segunda-feira, 17 de junho de 2024

“Cultura Popular: XXXVIII Festival de Folclore - Bairro 2024”


Dia 29 Junho em Fontainhas, Santarém

 

Por: José Morais

O folclore, é a tradição de um povo, onde se mostra a expressão e a vivência, das gentes de antigamente, onde através dos seu trajes, canções, músicas, e alguns rituais, se mostram as tradições.

E baseado nestes factos, que o “Rancho Folclórico do Bairro de Santarém, Graínho e Fontaínhas”, vai realizar no próximo dia 29 de junho, o seu 38º Festival de Folclore, a realizar pelas 22 horas, junto ao Centro Cultural, em Fontainhas, Santarém.

Este Festival de âmbito nacional, irá contar com os seguintes Grupos de Folclore:

- Rancho Folclórico de Montargil (Ponte de Sôr)

- Rancho Folclórico de Paço de Sousa (Penafiel)

- Grupo Folclórico da Vila de Pereira (Montemor-o-Velho)

- Rancho Folclórico Cantarinhas de Barro (Mafra)

- Rancho Folclórico do Bairro de Santarém, Graínho e Fontainhas (Santarém).

 

Um pouco da história de Rancho:

 

O Ribatejo e Santarém, viram nascer a 9 de Janeiro de 1914 na aldeia do Graínho, aquele que haveria de tornar-se numa das suas principais referências culturais, “Celestino Graça, o Homem do Graínho", como tantas vezes o mesmo se definia.

“Celestino Graça”, estimulava assim a criação de grupos folclóricos que preservassem as tradições regionais, e que pudessem participar na Feira do Ribatejo, tendo ele próprio, dado o exemplo, corria o ano de 1955 (lá pela altura da azeitona) quando pela sua mão, um grupo de homens e mulheres do Graínho e das Fontaínhas se juntou para cantar e dançar as modas de antanho.

Entretanto, era formado o “Rancho Folclórico do Bairro de Santarém, Graínho e Fontaínhas” o qual foi fundado no ano de 1955, nas localidades de Grainho e Fontaínhas pelo então regente agrícola “Celestino Graça”, este natural do Grainho, e conseguiu ser um fiel intérprete das danças, cantares e trajes típicos desta região.

A sua primeira apresentação registou-se na Feira do Ribatejo, em Junho de 1956, tendo sido conferida a alguns dos seus componentes, em 1970, a medalha de ouro pela ininterrupta colaboração (15 anos), neste importante certame.

Este Rancho já participou em várias mostras de trajes e etnográficas, Festivais Nacionais e Internacionais de Folclore, festas e romarias, por esse Portugal e também no estrangeiro, nomeadamente Espanha, França e Coreia do Sul, porem existem diversas atividades destaque, como o caso de participação em programas de rádio e televisão, e gravação de um disco, cassete e um cd.

Filiado na Federação Folclore Português, e sócio do Inatel, as danças e cantares ribatejanas da região do Bairro, são particularmente enriquecidas de pormenores artísticos, repousadas, elegantes e harmoniosas por este rancho, com os seus trajes são sóbrios como, aliás, é o próprio panorama da zona onde vivem.


Os trajes das mulheres são constituídos por cores variadas, mas com predominância para os tons discretos, as saias poderão ser azuis, pretas, verdes e castanhas, e as blusas são mais claras e os aventais (quando envergados) de cores mais vivas e lenços de cabeça pouco garridos.

Quanto ao traje do homem o mais importante é o de "Cerimónia" ou "Domingueiro", totalmente preto e constituído por calças de cós alto e polaina, com bolsos direitos, colete preto, camisa branca de peitilho e sapatos de salto de prateleira.

Nas suas apresentações, os elementos geralmente envergam trajes de "Cerimónia" ou "Domingueiros", tais como, traje domingueiro (1850), trajes abastados do início do século XX, noivos (1900) e trajes de semana.

Em destaque, no ano em que este Rancho celebrou o seu quinquagésimo aniversário da sua fundação, a Câmara Municipal de Santarém, decidiu em reunião do seu executivo por unanimidade e aclamação, atribuir a Medalha de Ouro da cidade ao Rancho Folclórico do Bairro de Santarém.

No ano de 2008, pela Junta de Freguesia de S. Nicolau, foi este Rancho Folclórico distinguido como Personalidade do ano.

Esta, um pouco da história de um Rancho Folclórico de grande tradição, com quase setenta anos de existência, que continua a mostrar as tradições de um povo, que luta e continua a mostrar as verdadeiras origens do Folclore Português por esse mundo fora.

E não esqueça, dia 29 de junho, pelas 22 horas assista a este grande Festival de grandes tradições.

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