domingo, 6 de julho de 2025

“Hipotireoidismo: Alimentos que você deve evitar a todo custo!”


Por: Mirella @Petitchef

O hipotireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios suficientes para regular o metabolismo, resultando em sintomas como cansaço, ganho de peso, sensibilidade ao frio e alterações no humor. Além do tratamento médico adequado, a alimentação desempenha um papel fundamental no manejo dessa condição. Alguns alimentos podem interferir na função da tireoide ou na absorção de medicamentos para o hipotireoidismo.

 

Soja e produtos à base de soja

 

Por que evitar? A soja contém compostos chamados isoflavonas, que podem interferir na produção dos hormônios tireoidianos e na absorção do medicamento levotiroxina, comumente usado no tratamento do hipotireoidismo.

Como consumir com segurança: Caso consuma soja, espere pelo menos 4 horas após tomar o medicamento para minimizar o impacto.

 

Vegetais crucíferos (em excesso)

 

Exemplos: Brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, repolho.

Por que evitar? Esses vegetais contêm substâncias chamadas goitrogênicas, que podem inibir a captação de iodo pela tireoide, prejudicando a produção hormonal.

Como consumir com segurança: Cozinhar esses vegetais reduz o teor de goitrogênicos. Consuma-os em quantidades moderadas.

 

Glúten (para quem tem sensibilidade)

 

Por que evitar? Indivíduos com hipotireoidismo, especialmente aqueles com tireoidite de Hashimoto (uma doença autoimune), podem ter maior probabilidade de desenvolver sensibilidade ao glúten ou doença celíaca. O glúten pode desencadear inflamações e piorar os sintomas.

Como consumir com segurança: Se não houver sensibilidade diagnosticada, o glúten pode ser consumido em quantidades moderadas.

 

Alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares

 

Por que evitar? Esses alimentos podem levar a picos de açúcar no sangue e aumento de peso, que são problemas comuns em pessoas com hipotireoidismo. Além disso, o excesso de açúcar pode aumentar a inflamação no corpo.

Como consumir com segurança: Prefira alimentos naturais e evite refrigerantes, biscoitos industrializados e doces.

 

Cafeína (em excesso)

 

Por que evitar? Altas doses de cafeína podem interferir na absorção de medicamentos para tireoide se consumida em horários próximos à medicação. Além disso, pode agravar sintomas como ansiedade e insônia, que algumas pessoas com hipotireoidismo enfrentam.

Como consumir com segurança: Espere pelo menos 30 minutos após tomar o medicamento antes de ingerir café ou chá com cafeína.

 

Óleos hidrogenados e gorduras trans

 

Por que evitar? As gorduras trans presentes em alimentos fritos, margarinas e produtos industrializados podem aumentar a inflamação e afetar negativamente a função hormonal.

Como consumir com segurança: Substitua por gorduras saudáveis, como azeite de oliva, óleo de coco e abacate.

 

Sal não iodado

 

Por que evitar? O iodo é um mineral essencial para a produção de hormônios da tireoide. Consumir sal não iodado pode contribuir para uma deficiência de iodo, especialmente em populações com baixa ingestão natural desse mineral.

Como consumir com segurança: Prefira sal iodado, mas evite exageros, pois o excesso de iodo também pode prejudicar a tireoide.

 

Dicas gerais para uma dieta amiga da tireoide

 

Priorize alimentos ricos em nutrientes: Inclua fontes de selênio (castanha-do-pará, ovos) e zinco (carnes magras, sementes) para apoiar a saúde tireoidiana.

Acompanhe os níveis de iodo: Embora o iodo seja crucial, o excesso pode ser prejudicial. Consulte um profissional de saúde para avaliar a necessidade de suplementação.

Espere após o medicamento: Tome a medicação para tireoide com o estômago vazio e espere pelo menos 30 minutos antes de consumir alimentos ou bebidas.

Manter uma alimentação equilibrada e evitar alimentos que interferem no funcionamento da tireoide é essencial para melhorar a qualidade de vida de quem convive com hipotireoidismo. Se tiver dúvidas, procure um nutricionista ou endocrinologista para um acompanhamento personalizado.

Fonte: MSN

“Os benefícios da terapia com sangue do cordão umbilical em crianças com paralisia cerebral”


Por: J.M.A/Com a opinião de Carla Cardoso - Diretora Investigação & Desenvolvimento Crioestaminal

Foto: Freepik/jcomp

A paralisia cerebral engloba um conjunto de condições que afetam maioritariamente o movimento, a postura, o tónus muscular e a coordenação motora. É uma das condições neurológicas mais comuns na infância. A gravidade e os sintomas variam bastante entre indivíduos, podendo incluir dificuldades motoras, problemas de fala, visão ou audição, além de dificuldades cognitivas em alguns casos.

Em Portugal, os estudos mais recentes remetem para uma prevalência de 1,55 casos por 1 000 nados-vivos. A paralisia cerebral ocorre geralmente devido a lesões no cérebro em desenvolvimento, antes, durante ou logo após o nascimento. Algumas das principais causas incluem complicações durante a gravidez (como infeções ou exposição a substâncias tóxicas), dificuldades no parto (como falta de oxigénio), ou ainda prematuridade, baixo peso ao nascer ou infeções neonatais.

O tratamento pode incluir terapia física e ocupacional, cirurgia ortopédica, terapia medicamentosa ou injeções de toxina botulínica, entre outros. Ainda assim, de um modo geral, as terapias atualmente disponíveis não têm permitido alcançar os resultados desejados. Neste contexto, células estaminais de diferentes fontes, mas particularmente do sangue do cordão umbilical, têm vindo a ser testadas para o tratamento de crianças com paralisia cerebral, com múltiplos estudos a indicarem que o sangue do cordão umbilical pode melhorar a função motora destas crianças.

Foi recentemente publicado um artigo de revisão, na prestigiada revista científica Pediatrics, que demonstra que a terapia com células do sangue do cordão umbilical melhora as capacidades motoras de crianças com paralisia cerebral. Este artigo é o resultado de uma colaboração internacional que realizou uma meta-análise de 11 estudos que incluíram mais de 400 crianças com paralisia cerebral.

 

Sangue do cordão umbilical melhora capacidades motoras de crianças com paralisia cerebral

 

Os resultados desta análise mostram que o tratamento com sangue do cordão umbilical é seguro e que crianças tratadas com sangue do cordão umbilical conseguem maiores ganhos nas capacidades motoras comparativamente às crianças não tratadas com recurso a esta terapia celular. A análise revelou ainda que as melhorias nas pontuações da função motora atingem o pico entre seis e 12 meses após a terapia, e que existe uma relação dose-resposta com doses mais elevadas de células associadas a maiores melhorias nas capacidades motoras. Além disso, o tratamento com sangue do cordão umbilical foi mais eficaz para crianças com menos de cinco anos e com paralisia cerebral mais ligeira no início do tratamento.

A hipótese proposta para o mecanismo através do qual o sangue do cordão umbilical conduz a estas melhorias em crianças com paralisia cerebral baseia-se na redução da neuroinflamação e na estimulação da reparação cerebral através de efeitos parácrinos desencadeados pelas células infundidas, levando a um aumento da conectividade cerebral.

Dado que a paralisia cerebral pode ser diagnosticada com precisão aos cinco – seis meses de idade, o diagnóstico precoce abre portas para que os tratamentos se iniciem o mais cedo possível. Conhecendo os benefícios do sangue do cordão umbilical, as famílias poderão vir a beneficiar desta terapia durante o período de neuroplasticidade cerebral ideal. Além disso, o tratamento precoce pode facilitar a obtenção de doses celulares mais elevadas, e permitir a opção de múltiplas administrações antes das crianças crescerem para além da janela de eficácia terapêutica. Segundo os autores deste artigo, o sangue do cordão umbilical em conjunto com a reabilitação intensiva pode aumentar a neuroplasticidade e permitir atingir melhores resultados.

Por: Sapo on-line Saúde

sábado, 5 de julho de 2025

“Médico explica que enfarte dói como um "esmagamento". Conheça os sinais de alarme do ataque cardíaco”


Por: João Morais, médico e professor

Fotos: Nuno Coimbra/SPC

Todos os anos, mais de 4.000 portugueses morrem de ataque cardíaco. Falámos com o médico cardiologista e professor João Morais, para saber como identificar e como reagir perante um enfarte agudo do miocárdio.

 

Quais são as principais causas do Enfarte Agudo do Miocárdio?

 

O enfarte do miocárdio, na esmagadora maioria dos casos, resulta da oclusão de uma artéria coronária, habitualmente provocada pela formação de um coágulo, que desse modo vai impedir o normal fluxo de sangue. Este fenómeno tem origem na chamada arteriosclerose, processo que leva a uma progressiva alteração da qualidade das artérias, tornando-as mais finas e rígidas, podendo desse modo ocluir.

 

Quem são as pessoas mais afetadas?

 

Em termos gerais, podemos dizer que o enfarte do miocárdio é mais frequente nos homens do que nas mulheres, nos idosos que nos novos. Contudo há fatores que, quando presentes, aumentam significativamente a probabilidade desta ocorrência, designadamente a presença de diabetes mellitus, colesterol elevado e hábitos tabágicos. Qualquer uma destas situações contribui para o envelhecimento das nossas artérias, facilitando o evento agudo.

 

Como se manifesta?

 

Quando surge de forma típica, o enfarte do miocárdio, manifesta-se pelo aparecimento súbito de uma for intensa no centro do peito, dor esta que pode se assemelhar a um esmagamento que, por vezes, pode irradiar para o braço esquerdo e por vezes para o maxilar. Frequentemente, o episódio doloroso irradia para o braço esquerdo, acompanha-se ainda de sudação intensa e por vezes sensação de desmaio.

O enfarte do miocárdio leva à perda do músculo cardíaco, perda esta que será tanto maior quanto mais demorada for a instituição do tratamento

 


Como se previne?

 

O enfarte é um fenómeno de ocorrência súbita, por vezes com uma base genética e cuja ocorrência não se pode prever. Assim, a sua prevenção está focada no controlo dos chamados fatores de risco que, desta forma, podem diminuir o risco de ocorrência de enfarte. Por outras palavras, o enfarte previne-se reduzindo as condições das artérias que facilitam a sua ocorrência. Nos doentes em que a doença já é conhecida e as lesões das artérias já identificadas, o enfarte previne-se tratando essas lesões, seja através da cirurgia de bypass, seja através da chamada angioplastia coronária.

 

O que fazer se alguém estiver com sintomas de um Enfarte Agudo do Miocárdio?

 

A melhor ajuda que se pode dispensar será colocar rapidamente a vítima no local certo para ser tratada. Assim, é crucial que, na suspeita de um enfarte do miocárdio, se contacte de imediato o Instituto Nacional de Emergência Médica (112). O profissional que vai atender o telefone dará instruções simples e enviará uma viatura de emergência, com médico, o qual prestará os primeiros cuidados, e acima de tudo enviará o doente para o local ideal para tratamento.

 

A insuficiência cardíaca é hoje a principal causa de morte por doenças cardiovasculares

 

Porque é que o ataque cardíaco mal tratado pode gerar insuficiência cardíaca?

 

O enfarte do miocárdio leva à perda do músculo cardíaco, perda esta que será tanto maior quanto mais demorada for a instituição do tratamento e maior for a dimensão da área de enfarte.

A extensão de músculo perdida vai alterar a mecânica do coração e quanto maior for essa extensão mais insuficiente o coração vai ficar.

 

A insuficiência cardíaca pode matar?

 

A insuficiência cardíaca é hoje a principal causa de morte por doenças cardiovasculares, já que a taxa de mortalidade pode chegar a 20% no final do primeiro ano após um internamento, por um episódio de agudização.

 

Quais os sintomas desta patologia?

 

Como em todas as doenças há formas de apresentação mais típicas e menos típicas. Como alerta à população devemos chamar a atenção para uma situação em que o doente reconhece uma redução progressiva da sua capacidade física ("eu subia dois andares sem parar e agora tenho de parar no primeiro patamar”), uma sensação de que o ar não chega aos pulmões de forma satisfatória (“eu tenho falta de ar a subir as escadas de minha casa”) ou o aparecimento dos tornozelos inchados, em especial ao final do dia. Estes são alguns dos sinais e sintomas que devem obrigar a despistar um eventual quadro de insuficiência cardíaca.

 

É difícil de diagnosticar?

 

O diagnóstico em si, na maioria das situações, não é difícil. Para além da informação que o doente nos dá e aquilo que o nosso exame proporciona, uma análise de sangue simples, uma radiografia ao tórax e um ecocardiograma são suficientes, na generalidade das situações, para estabelecer o diagnóstico de insuficiência cardíaca e a partir daí iniciar um plano terapêutico e a identificação de uma causa que lhe esteja na origem.

 

Quais são as novidades nas guidelines europeias no que toca ao tratamento do Enfarte Agudo do Miocárdio? O que mudou?

 

O tratamento do EAM tem sido objeto de intensa investigação nas últimas duas décadas. Desde o diagnóstico até à terapêutica todos os passos estão muito bem definidos e as recomendações internacionais limitam-se a sintetizar e sistematizar o conhecimento. O que as guidelines europeias recentemente publicadas nos trazem de novo é uma aposta clara na organização como base essencial ao sucesso do tratamento destes doentes. Um segundo aspeto que vale a pena destacar é a aposta na qualidade. Neste documento são estabelecidos padrões de qualidade que todos devem seguir, padrões estes que, quando quantificados, servem para testar a qualidade do nosso trabalho, bem como criar sistemas de benchmarking.

Fonte: Sapo on-line Saúde

“Concerto Embaixada Tenshõ 1585”


Illuminart Philharmonic Renaissance Ensemble e Tomomi Nishimoto

 

Quarta | 16 Julho | Auditório | 19.30 | €20 [descontos em vigor]

M/ 6 anos

No século XVI, 4 embaixadores nipónicos viajaram pela Europa, com a missão de aproximar o Japão e o Ocidente. Evocando a sua passagem por Portugal e o legado musical que levaram para o Japão, este concerto apresenta música do Renascimento tocada em instrumentos da época.

Parceria com o Festival das Artes Quebra Jazz e a Fundação Oriente

Pode saber mais em: https://www.foriente.pt/detalhe.php?id=0EF47C16-9A39-4CF0-9C06-C456D8B02F25&area=espectaculos

MUSEU DO ORIENTE

Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte) | 1350-352 Lisboa

T. (+351) 213 585 200 | info@foriente.pt

Fonte: Fundação Oriente

sexta-feira, 4 de julho de 2025

“Em julho e agosto visitas às exposições”


Presença portuguesa na Ásia

 

Sextas | 4 Julho; 1 Agosto | 18.00 às 19.00 | €6

Estranheza e curiosidade foram ingredientes do diálogo intercultural entre Oriente e Ocidente. Daqui resultaram obras de arte fascinantes, que esta visita vai focar.

Saber mais em: https://foriente.us10.list-manage.com/track/click?u=fba4d01980814d8d833da2ffa&id=4b6a660725&e=e49bd26051

 

Deuses de terra escultura Velar

 

Sexta | 18 Julho | 18.00 às 19.00 | €6

Palanisamy, Meyar e Khartik são artesãos Velar de Tamil Nadu, sul da Índia. A partir das suas obras, o comissário João Rolaça dá a conhecer as esculturas votivas ao deus Ayyanar e a prática cerâmica dos Velar.

Saber mais em: https://foriente.us10.list-manage.com/track/click?u=fba4d01980814d8d833da2ffa&id=8b6cb05b08&e=e49bd26051

 

Japão: Festa e rituais

 

Sexta | 18 Julho; 22 Agosto | 18.00 às 19.00 | €6

Das práticas Budistas ao panteão Xintoísta, percorremos um calendário anual de celebrações que honram os ritmos sazonais e mobilizam a sociedade em torno de valores comuns.

Saber mais em: https://foriente.us10.list-manage.com/track/click?u=fba4d01980814d8d833da2ffa&id=5d27448bc6&e=e49bd26051

 

Foto arte Ganesh Goa, fotografia e memória

 

Sextas | 25 Julho; 29 Agosto | 18.00 às 19.00 | €6

Multifacetada e plural, a sociedade goesa teve no fotógrafo Krishna Navelkar um cronista atento. Douglas Santos da Silva, investigador e assistente de comissariado da exposição, apresenta este espólio excepcional.

Saber mais em: https://www.foriente.pt/detalhe.php?id=0627B921-2E8F-4633-9236-D3FABA34DAA3&area=servico-educativo

M/ 16 anos [idade indicativa]

MUSEU DO ORIENTE

Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte) | 1350-352 Lisboa

T. (+351) 213 585 200 | info@foriente.pt | www.foriente.pt

Fonte: Fundação Oriente

“Incidência de AVC na gravidez está a aumentar. Conheça os sintomas e fatores de risco”


O AVC pode acontecer a qualquer pessoa em qualquer momento da sua vida. Até mesmo na gravidez. As explicações são do médico Jorge Lima

 

Por: Jorge Lima, médico ginecologista-obstetra e Professor Universitário.

O acidente vascular cerebral é uma emergência neurológica e uma causa importante de sequelas e mortalidade na mulher. Por definição o AVC isquémico acontece quando o fluxo de sangue do cérebro é interrompido e o tecido morre. Já no AVC hemorrágico ocorre uma rotura dos vasos e o cérebro é lesado pela dispersão do sangue no tecido cerebral associado ao edema e aumento da pressão intracraniana.

 

É frequente o AVC na Gravidez?

 

O AVC pode acontecer a qualquer pessoa em qualquer momento da sua vida. Apesar do número de AVCs em mulheres em idade reprodutiva ser baixo, a grávida e a mulher no período pós-parto têm um risco aumentado, devido a um número de diferentes fatores que alteram a dinâmica cardiovascular do organismo e os mecanismos da coagulação. De forma a prevenir a hemorragia no pós parto existe um aumento fisiológico da tendência a formar coágulos, constituindo isto um fator de risco tromboembólico.

Dados recentes mostram que a incidência de AVC na gravidez está aumentar. Existem fatores de risco que aumentam a probabilidade do mesmo ocorrer na gravidez, nomeadamente a hipertensão, a diabetes, a obesidade, a doença cardíaca valvular, as trombofilias hereditárias e adquiridas, a anemia falciforme, o lúpus, o abuso de tabaco e de outras substâncias e as enxaquecas.

As complicações na gravidez e no parto também podem aumentar o risco de ter um AVC: a hiperemese gravídica, a anemia grave, a trombocitopénia (número baixo de plaquetas), a hemorragia pós-parto especialmente a com necessidade de transfusão de sangue, a infeção, a pré-eclâmpsia e a cardiomiopatia pós-parto. A idade materna avançada, uma situação cada vez mais frequente na sociedade, também constitui um fator de risco de AVC.

 

Quais os sinais e sintomas do AVC na Gravidez?

 

O diagnóstico do AVC na gravidez nem sempre é imediato, por causa do receio dos exames imagiológicos de diagnóstico afetarem o bebé. Perante uma elevada suspeição diagnóstica os benefícios da sua realização ultrapassam os riscos, devendo os mesmos serem realizados (TAC e/ou RMN cerebral, ecocardiograma transtorácico e Eco-Doppler) de forma a permitir uma intervenção imediata e melhorar o prognóstico clínico da mãe.

Existem sinais e sintomas súbitos que são considerados de alarme, fora e na gravidez, e que fazem suspeitar de um AVC: alterações da sensibilidade (dormência) ou motoras da face, dos membros ou de um lado do corpo, descoordenação motora, confusão mental, dificuldades na articulação das palavras ou da compreensão do discurso das outras pessoas, alterações da visão e cefaleias intensas.

 

Como podemos prevenir o AVC na Gravidez?

 

É muito importante a prevenção que consiste num estilo de vida saudável, evitando o tabaco, tendo uma alimentação equilibrada, e mantendo uma atividade física moderada mesmo na gravidez. Todas as mulheres deverão fazer uma consulta pré-concecional antes de programarem uma gravidez. Algumas mulheres poderão necessitar de fazer prevenção tromboembólica farmacológica (antiagregação ou anticoagulação) durante a gravidez e no pós-parto.

As mulheres que já tiveram um acidente tromboembólico, mesmo que não tenha sido no território cerebral, ou que possuam os fatores de risco já referidos deverão ser avaliadas de forma multidisciplinar numa consulta que inclua especialistas em patologia tromboembólica de forma a otimizar da melhor forma o desfecho da sua gravidez permitindo assim o nascimento de um bebé saudável.

Fonte: Sapo on-line Saúde

“Distinguidos mais de 50 Docentes e Investigadores nos Prémios Científicos ULisboa/Caixa Geral de Depósitos 2025”


Foto: André Farias Filipe

Decorreu no dia 25 de junho, no Centro de Congressos do Pavilhão de Portugal, a cerimónia de entrega dos Prémios Científicos Universidade de Lisboa/Caixa Geral de Depósitos 2025.

Na edição de 2025 foram atribuídos 51 Prémios e Menções Honrosas a Docentes e Investigadores de todas as áreas científicas da Universidade de Lisboa.

Estes Prémios visam premiar a atividade de investigação científica e incentivar a prática de publicação em revistas internacionais de reconhecida qualidade.

Consulte a Lista de Premiados e a Lista de Menções Honrosas atribuídas nesta edição de 2025.

 

Premiados

 

Agronomia (incluindo Silvicultura e Tecnologia dos Alimentos)

Manuel Malfeito Ferreira

Instituto Superior de Agronomia

Arquitetura, Design (incluindo Design de Moda, Design Gráfico, Design de Equipamento) e Arquitetura Paisagista

Maria Matos Silva

Instituto Superior de Agronomia

Biologia, Engenharia Biológica, Bioquímica e Biotecnologia

Miguel Machuqueiro

Faculdade de Ciências

 

Ciências Biomédicas

 

Cláudio M. Gomes

Faculdade de Ciências

Ciências da Computação e Engenharia Informática

Rui Miguel Carrasqueiro Henriques

Instituto Superior Técnico

Ciências da Educação

Ana Luísa Rodrigues

Instituto de Educação

Ciências da Linguagem (Linguística, Tradução e Interpretação)

Marisa Filipe

Faculdade de Letras

Ciências da Terra e Geofísica

Pedro Mateus

Faculdade de Ciências

Ciências Jurídicas e Ciência Política (Direito, Relações Internacionais e Administração Pública)

Edalina Rodrigues Sanches

Instituto de Ciências Sociais

Ciências Sociais (Sociologia, Antropologia, Etnologia, Demografia, Estudos de Género e Comunicação Social)

Sofia Aboim

Instituto de Ciências Sociais

Economia e Gestão

Tiago Cruz Goncalves

Instituto Superior de Economia e Gestão

Engenharia Civil

Carlos Paulo Novais Oliveira da Silva Cruz

Instituto Superior Técnico

Engenharia do Ambiente e Energia

Diana Neves

Instituto Superior Técnico

Engenharia Mecânica, Engenharia Naval e Área de Engenharia Aeroespacial (Aeronaves)

Susana Margarida Vieira

Instituto Superior Técnico

Geografia e Território (Geografia Física e Humana, Território, Urbanismo e Planeamento e Sistemas de Transportes)

David Sousa Vale

Faculdade de Arquitetura

História e Filosofia (incluindo História e Filosofia das Ciências)

Joana Gaspar de Freitas

Faculdade de Letras

Matemática Pura e Aplicada

José António Maciel Natário

Instituto Superior Técnico

Psicologia

Magda Sofia Valadas Dominguez Roberto

Faculdade de Psicologia

Química e Engenharia Química

Jaime Alfredo da Silva Coelho

Faculdade de Ciências

Saúde (Medicina, Medicina Dentária, Farmácia e Enfermagem)

Ana Catarina Fonseca

Faculdade de Medicina

 

Menções Honrosas

 

Agronomia (incluindo Silvicultura e Tecnologia dos Alimentos)

Pedro Talhinhas

Instituto Superior de Agronomia

Arquitetura, Design (incluindo Design de Moda, Design Gráfico, Design de Equipamento) e Arquitetura Paisagista

Cristina Soares Cavaco

Faculdade de Arquitetura

e

João Rafael Santos

Faculdade de Arquitetura

Artes (Belas Artes, Multimédia, Artes Cénicas e do Espetáculo e Dança)

Ana Bailão

Faculdade de Belas-Artes

Biologia, Engenharia Biológica, Bioquímica e Biotecnologia

Andreia Figueiredo

Faculdade de Ciências

e

Catarina Frazão Santos

Faculdade de Ciências

Ciências Biomédicas

Claus Azzalin

Faculdade de Medicina

e

Raquel Cruz da Conceição

Faculdade de Ciências

Ciências da Computação e Engenharia Informática

Tiago João Vieira Guerreiro

Instituto Superior Técnico

Ciências da Educação

Ana Sofia Martins Silva Freire

Instituto de Educação

Ciências da Terra e Geofísica

Leonardo Azevedo

Instituto Superior Técnico

Ciências Jurídicas e Ciências Políticas (Direito, Ciência Política, Relações Internacionais e Administração Pública)

Luís Pinto de Sousa

Instituto de Ciências Sociais

e

Pedro Vaz Goulart

Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

Ciências Sociais (Sociologia, Antropologia, Etnologia, Demografia, Estudos de Género e Comunicação Social)

Célia Felícia Belim Rodrigues

Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

e

Fábio Rafael Augusto

Instituto de Ciências Sociais

Economia e Gestão

Mariya Gubareva

Instituto Superior de Economia e Gestão

Engenharia Civil

Maria Cristina Silva

Instituto Superior Técnico

Engenharia do Ambiente e Energia

Maria da Glória Gomes

Instituto Superior Técnico

Engenharia Mecânica, Engenharia Naval e Engenharia Aeroespacial (Aeronaves)

Carlos Manuel Alves da Silva

Instituto Superior Técnico

Estudos de Literatura e Cultura

Maria Isabel Soares Carvalho

Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas

e

Mariana Vinagre Liz

Faculdade de Letras

Geografia e Território (Geografia Física e Humana, Território, Urbanismo e Planeamento e Sistemas de Transportes)

Cláudia M. Viana

Instituto de Geografia e Ordenamento do Território

e

Sandra Oliveira

Instituto de Geografia e Ordenamento do Território

História e Filosofia (incluindo História e Filosofia das Ciências)

Luís Miguel Campos Ribeiro

Faculdade de Ciências

Matemática Pura e Aplicada

Filipe Mena

Instituto Superior Técnico

Motricidade Humana (incluindo Reabilitação, Ciências do Desporto e Educação Física)

Gonçalo Vilhena de Mendonça

Faculdade de Motricidade Humana

e

Rita Cordovil de Matos

Faculdade de Motricidade Humana

Psicologia

Carla Sofia Carvalho Freitas Silva

Faculdade de Psicologia

e

Vânia Carvalho

Faculdade de Psicologia

Química e Engenharia Química

Carlos Eduardo Sabino Bernardes

Faculdade de Ciências

Saúde (Medicina, Medicina Dentária, Farmácia e Enfermagem)

Ana Catarina Beco Pinto Reis

Faculdade de Farmácia

Fonte: Universidade de Lisboa

quinta-feira, 3 de julho de 2025

“Notícias além-fronteiras - Grupo ‘Estrelas do Minho’ organizou 41° Festival de Folclore em Vaulx-en-Velin”


Por: Jorge Campos

No fim da manhã de sábado, dia 21 junho, a Direção da associação Estrelas do Minho já finalizava os preparativos para acolher sócios e amigos para mais um Festival de folclore – o 41° – no recinto adjacente à sede daquela coletividade, situada na avenue Franklin Roosevelt, em Vaulx-en-Velin (69).

Depois do almoço, com comida bem à portuguesa, no início da tarde subiu ao palco o grupo anfitrião que acolheu os grupos convidados vindos da região Rhône-Alpes-Auvergne: Rio Lima Alto Minho, Rancho de Voreppe, Os Bem Unidos de Clermont-Ferrand, Flores de Portugal de Bron, Corações do Minho de Jons e o rancho da Casa Estrelas do Minho.

Neste dia, várias centenas de pessoas foram admirar as danças e cantares destes grupos que, na maior parte dos casos, representavam a região do Minho com os seus trajes e tradições.

Em média, cada grupo apresentou cerca de 50 elementos, entre a tocata, a cantata e os dançarinos, sendo estes últimos de todas as idades, e apresentando, entre outros, os seus Viras e Chulas.

“Eu gosto muito de ver estas danças e já me lembram as nossas romarias, em Portugal, que também não deixarei de visitar este verão. Eu sou de perto de Vila Verde e nas minhas férias, onde me cheira a festa folclórica, estou lá sem falta” disse, sorrido, Clotilde, feliz com o que ali estava a viver.

Tambem marcou presença a Maire de Vaulx-en-Velin, Hélène Geoffroy, assim como os Conselheiros das Comunidades Portuguesas eleitos nas áreas consulares de Lyon e Marseille, Emília Macedo, Jorge Campos e Manuel Cardia Lima, que felicitaram a Direção por toda a organização desse dia.

Para concluir este dia de festa e de arraial à moda do Norte, havia ainda artistas vindos de Portugal como por exemplo Tiago e Paulo, que tiveram o apoio em sonorização do Grupo Fréquence, que também animaram parte do baile e do espetáculo neste fim de serão musical.

A associação Estrelas do Minho acolhe nas suas instalações a Comunidade portuguesa, de segunda a domingo, e organiza jantares e serões com espetáculos e festas durante o ano. A sua principal atividade é o folclore onde dezenas de jovens participam nos ensaios e nas saídas para representações na região de Lyon e até já se deslocou a outros países da Europa. O seus locais são ponto de encontro da Comunidade, todos os dias da semana, para bons momentos de confraternização e de amizades.

Fonte: Luso Jornal/França

“Notícias além-fronteiras - Festival do emigrante trouxe Portugal a Herblay e juntou milhares de pessoas”


Por: Maria Constantino, Lusa

A terceira edição do Festival do Emigrante de Herblay-sur-Seine, a noroeste de Paris, juntou no domingo milhares de pessoas num ambiente com música e gastronomia portuguesas, que lembrou as festas de verão em Portugal.

Num grande recinto que misturou francês e português e com centenas de bandeiras portuguesas e camisolas da seleção e de clubes portugueses, as cerca de 29.000 pessoas, esperadas no domingo, segundo fonte próxima da organização do evento, puderam assistir aos vários concertos previstos e a ranchos e bombos a atuar.

A edição deste ano contou com o acréscimo de mais um palco e de 18 restaurantes, entre outros expositores de lusodescendentes, para além de vários locais para as pessoas se sentarem e, assim aproveitarem a tarde, em que a temperatura esteve bastante alta.

Os dois palcos, que receberam no sábado os Xutos & Pontapés, Soraia Ramos, Bárbara Bandeira, Ivandro e Marotos da Concertina, acolheram no domingo as atuações do lusodescendente Mike da Gaita, de Yasmine, de Diogo Piçarra, de Mariza, do Deejay Telio e dos muito aguardados Calema (António e Fradique Mendes Ferreira).

“É curioso estar tão longe de Portugal e mesmo assim sentir-se estar num festival numa cidade qualquer portuguesa no meio de Portugal. Acho que a nossa identidade está cá, a nossa cultura. E são estas pessoas, os emigrantes, que a mantêm viva”, disse Diogo Piçarra aos jornalistas, após o “espetáculo quase relâmpago” em que cantou muitos dos seus ‘singles’.

Para Diogo Piçarra foi “um orgulho enorme ter sido convidado para representar um bocadinho de Portugal” para um público caraterizado pela “saudade”, de quem não tem assim tanto contacto com espetáculos portugueses e que, por isso, os “vive mais intensamente”.

Também a fadista Mariza descreveu o seu espetáculo como “a sensação de estar em casa”, a atuar em Portugal, tendo escolhido temas mais conhecidos do público, para o qual pensou na hora de preparar a ‘playlist’. “Fez-se uma festa incrível, onde primou-se pela música, pela cultura, pela gastronomia, que também é cultura. E todo o público era tão eclético. Todas as idades, crianças, tudo”, afirmou Mariza à Lusa, referindo “o orgulho de poder cantar em português” para portugueses fora de Portugal.

Os concertos atrasaram cerca de uma hora do previsto, mas isso não impediu a animação e entusiasmo dos portugueses e lusodescendentes, alguns a virem de longe de Paris, e que aguardavam para ouvir cantar as músicas dos artistas que tão bem conheciam.

Andreia Couto, de 25 anos, veio com a sua família de Annecy (a 600 quilómetros de Herblay-sur-Seine) pela primeira vez ao festival para aproveitar um fim de semana “interessante e divertido” num “reencontro de portugueses de vários pontos do país, tanto em França como em Portugal”.

“Independentemente do calor, houve sempre boa animação e bons concertos. Em princípio, no próximo ano estarei cá novamente, mas irei organizar-me com mais antecedência, porque este ano tratei de tudo em cima da hora após saber do festival pelo Tiktok”, afirmou, referindo que o concerto do duo musical de São Tomé e Príncipe, Calema, era o que mais ansiava e a marcou.

Os Calema, que encheram no início do mês o Estádio da Luz, em Lisboa, e já tinham atuado na primeira edição do festival, contaram com uma grande plateia para a qual trouxeram uma ‘playlist’ com os seus temas mais conhecidos em português e outros em francês que fazem sucesso em França. “Para nós, participar neste palco é um prazer, porque é um espetáculo que junta toda a lusofonia, a língua portuguesa, a cultura lusófona. E para nós é um prazer fazer parte deste evento. Promovermos a cultura lusófona e a música cantada em português”, disse à Lusa António Mendes Ferreira.

Segundo Fradique Mendes Ferreira, o público deste festival “difere de muitos outros, porque é um público da saudade”, algo que também se identificam “enquanto emigrantes, mas conectados sempre com a língua portuguesa”.

Fonte: Luso Jornal/França