Por: Tiago Carvalho
António
Salgueiro, antigo diretor do Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro, em
Idanha-a-Nova, apresentou este mês de maio o livro “Diretor de Turma: Figura central no contexto de
autonomia e flexibilidade curricular – Da periferia da organização pedagógica à
gestão curricular, um longo e lento trajeto”.
O
lançamento da obra teve lugar no Centro Cultural Raiano, com a mesa composta
pelo autor, o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto,
o diretor do Agrupamentos de Escolas, Paulo Frias, e o professor Mário Raposo,
antigo colega de António Salgueiro, que apresentou o livro.
Entre outras individualidades, estiveram ainda presentes Valter Lemos, antigo Secretário de Estado da Educação e mais tarde do Emprego e Formação Profissional; João Carlos Sousa, vereador da Câmara de Idanha-a-Nova; o presidente da Assembleia Municipal, João Dionísio; a presidente do Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento, Catarina Pereira; António Catana; o professor José Verdasca que foi pró-reitor da Universidade de Évora, membro do Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora e Coordenador da Estrutura de Missão do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, entre outros cargos desempenhados; bem como antigos colegas no Agrupamento de Escolas de Idanha-a-Nova, sociedade civil, amigos e familiares de António Salgueiro.
O
autor faz uma abordagem aos papéis que o diretor de turma foi desempenhando ao
longo dos tempos permitindo perceber como eles foram evoluindo – em função dos
contextos, social e político, que determinaram as orientações da política
educativa marcantes em cada época – de uma forma muito lenta e nem sempre
condizente com as exigências impostas pela evolução do sistema educativo.
Lança
o repto sobre que escola queremos para o futuro. Neste sentido, adotando como
princípio básico a ideia de que Escola é uma construção coletiva, António
Salgueiro afirmou sentir o livro como um convite à reflexão sobre que escola
queremos para o século XXI, que é já hoje, e para a qual ninguém está
dispensado: professores, alunos, pais, sociedade em geral, nem mesmo aqueles
que têm o poder de decisão sobre as políticas educativas no nosso país.
Assim,
a obra transporta-nos para a necessidade de mudar o paradigma educacional:
políticas de formação de professores capazes de gerar um outro perfil
profissional; uma outra cultura escolar; a necessidade de a escola se
constituir como comunidade de aprendizagem, gerando uma aprendizagem permanente
para a atualização; e também a reorganização do horário semanal de trabalho dos
professores prevendo tempos efetivos para a reflexão conjunta, o trabalho
coletivo e a partilha.
Nesta
mudança de paradigma, alerta para a necessidade e a urgência da dignificação do
estatuto profissional dos docentes.
Com
uma carreira de mais de 40 anos na educação, defende a necessidade de mudanças
no sistema educativo e a importância da autonomia e flexibilidade curricular
das escolas. Entre outros temas, todos interligados, estão ainda a carga burocrática
dos professores e a promoção da igualdade de oportunidades de sucesso escolar
para todos os alunos e um outro olhar para a educação pré-escolar, na
perspetiva de que a efetiva igualdade de oportunidades no acesso e no sucesso
se constrói desde o berço.
A
sessão de apresentação do livro terminou com uma atuação das Adufeiras de
Idanha-a-Nova.
O
livro de António Salgueiro foi publicado pela Lisbon International Press, do
grupo editorial Atlantic Books, e está disponível no site da editora e em
vários pontos de venda, como a Fnac, a Bertrand, a Wook e a Livraria Martins.
Fonte:
Câmara Municipal Idanha-a-Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário