terça-feira, 11 de junho de 2024

“História: Alenquer evoca legado de Camões reforçando ligação à vila com painel comemorativo"


Cumprem-se em 2024 os 500 anos do nascimento (1524) daquele que é considerado por muitos como o maior escritor português de sempre: Luís Vaz de Camões. O poeta que viveu e morreu (1580) no século XVI teve uma passagem documentada pelo concelho e o último 10 de junho contou com uma homenagem no Jardim das Águas, em Alenquer, com o descerramento de um painel que exaltou o meio milénio desde o nascimento do autor de ‘Os Lusíadas’.

Na cerimónia, os representantes legais do município relevaram o contributo humano e intelectual do ilustre homenageado ao país. Pedro Folgado, Presidente do Município, considerou ser "importante ter mais um apontamento sobre Camões em Alenquer", mencionando a presença do escritor intemporal nos Paços do Concelho e junto ao Rio Alenquer. "Para além de figuras como Damião de Góis, Pêro de Alenquer e outros, é importante fazer referência a Camões e ligá-lo a Alenquer. Faz sentido contarmos com este painel comemorativo e fazer a ligação a esta área da vila. Agradeço a todos os que cooperaram, tiveram memória e tornaram este momento possível, desde a ALAMBI aos trabalhadores da Câmara Municipal. Agradeço a todas e todos os que se envolveram neste processo", referiu o edil alenquerense.


"Apesar de singela, esta é uma cerimónia importante na medida em que devemos retirar partido da nossa relação com Camões. O país tem os seus ícones, tem a bandeira, o hino e tem símbolos. Tem, também, inúmeras personalidades que se afirmaram e merecem o reconhecimento. Era importante ter este pequeno memorial a Camões em espaço público”, adiantou ainda o vereador e vice-presidente Tiago Pedro.

O vereador Nuno Miguel Henriques homenageou também o poeta, entoando alguns dos poemas mais reconhecidos. A cerimónia encerrou com um momento cénico e com a representação do próprio Luís de Camões em pleno Jardim das Águas, a que este aludiu em vida e mostrou ser conhecedor.


'Alenquer por onde soa / O tom das águas frescas entre as pedras, / Que murmurando lava'. A estrofe 61 do Canto III d''Os Lusíadas aponta à mais que presumível passagem pelo sítio que consigna a homenagem de um autor cujo local de nascimento ainda se desconhece, 500 anos depois. Alenquer é, precisamente, um dos possíveis berços, apontados a Camões, cujas menções foram sendo levantadas por historiadores e investigadores ao longo dos últimos séculos. O legado de Camões em Alenquer principiou umas décadas antes. Antes de Luís, o trisavô Vasco Pires de Camões já havia sido alcaide da vila e do castelo. Ainda no concelho, Luís Vaz de Camões relevou a empatia que nutriam por ele, na estada na Índia, quando revelou numa carta: "(...) vivo aqui mais venerado que os touros da Merceana". São estes apenas alguns dos momentos em que o poeta português revelou uma ligação ao território alenquerense.

A homenagem justifica-se pela honra que a vila ostenta em ser mencionada numa das obras mais importantes da literatura portuguesa 'Os Lusíadas'  e pela relação contínua de Camões com Alenquer em vida.

O painel comemorativo elaborado pelo Município de Alenquer aconteceu no seguimento do repto lançado pela Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente do Concelho de Alenquer (ALAMBI).

Fonte: Câmara Municipal Alenquer

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