acaba por não
se limitar a apenas alguns alunos, mas sim com impacto em toda a comunidade
educativa.
Os casos de bullying podem
afetar o desenvolvimento pessoal e educativo dos jovens, mas muitas vezes são
ocultados e tornam-se “invisíveis” para pais e professores. Quando ocorre um
caso, a maioria dos estudantes optam por não comunicar ou reportar os casos, e
quando o fazem é mais comum ser a um professor e a um familiar, e não entre os
próprios pares. “O medo e a falta de confiança são fatores que perpetuam o
assédio. É fundamental que as crianças tenham canais de comunicação acessíveis
e ferramentas que reforcem a segurança no seu dia-a-dia”, explica Jorge
Álvarez, CEO da SaveFamily, empresa que desenvolve soluções tecnológicas para
crianças.
Simultaneamente, o género é um
fator de diferenciação, com mais raparigas a reconhecerem ser vítimas de
assédio, do que rapazes. “Falamos de uma questão que afeta a autoestima e o
futuro emocional dos menores. Se não houver intervenção mais precoce, as consequências
podem acompanhá-los para toda a vida”, refere Álvarez.
Neste contexto, a tecnologia
deu um passo em frente e apresenta alternativas para a segurança infantil, mas
o uso de telemóvel em idades precoces converteu-se num grave problema nos
últimos anos. De facto, 38% das famílias alertam que, de acordo com o último
Observatório de Hábitos Digitais SaveFamily, o uso de dispositivos móveis por
parte das crianças afeta o seu rendimento escolar devido ao abuso das redes
sociais e acesso à internet sem restrições.
Esta ameaça está muito
estendida já que atualmente são cada vez mais as crianças com acesso à internet
até aos 11 anos, chegando a ter crianças com apenas 4 anos com telemóveis
pessoais, o que levou o Governo português e o Ministério da Educação a proibir
o uso dos telemóveis, exigindo a existência de alternativas. Aqui entram em
cena os relógios inteligentes infantis, cada vez mais procurados na Europa, que
se apresentam como uma solução que dão tranquilidade aos pais, protegem os
filhos e permitem uma imersão controlada no mundo digital.
“O smartphone, em idades
precoces, abre a porta a riscos que as crianças não sabem gerir. Com
dispositivos desenhados especificamente para eles, podemos atrasar esse acesso
e, ao mesmo tempo, oferecer segurança e autonomia”, refere Álvarez.
Avanço
tecnológico contra o assédio com selo europeu
O ponto de partida desta
revolução tecnológica nas aulas tem selo ibérico: o primeiro relógio
inteligente do mundo desenhado com a participação das próprias crianças - o
SaveWatch+2. Este smartwatch integra uma inteligência artificial 100% “made in
Spain” que age como assistente pessoal adaptada à idade do menor e uma
tecnologia que permite detetar casos de bullying.
“O projeto partiu de uma
pergunta muito simples: o que precisam e querem as crianças? Elas ajudaram-nos
a dar forma a um dispositivo resistente, prático e divertido, mas também com
ferramentas para as cuidar”, explica o diretor SaveFamily, empresa impulsionadora
desta iniciativa infantil e premiada recentemente pelo desenvolvimento do
melhor smartwatch infantil de toda a Europa.
Entre as suas funções
destacam-se o botão SOS para dar respostas rápidas em caso de urgência,
localização GPS e o “modo aula” que converte o smartwatch num relógio
convencional nos horários letivos e evita distrações das crianças, WhatsApp
seguro que lhes permite comunicar-se com contactos previamente autorizados
pelos pais, e sensores de saúde.
A grande novidade, contudo, é
o seu módulo antibullying, que se ativa em caso de risco e possibilita aos pais
conhecer o ambiente do menor aproveitando-se de uma escuta remota, das câmaras
e dos sensores do dispositivo; o que permite ter uma ideia do ambiente da
criança e escutar possíveis maus tratos. Além do mais, o menor também pode
ativar um alerta graças ao qual os pais recebem informação imediata para
intervir.
Um
assistente pessoal no pulso
Todos estes avanços e o modo
antibullying são possíveis graças à maior inovação do relógio: o primeiro
sistema de IA desenhado e pensado exclusivamente para crianças, desenvolvido em
Espanha. O assistente não apenas ajudar a resolver problemas, dúvidas ou a
ativar funcionalidades do relógio, mas também deteta padrões de risco e reforça
a autonomia do menor.
“A IA não está pensada para
vigiar, mas sim para acompanhar”, explica o CEO da SaveFamily. “Pode responder
a perguntas de acordo com a idade da criança, criar imagens de acordo com as
suas indicações, ajudar a organizar tarefas ou, até, recomendar pedir ajuda se
identifica alguma situação mais preocupante. Trata-se de um aliado quotidiano
que traz confiança e segurança”, assegura.
Estas características
permitiram ao setor dos smartwatches situar-se como a grande alternativa ao
preocupante uso dos telemóveis por parte dos menores; mas os peritos também
insistem na necessidade de implantar protocolos claros nas escolas como base de
qualquer estratégia contra o assédio.
“Um relógio pode dar um sinal
de alarme e cada ferramenta que se acerque a uma criança para pedir ajuda é
valiosa, mas a verdadeira solução está na resposta dos adultos e na capacidade
dos colegas de não permanecer calados. O nosso objetivo é complementar, para
permitir que os pequenos cresçam em aulas mais seguras”, conclui Álvarez.
Acerca de
SaveFamily
É a empresa de origem
espanhola líder em smartwatches com GPS. Desde os seus escritórios centrais
distribui os seus produtos em mais de 15 países.
Criada em 2017, uma equipa
multidisciplinar composta por mais de 15 profissionais responde a mais de 500
mil famílias que formam parte da sua carteira de clientes.
Fonte: Newsline Agência de
Comunicação
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